Como um grupo “anti-arte”, os dadaístas ficaram muito conhecidos pelas suas obras e táticas para atacar as tradições estabelecidas de arte, realizando manifestações artísticas absurdas, projetadas deliberadamente para escandalizar e chocar tanto as autoridades quanto o público, em geral.
Esse grupo vanguardista, formado por escritores, poetas e artistas plásticos, foi liderado por nomes como Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp. Além dessas personalidades muito conhecidas e faladas durante a história, o movimento também foi marcado por grandes artistas feministas dadaístas que não estão presentes em quase nenhum debate da história da arte.
A seguir, mostraremos grandes nomes presentes no grupo de artistas feministas dadaístas para você admirá-las:
A mulher que inspirou a personagem Rose DeWitt Bukater no filme Titanic, de James Cameron, Beatrice nasceu no dia 3 de março de 1893, na cidade de San Francisco, na Califórnia. Em 1912, ela disse a sua mãe que queria ser pintora. Foi enviada pela família para França, para estudar pintura.
Em determinado momento de sua vida, Wood se envolveu com movimentos varguardistas, onde conheceu Marcel Duchamp. Ele e seu amigo Henri-Pierre Roché, um homem catorze anos mais velho, a conheceram em Nova York em 1916, enquanto ela visitava o compositor Edgard Varèse, que foi hospitalizado com uma perna quebrada.
Os três trabalharam juntos para criar The Blind Man, uma revista que foi uma das primeiras manifestações do movimento de arte Dada nos Estados Unidos. Ela detém o título A “Mama de Dadá,” recebido após uma carreira intensa e uma paixão pela cerâmica que durou até sua morte, aos 105 anos de idade.
Hannah Höch é uma artista nascida na Alemanha, em Gota, dia 01 de novembro de 1889, com o nome de Johanna Höch. Ela faz parte do rol de grandes representantes do dadaísmo.
No ano de 1915, a artista deu início a uma relação com Raoul Hausmann, que era participante do dadaísmo de Berlim, e em 1919 já estava envolvida totalmente com o movimento artístico, fazendo colaborações através de publicações e passou a se tornar pioneira na fotomontagem de grupos de pessoas.
Além disso, Höch criticou o papel da mulher daquela época, os padrões de beleza, o casamento, a política de seu país (Alemanha) e até o grupo de artistas no qual estava inserida. Tais feitos deu a moça o apelido de “a punk da arte”, criado pelo jornal britânico The Guardian.
Pelo sobrenome, você pode imaginar que ela tem alguma conexão com outro dadaísta. Irmã mais nova de Marcel Duchamp, Suzanne viveu no bairro Montparnasse, em Paris, pois assim como seu irmão, poderia estabelecer a sua carreira e estar próxima de sua família.
Fez seus estudos artísticos na École des Beaux-Arts, em Rouen, mas seu legado como pintora foi após a sua exibição no Salon des Indépendants, em Paris, aos 22 anos de idade. Sua principal característica era uma sensibilidade antiestética e o uso de colagem e textos.
Foi na boate Cabaret Voltaire, em Zurique, co-fundada por seu marido, e na Galeria Dada, que ela cantou, recitou suas obras escritas, dançou e se apresentou com fantoches.
Antes do surgimento do movimento Dadá, Emmy Hennings publicava poesia em veículos anarquistas. Foi poeta, professora e artista performática.
Ela era uma obra de arte viva, que encarnava o movimento Dadá de uma forma que os artistas, principalmente do sexo masculino, nunca se atreveram a sonhar e ousar. Foi modelo de artista, poeta, performer radical, ícone da moda e feminista.
Von Freytag-Loringhoven foi uma pioneira em performance artística, cuja arte e estilo de vida desafiavam totalmente convenções burguesas artísticas e morais. Ela ganhou visibilidade por sua estética proto-punk; fotografias mostravam a artista com um sutiã feito de latas de sopa, vestindo um canário enjaulado como colar, ou com seus cabelos raspados tingidos de vermillion.
Em 1913, a caminho do cartório para se casar com um barão sem dinheiro, von Freytag-Loringhoven pegou um anel de ferro na rua e declarou ser um Enduring Ornament: um dos primeiros objetos ready-made do mundo.
Fazendo isso, minou a concepção ocidental do obra de arte como algo necessariamente agradável e única – dois anos antes de Duchamp e Francis Picabia fazerem o mesmo.
Britânica e boêmia, tornou-se aliada do dadaísmo por intermédio de seus escritos. Também foi artista plástica e explorou formas e matérias (incluindo o lixo de caixotes de Manhattan) não convencionais. Foi uma figura conhecida em Greenwich Village, que rompeu as normas de gênero e evidenciou o seu trabalho ao publicar poesias modernistas.
A rainha do Greenwich Village foi ícone da moda com o seu estilo de vanguarda. Ela ajudou a organizar uma das primeiras exposições na Society of Independent Artists. Além disso, lutou contra a censura quando tentaram fechar uma das suas mostras de arte. Enfeitou revistas populares norte-americanas, principalmente a Vanity Fair, que apresentou o seu flerte com o movimento dadá e o mainstream.
Com um nome diferente, a artista assumiu essa identidade após rejeitar o seu nome de nascença, ao conhecer a palavra francesa “citoyen”, que se traduz em “cidadão”. Com isso, optou por seguir a sua carreira com esse pseudônimo que não tem gênero e demonstra claramente o papel das artistas feministas dadaístas no movimento.
Como artista, Toyen apresentou o seu lado político e pessoal, além de ter sido uma das mais criativas e independentes do século passado. Quebrou todos os laços com a sua família, pois escolheu estar mais próxima dos amigos.
Toyen protestou contra tendências burguesas, endossou o movimento anarquista, negou qualquer sugestão para desempenhar o papel de uma mulher tradicional e assim levou a sua vida de forma totalmente independente.
Nascida em uma rica família parisiense, Juliette esteve exposta, desde pequena, a vários acontecimentos do mundo da arte e da política.
Ela canalizou esse conhecimento e experiência em pinturas e poemas inovadores (como o livro de 1920, Demi Cercle), e manteve seu olhar crítico quando foi a um clube de dadaístas.
Colaboradora do grupo de artistas feministas dadaístas e esposa do artista Jean Arp, o trabalho de Sophie Taeuber demonstrou afinidade com cor e formas geométricas. “Sua arte geométrica surgiu a partir de sua crença no poder expressivo inato de cor, linha e forma, e foi informado pela sagacidade incomum e liberdade. Ela rejeitou esquematização progressiva de seus contemporâneos de forma objetiva”, escreve Oxford University Press.
Durante os anos de dadá em Zurique (1916-1920), Taeuber Arp não apenas pintou, mas também fez uma série de cabeças de madeira policromada, incluindo o retrato de Jean Arp, e desenhou os cenários e marionetes (Zurique, Mus. Bellerive) para um desempenho de Carlo Gozzi de König Hirsch em 1918, em conjunto com a exposição da oficina em Zurique. Ela era uma dançarina e realizado em noites de Cabaret Voltaire.
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