Exposições e Eventos

Quem é Carol Carreteiro, nova sócia da Nonada, galeria carioca que aterrissa em São Paulo em abril

Quando entendeu que poderia trabalhar e viver a partir da sua criatividade, Carol Carreteiro decidiu ingressar no mercado das artes. Com sensação de conforto e pertencimento, a galerista carioca de 32 anos se encontrou nas trocas e diálogos entre
outros artistas, desenvolvendo um trabalho criativo centrado na comparação equitativa e expansão de narrativas potenciais ao estreitar a lacuna entre o Norte e o Sul globais.

Formada em comunicação e especializada em moda, arte, cinema, teatro e gestão cultural, Carol carrega uma bagagem profissional de peso. Seu portfólio contempla trabalhos no Matadero Cultural Madrid (Espanha), na Konig Galerie (Berlim), na Nara Roesler (Rio de Janeiro) e no Artsy, um dos marketplaces mais relevantes mundialmente para artistas emergentes e estabelecidos, onde desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e expansão dos relacionamentos da empresa com galerias em toda a Europa.

Além de colocar obras de artistas renomados como Katharina Grosse, Alicja Kwade, Luiz Zerbini, Erika Verzutti e outros em importantes coleções ao redor do mundo, colaborou de perto com um grupo seleto de nomes, incluindo Adriana Varejão e Lucia Laguna, no planejamento e execução de exposições comerciais e institucionais.

Agora, Carreteiro entra como a nova sócia de Paulo Azeco, para integrar a direção da Nonada, galeria de arte pautada em curadoria e pesquisa de artistas com narrativas historicamente preteridas que vão além da definição geográfica, ao entender o termo como centralizador de questões contemporâneas urgentes. Para além, a Nonada busca abordar temáticas plurais e gerar questionamentos ligados à religiosidade e fé, ao esgotamento dos paradigmas econômicos, a como afetos atravessam a psique e corpo atualmente e a como lidar com as consequências da incapacidade humana de pensar em outros futuros possíveis.

Com dois espaços no Rio de Janeiro e um em Salvador, a Nonada chega ao centro de São Paulo no dia 6 de abril para integrar o circuito artístico da maior capital da América Latina, que terá a galerista à frente da descoberta e impulsionamento de artistas promissores. Atuando como ponte, Carol acredita que, acima de tudo, um potencial é uma semente, algo que para crescer precisa de dedicação, tempo e energia, e por isso, dá tanto valor ao trabalho em parceria entre a galeria e o artista, para criar uma trajetória e um plano de carreira.

“Integrar o time da Nonada é maravilhoso, acredito muito no projeto, nos artistas, nos meus sócios e nos nossos colaboradores. É gratificante poder compartilhar uma visão criativa e servir como agente fomentador para a realização de projetos notáveis com artistas em que acredito”, conta Carreteiro. Hoje, as galerias de arte desenvolvem um papel fundamental na projeção de artistas, nacional e internacionalmente, e o interessante para Carol, é se alinhar a pessoas que apresentem ideias originais e frescas e que sejam bem sucedidas em comunicar o que desejam, com uma mensagem contundente.

Para aguçar o olhar, ela se expõe à maior quantidade possível de estímulos, principalmente ao se inserir em diversas exposições com contextos e culturas diferentes e entende o fator provocativo como algo que pode vir de diversos lugares, seja do discurso, da forma ou do conteúdo, mas não menospreza a dubiedade, que “enriquece qualquer discussão, uma vez que gerar perguntas é muito mais interessante do que formular respostas”.

Inspirada pelas particularidades de mulheres como Marian Goodman, Monika Sprüth, Philomene Magers, Paula Cooper e Barbara Gladstone, Carol Carreteiro pretende continuar trilhando seu caminho de maneira única.

Sobre a Nonada:

Um neologismo criado para representar o não lugar ou a negação de existência. Nonada é a palavra que abre uma das maiores obras da literatura brasileira, Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, e é também, a palavra que norteia este projeto, desde seu embrião.

Um lugar que não existe, mas que pretende ser meio de iluminar aquilo que não se é visto. Se realiza quando apresenta o que é ignorado. Uma não existência pois sua forma concreta só se dá quando rompe as barreiras erguidas pelos circuitos sociais e culturais.
Nonada é híbrido, pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte… e arte por si só já é lugar

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