Existem alguns pré-requisitos básicos para começarmos a vender arte online. O mais importante de todos é entender o conceito de tráfego e visibilidade.
Pode parecer óbvio, mas não é: para podermos vender, precisamos ser vistos pelos potenciais compradores. Como alguém vai se interessar pelo nosso trabalho se ninguém “tem acesso” a ele?
Abaixo veremos o passo a passo que você deve seguir para ter sucesso nesse campo.
Você precisa ter um website que apresente de forma organizada e transparente suas obras, biografia e currículo. Ele deve funcionar como uma “Landing Page“, para que as pessoas vindas de outros canais (mídias sociais e marketplaces) possam conhecer o seu trabalho com mais profundidade. Veremos isso melhor abaixo.
Fazer uma página na internet hoje em dia é bem mais fácil. Existem grandes plataformas gratuitas como o WordPress.org que fornecem todas as dicas de como iniciar este processo.
Você vai precisar criar um endereço para colocar o seu site, o seu DNS. Para isto entre no registro.br, faça o cadastro e procure um endereço que esteja disponível e que seja de fácil leitura e memorização.
Endereços muito complicados podem atrapalhar você quando for divulgar para as pessoas. Use por exemplo: www.SEU NOME.art.br
A tarefa mais difícil de todas não é montar uma plataforma online, mas organizar as informações do seu trabalho.
Não basta expor a foto do seu trabalho no site e esperar. Não se trata apenas da obra. A história por trás dela e a riqueza de detalhes apresentadas junto a ela que fazem a diferença.
As pessoas visam ter uma experiência mais completa ao observar uma obra. Se você conseguir fazer com que se conectem profundamente com seu trabalho, sem ruídos no meio do processo, além de conquistar o público você aumentará suas chances de vender no seu site.
1) Coloque as dimensões reais dos seus trabalhos. Além de fotografá-los sob vários ângulos em um fundo branco, coloque um objeto próximo para as pessoas terem noção de escala, para conseguirem visualizar melhor como a obra ficaria na parede de casa.
2) Faça uma descrição sobre a obra. Diga o que te influenciou a fazê-la, quais técnicas utilizou, como você se sentia no momento; coloque a data; dê um título.
3) Fotografe o processo. As pessoas gostam de saber quem está por trás da obra. Mostre etapas da produção, onde você trabalha, onde você acertou, onde errou, etc.
4) Coloque todos os valores. Esconder isso causa uma má impressão, gera um desconforto por parte do comprador, afinal, ninguém gosta de perguntar um preço. Seja transparente e solícito sempre.
Essa é a base que você deve ter construída antes de qualquer outro passo.
Uma vez criado seu site, você deve criar contas em redes sociais. Sugerimos Facebook, Instagram e Pinterest. Provavelmente você já possui. Mas a dica se mantém: crie novas contas, não misture seu perfil pessoal com o de negócios.
As redes sociais vão ser a forma mais fácil de divulgação das suas obras. As possibilidades de compartilhamento e impulsionamento (publicação paga) aumentam demais o alcance do seu trabalho. As pessoas vendo suas obras e se interessando, poderão analisá-las mais profundamente em seu site.
Além disso, antigamente, para um artista ser reconhecido ele precisava ser representado por uma galeria, algo bastante difícil de se conseguir. Hoje, as redes sociais permitem uma independência muito maior. Muitos obtém sucesso apenas com um Instagram bem organizado. As plataformas digitais tornaram-se uma ótima forma de viabilizar os negócios dos artistas.
1) Verifique se as pessoas podem encontrá-lo. Use seu nome de artista como nome de usuário, não apelidos que apenas seu círculo interno saiba ou nomes que você criou que não têm nada a ver com o seu nome real.
2) Vincule suas redes sociais em seu site e vice-versa.
3) Poste regularmente conteúdos bons e relevantes. É muito importante que você leve a sério a construção de sua imagem para o público.
4) Ao postar uma obra, coloque pelo menos informações como: técnica, título e valores. As demais informações a pessoa encontrará em seu site.
