Literatura

O Conto do vigário: A origem do termo

Uma das versões mais consolidadas do conto do vigário fala de uma história que aconteceu no século XVIII na cidade de Ouro Preto entre duas paróquias: a de Pilar e a da Conceição que queriam a mesma imagem de Nossa Senhora.

Um dos vigários propôs que amarrassem a santa no burro ali presente e o colocasse entre as duas igrejas. A igreja que o burro tomasse direção ficaria com a santa. Acontece que, o burro era do vigário da igreja de Pilar e o burro se direcionou para lá deixando o vigário vigarista com a imagem.

Outro fato interessante aconteceu no século XIX em Portugal quando alguns malandros chegavam à cidades remotas e se apresentavam como emissários do vigário. Diziam que tinham uma grande quantia de dinheiro numa mala que estava bem pesada e que precisaria guardá-la para continuar viajando.
Diziam que como garantia era necessário que lhes dessem alguma quantia em dinheiro para viajarem tranqüilos e assim conseguiam tirar dinheiro dos portugueses facilmente.

Dessa forma, até hoje somos vítimas dos contos dos vigários que andam por aí, por isso a dica é tomar muito cuidado com ajudas e ganhos, para que não caia num Conto do Vigário.

Uma curiosidade final:

vigarista

substantivo de dois gêneros

  1. 1. aquele que pratica o delito do conto do vigário; contista. “o delegado enquadrou o v.”
  2. 2. aquele que, através de um ato de má-fé, tenta ou consegue lesar ou ludibriar outrem, com o intuito de obter para si uma vantagem; embusteiro, trapaceiro, velhaco. “os v. vendiam falso vinho chileno”
  3. 3. adjetivo de dois gêneros que é próprio de ou denota vigarice. “golpe v.”
  4. 4. substantivo feminino B mulher que se prostitui; meretriz.

Origem ⊙ ETIM vigário + -ista


https://arteref.com/opiniao/por-que-o-conto-a-roupa-nova-do-rei-e-tao-atual/
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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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