Hollywood encontra a arte contemporânea. O poderoso empresário Ari Emanuel, conhecido por seu protagonismo na indústria do entretenimento, acaba de adquirir a prestigiada Frieze — um dos grupos de feiras de arte mais influentes do mundo. O anúncio da compra chega às vésperas da abertura da Frieze New York 2025, reacendendo o debate sobre os rumos do mercado de arte global em tempos de retração.
O negócio, estimado em aproximadamente US$ 200 milhões, cobre:
A compra foi feita por uma nova empresa criada por Emanuel, que conta com o suporte financeiro de pesos pesados como Apollo Global Management e RedBird Capital Partners.
Aos 64 anos, Ari Emanuel é uma figura central no showbiz americano. Ex-CEO do grupo Endeavor, ele liderou a fusão bilionária com a firma de private equity Silver Lake, que transformou a Endeavor em uma empresa privada em 2024, após anos de instabilidade no mercado de ações.
Com o acordo fechado, Emanuel embolsou US$ 175,8 milhões e aumentou sua participação acionária para US$ 290,3 milhões, segundo documentos da SEC. Agora, ele volta os olhos para a arte contemporânea com ambições claras de reposicionar a Frieze como peça-chave em uma plataforma global de eventos culturais.
“A Frieze sempre me inspirou. Trabalhar com essa equipe por quase uma década me fez ver de perto a força da comunidade artística que eles criaram”, declarou Emanuel.
A liderança da Frieze permanecerá a mesma. Simon Fox, CEO desde 2020, continua no cargo junto à sua equipe. A finalização da venda está prevista para o terceiro trimestre de 2025.
Desde sua fundação como revista em 1991, a Frieze evoluiu para se tornar uma potência no circuito artístico internacional. A primeira feira foi realizada em Londres, em 2003, e hoje a marca está presente em cidades estratégicas como Nova York, Los Angeles e Seul. Em 2023, a Frieze ampliou seu império ao adquirir a Expo Chicago e a Armory Show.
A edição deste ano será realizada no The Shed, em Nova York, com 67 galerias participantes e preview VIP marcado para 7 de maio.
Sim. Emanuel também estaria negociando a compra de outros ativos, como os torneios de tênis de Miami e Madri. Segundo a Bloomberg, ele já teria levantado mais de US$ 100 milhões com apoio de grandes fundos, demonstrando que a estratégia vai muito além da arte.
A aquisição da Frieze por um dos nomes mais influentes do entretenimento marca um ponto de inflexão no mercado de arte contemporânea. Mais do que uma simples compra, o movimento sinaliza um reposicionamento estratégico das feiras de arte como parte de um ecossistema cultural mais amplo, onde a arte encontra a mídia, o espetáculo e o capital global.
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