5) Organize seus trabalhos com hashtags (Instagram) e palavras-chave (Pinterest) personalizadas. Dessa forma, alguém que gosta de um determinado assunto, tipo ou série de seu trabalho pode ver todas as obras semelhantes de uma só vez, sem precisar vasculhar todas as suas postagens para encontrá-las.
6) Não use hashtags e palavras-chave extremamente comuns, tipo aquelas que têm 1 milhão de imagens, como: #arte, #artista, #pintura, e assim por diante. Suas imagens desaparecem quase instantaneamente nesse vasto mar. Elas apenas ocupam espaço e não levam a lugar algum.
7) Quando apropriado, publique imagens de compradores satisfeitos com suas compras recém-adquiridas ou instaladas e expostas em suas casas ou empresas. As pessoas gostam de ver que sua arte está vendendo. Se outras pessoas estão comprando, isso também torna mais aceitável que elas comprem.
8) É importante saber a que horas o público que te segue costuma estar mais presente nas redes sociais, quais dias da semana, que tipo de publicação gostam mais, etc. Tendo essas informações, você pode agendar postagens para o momento mais conveniente. Aqui no Arteref usamos o Estúdio de Criação, mas certamente existem outras ferramentas que também apresentam essas funções.
9) Não se preocupe com os direitos autorais de suas imagens circulando na internet. É possível incluir uma marca d’água em suas fotos com aplicativos de adição de texto, como o Quick.
Nem sempre possuímos os conhecimentos técnicos para fazermos o nosso próprio website. Também podemos não ter disposição de gerenciar redes sociais. Se você se enquadra nesses perfis, sugiro que você pague para alguém fazê-lo.
De longe, os mais capacitados para isso são os marketplaces de arte. Eles são plataformas responsáveis pela exposição e divulgação de artistas / galerias.
1) Sua obra certamente será mais vista, pois os marketplaces já possuem um público visitante. Em uma analogia simples, seria como se você colocasse seu produto em um shopping ao invés da sala da sua casa. As chances de um comprador entrar na sala da sua casa são bem menores.
2) Você não precisa entender de programação ou SEO (ferramenta de otimização de buscas que melhora seu rankeamento no google) para começar. Mesmo assim aconselho a você pesquisar sobre esse tema, vai ajudar bastante na estuturação do seu site.
3) Muitos compradores se sentem mais à vontade ao comprar por um site que oferece proteções a eles. Sem contar que a organização e apresentação das obras, perfil e exposições nos marketplaces normalmente é bastante eficiente.
4) As plataformas podem fazer campanhas mais agressivas de e-mail marketing e marketing nas mídias sociais, monitorando clientes em potencial que apreciem suas obras.
5) Antes de se cadastrar em qualquer site, leia os termos e condições com muito cuidado. Saiba qual é a comissão ou percentual que cada site cobra, entenda quais proteções oferecem, o que os usuários procuram dentro da plataforma, veja as vendas feitas pelo site, conheça tudo o que puder e que seja relevante para as suas vendas.
Artsy (marketplace estadunidense), Artsoul e Blombô são alguns sites de venda de obras de arte conhecidos. O Arteref, contando com uma média diária de 10 mil pageviews também possui um markeplace de obras. Inicialmente apenas artistas representados por galerias podiam participar, agora qualquer artista independente aprovado pela nossa equipe curatorial pode aderir à plataforma.
Se você tiver interesse em expor seus trabalhos aqui, entre em contato pelo nosso e-mail contato@arteref.com.br ou pelo nosso WhatsApp (11) 99184-1105. Se quiser saber sobre todos os benefícios e serviços, clique aqui.
Todas as ações online são muito importantes. Mesmo que você não realize a venda via internet, você estará criando todo o alicerce para que o público conheça o seu trabalho e termine comprando pessoalmente de você. Aliás, isso é extremamente comum hoje em dia.
Entenda sua situação e veja o que é possível de ser feito. Seguindo as dicas listadas acima, certamente você vai se posicionar melhor no mercado de arte.
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