A artista visual, pintora e escultora francesa, Louise Bourgeois (1911 – 2010) deixou uma enorme marca na história com seus escritos e obras, que podem influenciar e inspirar diversos artistas contemporâneos.
Por isso separamos algumas lições extraídas da trajetória dessa grande artista.
Nas numerosas entrevistas, ensaios e anotações no diário que formam o registro de sua abordagem artística, Bourgeois afirmava que sua arte e a vida eram uma só coisa. “Arte não é sobre arte. É sobre a vida, e isso resume tudo “, declarou ela. Sua arte era um exorcismo diário de suas experiências, traumas e agitações internas.
O amor de Louise Bourgeois por toda a natureza teve origem em sua infância. Ela cresceu em um jardim perto de árvores cercada por flores, plantas comestíveis e uma variedade de animais.
A fauna e flora tornaram-se um dos temas basilares de seu trabalho, junto da família e emoções. “As metáforas na natureza são muito fortes … a natureza é um modo de comunicação”, disse ela certa vez.
A artista tem uma relação especial com as Aranhas. “Eu vejo a aranha como a salvadora”, explicou ela. “Ela nos salva de mosquitos…”. Louise via as aranhas como protetoras, inteligentes e inventivas, qualidades que ela amava em sua mãe.
As aranhas apareceram em seus desenhos e gravuras no início da década de 1940 e, na década de 1990, tornaram-se frequentes em todo o seu trabalho – inclusive como esculturas gigantes.
Como as aranhas que ela tanto admirava, Bourgeois teceu uma teia de significados pessoais com o uso repetido de imagens, formas abstratas e cores.
“A repetição de uma imagem e de outra imagem … significa que o que você não pode dizer em palavras, você tenta colocar em termos visuais ”, refletiu certa vez. “Você tem que repetir e repetir; caso contrário, as pessoas não entenderão do que você está falando”.
O uso da repetição também reflete a intensidade com que seu passado influenciou sua vida adulta, além de sua necessidade de se curar revisitando traumas específicos e duradouros da infância.
Na década de 1990, quando estava em seus oitenta, Louise estreou novos trabalhos, entre eles apaixonante esculturas de aranhas e grandes instalações que ela chamou de “células”.
Quando sua visão começou a falhar aos noventa anos, em vez de desistir da gravura, ela aperfeiçoou sua produção aumentando o tamanho das placas para que ela pudesse vê-las melhor; além disso, se concentrou em gravuras com materiais macios, uma técnica mais fácil para as mãos.
As muitas impressões que ela produziu nos últimos quatro anos de sua vida mostram uma artista determinada e incansável. Sua arte a mantinha em movimento; e a morte foi a única coisa que a impediu de continuar.
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Ser um artista é colocar a sua imaginação a prova e mostrar o quão criativos podemos ser quando queremos.
Para o artista não existe o tempo, a idade, ele se reinventa no seu fazer artístico procurando formas de se expressar conforme vão aparecendo as limitações que para ele, são apenas maneiras diferentes de fazer arte.
A arte para mim é um lugar mágico onde podemos nos recriar a cada trabalho feito, em cada experiência vivida e quando voltamos desse lugar perguntamos, foi eu que fiz?
De inspiração ímpar. Não conhecia a artista... A leitura chegou em momento oportuno de minha vida. Extremamente grata!
Que referência fantástica!