Fotografia

Ines Kozic: Bizarro, bonito ou intrigante?


Ines Kozic, artista francesa conhecida pelas suas obras peculiares, fez pós-gradução na Escola de Belas Artes, em Rennes, França. Além de modelo e dançarina, seu foco é a fotografia, ela expressa as cicatrizes de seu passado e seus medos íntimos através de suas imagens minimalistas.


As inspirações de Ines Kozic

Em seus trabalhos, Kozic se inspira fortemente nas fotografias dos recém-falecidos em repouso, fazendo retratos utilizando desde coroas de flores até ossos entrelaçados tanto em seus cabelos quanto nos cabelos das modelos. A artista usa objetos pessoais e os decora com flores, também focando em joias ou tatuagens que ajudam a contar a história da pessoa ali retratada.

Afim de encontrar um equilíbrio entre a vida e a morte nas suas fotografias, Ines faz uso de insetos mortos, ossos, pregos e demais objetos, tendo como modelos jovens corpos humanos que revelam uma alegoria do círculo natural da vida.



As moças vistas na fotografia de Ines Kozic dispõem de cabelos longos e bonitos transformados em objetos do cotidiano, simbolo que tem como foco passar a ideia de que as mesmas estão tendo sua beleza e juventude consumidas pela vida. A solidão e desgaste se manifestam através do simbolismo físico e emocional encontrado em suas fotos, encerrando tudo em um único momento eterno.


O toque pessoal da artista

Como encontrado na obra de todo artista, a arte de Kozic é baseada em sua vida pessoal. Ela expressa as cicatrizes de seu passado e seus medos mais íntimos através de suas imagens minimalistas, tendo tudo descrito como “poesia forense”, um tipo especial de terapia que leva a uma purificação pessoal que culmina por dentro.


Sua carga emocional leva a uma introspecção de coisas muito sombrias, como uma amiga morrendo muito cedo em um incêndio ou a doença de sua mãe. Suas fotos se tornam um diário visual, uma poderosa simplicidade que mostra um exorcismo pessoal.

Retratando a bela decadência em busca de “poesia macabra”, Kozic diz que foi influenciada por Francesca Woodman, cujas batalhas internas se tornaram algo com a qual a jovem autora pode se relacionar.

Completando o impacto visual, existe uma combinação perfeita de cor, contraste e composição, evocando obras da era Vanitas e suas habilidades técnicas.


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