Para responder a pergunta do título, é necessário instigar o leitor com algumas pinturas do artista Thiago Cóstackz não a uma, mas a múltiplas respostas sobre o que significa ser um habitante no planeta Terra no século XXI.
Em um rápido olhar sobre as pinturas acima, percebem-se vários elementos e referências misturados e justapostos: o diálogo da tradição das artes plásticas com a ironia da pop-art e a imaginação do surrealismo, a escolha por cores fortes, puras e fluorescentes, os contornos milimetricamente marcados, a impressão das formas estarem em metamorfose e o uso de tintas acrílicas não poluentes.
Para além da leitura dos aspectos técnicos e estéticos, as pinturas apontam para várias leituras e questões da contemporaneidade. A saber: o alerta para a extinção de espécies (representada na textura de sapos ameaçados nas maçãs), na ironia “e se existisse vida fora, como seria” (aqui, na representação dos alienígenas), a luta pelos direitos humanos (cuja expressão se encontra não só nos retratos femininos, mas também nas várias body arts do artista), a contribuição científico-tecnológica de grandes cientistas, o caos urbano, a figura da estrada apontando para um futuro (para onde vamos?), entre tantas outras perguntas.
A obra do artista plástico multimídia e ativista ambiental Thiago Cóstackz que inclui, além das pinturas, body art, intervenções urbanas, performances, fotografia, cinema, mapping 3D, ballon art, entre outras linguagens aplicadas a diversos suportes de origem sustentável, reciclada e com o mínimo impacto ambiental, reflete a sociedade de nosso tempo, os conflitos sociais, violações de direitos humanos e, claro, os problemas ambientais.
Entre tantos trabalhos do artivismo ambiental de Thiago Cóstackz, o de maior destaque é a obra “Caminhando sobre a Terra – Uma viagem a 10 lugares ameaçados no Planeta”. Desdobrada em livro e filme, trata-se de um documentário que conta de forma precisa, forte e real a complexa situação desses locais visitados. Imagens, que mostram ao observador, paisagens e espetáculos os quais são diretamente relacionados às ações humanas e às mudanças climáticas em nível global.
Como o próprio artista reflete sobre sua obra: “comportamentos sociais são grande combustível, então é comum eu olhar para sociedades do passado, colocar um espelho sobre a nossa e pensar nas infinitas questões e nas infinitas possibilidades do futuro”.
Para conhecer esta vasta arte pop surrealista, sugiro o novo site onde é possível adentrar nesse universo questionador, irônico, plural, sutil e terrível, real e complacente.
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