Categories: Opinião

A formação do falso ser

Este é um texto que reflete muito o que eu penso sobre desenvolvimento pessoal e de como muito do que acreditamos não vem de nós, mas do que a sociedade nos diz ser a norma. E como criamos um FALSO SER.

Nosso falso ser é o acúmulo de todas as vozes que internalizamos de outras pessoas – pais e amigos que querem que nos adaptemos às suas idéias sobre o que devemos ser e o que devemos fazer, bem como as pressões da sociedade para aderirmos a certos valores que podem facilmente nos seduzir.

É também a voz das nossas defesas, que sempre tentam nos proteger das verdades desagradáveis.
Estas defesas falam com palavras claras, e quando se trata da excelência pessoal , dizem coisas como:

“A excelência é para os gênios, os excepcionalmente talentosos, as aberrações da natureza. Eu simplesmente não nasci assim”.

Ou diz:

“A excelência é feia e imoral, é para aqueles que são ambiciosos e egoístas. É melhor aceitar minha sorte na vida e trabalhar para ajudar outras pessoas em vez de me enriquecer”.

Ou pode dizer:

“O sucesso depende da sorte, e aqueles que chamamos de mestres são apenas pessoas que estavam no lugar certo no momento certo. Eu poderia facilmente estar neste lugar se tivesse uma chance.”

Ou pode também dizer:

“Para trabalhar por tanto tempo em algo que exige tanta dor e esforço, por que me preocupar? Melhor aproveitar a minha vida curta e fazer o que posso para conseguir.”

Essas vozes não falam a verdade. A excelência não é um privilégio da genética ou da sorte, mas de seguir nossas inclinações naturais e o desejo profundo que nos agita por dentro.

Todo mundo tem essas inclinações. Este desejo dentro de nós não é motivado pelo egoísmo ou ambição de poder (que são emoções que entram no caminho da excelência). Em vez disso, é uma expressão profunda de algo natural, algo que nos marcou ao nascer como único.

Ao seguir nossas inclinações e avançar para a excelência, fazemos uma grande contribuição para a sociedade, enriquecendo-a com descobertas e “insights”, aproveitando ao máximo a diversidade na natureza e na sociedade humana.

Na verdade, O AUGE DO EGOÍSMO É SIMPLESMENTE CONSUMIR O QUE OS OUTROS CRIAM e recuar para um estado de metas limitadas e prazeres imediatos. Alienar-nos das nossos talentos só pode nos levar à dor e decepção a longo prazo e uma sensação de que desperdiçamos algo único. Esta dor será expressa em amargura e inveja, e nunca vamos reconhecer a origem desta depressão.

Ao seguir nossa voz, percebemos nosso próprio potencial e satisfazemos nossos mais profundos anseios para criarmos e expressarmos nossa singularidade. Ela existe para um propósito, e é a tarefa de nossa vida para trazê-la à tona.

Fonte: R. Greene/ F. Nietzsche

Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

Recent Posts

Os 12 artistas brasileiros vivos mais caros do mundo em 2025 (e quanto eles já bateram em leilão)

Todo mundo diz que “não liga para mercado”, mas todo mundo quer saber. Então, aqui…

4 horas ago

Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos com livro inédito

A Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos de história com o lançamento de publicação…

1 dia ago

Cecília Maraújos apresenta ‘Autoficções’ no Ateliê 31 – Rio de Janeiro

O Ateliê 31 apresenta Autoficções, exposição individual de Cecília Maraújos com curadoria de Martha Werneck,…

1 dia ago

Damien Hirst | Reflexões polêmicas sobre a mortalidade

Damien Hirst (1965) é um artista contemporâneo inglês nascido em Bristol. Trabalhando com instalações, esculturas,…

3 dias ago

Diversidade na arte contemporânea: como ela evoluiu nos últimos 50 anos?

A representatividade e diversidade na arte contemporânea global referem-se à inclusão de artistas de diferentes…

3 dias ago

“Not Vital – Tirando onda”, no MAC Niterói com obras recentes e inéditas

O MAC Niterói (Museu de Arte Contemporânea de Niterói) recebe a exposição “Tirando Onda”, do…

3 dias ago