Exposições e Eventos

“Vik Muniz – A Olho Nu”: maior exposição já realizada com obras do artista

“Vik Muniz é um ilusionista – um mágico na construção de imagens que não existem, mas que se tornam reais”, afirma Daniel Rangel. “Suas obras possuem camadas que tensionam diferentes questões de cunho poético – aspectos formais e processuais – e político, abordagens e relações que estabelece com o sistema da arte”. O curador complementa: “As obras dialogam com essas camadas do cotidiano, atravessando os espectadores por meio de um encantamento visual e um deslumbramento processual que despertam distintas interpretações cognitivas e sentimentos de afetividade e pertencimento”.

Para explicar o processo criativo de Vik Muniz, o curador chama o artista de “fotógrafo agricultor”, “um jardineiro que utiliza sementes diversas – açúcar, chocolate, caviar, diamantes, brinquedos de plástico, revistas, cartões-postais e até mesmo resíduos — que florescem em potentes imagens, ‘re-retratando’ aquilo que parece já termos visto”. O artista cria imagens usando determinados materiais, e as fotografa. “Isso captura nosso olhar e ativa nossa mente”, assinala Daniel Rangel.

Vik Muniz Medusa Marinara 1997

Além das obras iniciais de Vik Muniz, dos anos 1980, algumas das 37 séries de obras que serão exibidas são: “Imagens de arame”, “Imagens de linha”, “Crianças de açúcar”,“Imagens de terra”,“Imagens de chocolate”, dos anos 1990; “Imagens de caviar”, “Imagens de diamantes”, “Pictures of Earthworks”,“Imagens de sucata”,“Imagens de lixo”, dos anos 2000; “Dinheiro Vivo”(2022 e 2024), e obras feitas com manteiga de amendoim e geleia – “Duas vezes Mona Lisa (1999), da série “AfterWarhol”; com um prato de macarrão e molho – “Medusa Marinara” (1997); ou com feijão:“Che, a partir de Alberto Korda”(2000).

Daniel Rangel salienta também que a exposição “aproxima a produção de Vik do universo (pop)ular, tão presente e recorrente na cultura nordestina – seja pela utilização de elementos do cotidiano, pela forma como os organiza ou pelas imagens que produz”.

Vik Muniz Dinheiro Vivo Garoupa 2022

No Octógono, dentro da Galeria Lourdes Brennand, haverá uma linha de tempo e será exibido um vídeo com depoimentos de Vik Muniz.

Serviço

Exposição “Vik Muniz – A Olho Nu”
13 de junho a 31 de agosto de 2025
Instituto Ricardo Brennand. Alameda Antônio Brennand, s/n, Várzea, Recife
Funcionamento (horário estendido): terça a domingo, das 10h às 17h (última entrada às 16h30)
Ingressos: pelo site e na bilheteria local

Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

Recent Posts

Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos com livro inédito

A Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos de história com o lançamento de publicação…

16 horas ago

Cecília Maraújos apresenta ‘Autoficções’ no Ateliê 31 – Rio de Janeiro

O Ateliê 31 apresenta Autoficções, exposição individual de Cecília Maraújos com curadoria de Martha Werneck,…

16 horas ago

Damien Hirst | Reflexões polêmicas sobre a mortalidade

Damien Hirst (1965) é um artista contemporâneo inglês nascido em Bristol. Trabalhando com instalações, esculturas,…

3 dias ago

Diversidade na arte contemporânea: como ela evoluiu nos últimos 50 anos?

A representatividade e diversidade na arte contemporânea global referem-se à inclusão de artistas de diferentes…

3 dias ago

“Not Vital – Tirando onda”, no MAC Niterói com obras recentes e inéditas

O MAC Niterói (Museu de Arte Contemporânea de Niterói) recebe a exposição “Tirando Onda”, do…

3 dias ago

MASP exibe exposição de artista-xamã que retrata cosmologia Yanomami

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand exibe, de 5 de…

3 dias ago