História

A propaganda antifeminista do começo do século XX

A propaganda antifeminista foi criada para combater o movimento pelo sufrágio feminino que pedia os mesmos direitos dos homens.

O movimento pelo sufrágio feminino foi um movimento social, político e econômico de reforma, com o objetivo de estender o sufrágio (o direito de votar) às mulheres. Participaram do movimento do sufrágio feminino, pessoas, denominados sufragistas.

Em 1893, a Nova Zelândia se tornou o primeiro país a garantir o sufrágio feminino, graças ao movimento liderado por Kate Sheppard. Depois disto, o movimento se espalhou pelo mundo. Veja aqui o que as mulheres deste período tiveram que passar para conseguir a igualdade de sexos.

Aqui está uma coleção de cartões postais e cartazes com propaganda antifeminista antigos datados de 1900 a 1914 advertindo os homens dos perigos associados ao movimento sufragista e de permitir que as mulheres pensassem por si mesmas.

As peças serviam para desencorajar o grupo e alertar os homens sobre os “perigos” do que poderia acontecer se as mulheres recebessem mais poder.

Segundo cálculos da  Universidade do Norte de Iowa, estimou-se que 4.500 peças foram produzidos sobre o tema do sufrágio entre 1893 e 1918.

Nas peças pode-se notar que a frase “mulher pública” referiu-se às prostitutas.

A suposição era que se uma mulher estivesse na rua desacompanhada, era uma prostituta.

A batalha pelo sufrágio não era apenas sobre o direito legal de voto, mas também sobre a capacidade das mulheres de serem figuras públicas, não se limitando ao lar.


Veja também: O que é feminismo


https://arteref.com/feminismo/9-mitos-sobre-o-feminismo-que-voce-precisa-descartar/
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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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  • Eu nunca vi tantas verdades nestes planfletos de época, realmente virou tudo que estava na previsão, só um pouco pior.

    • Hoje as coisas melhoraram Alba, mas ainda temos muito chão para que o mundo seja feminista (direitos e deveres iguais para ambos os sexos).
      Todos nos deveríamos ser feministas, pois, além de ser uma injustiça com o desenvolvimento do mundo é uma crueldade com as mulheres.

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