Pintura

Principais obras e artistas de Natureza Morta


A arte da natureza morta é um gênero de pintura diversificado, com grandes artistas desenvolvendo seus estilos de forma única ao longo dos séculos. Pensando nisso, separamos nessa matéria as principais obras e artistas de Natureza Morta.


Jan Bruegel, o Velho (1568 – 1625)

Pintor flamengo nascido em Bruxelas, foi um dos principais artistas do gênero Natureza morta. Especializou-se em pinturas florais e ficou conhecido pelo apelido de “Flor” por sua vasta experiência e ocupação com naturezas-mortas desta temática.

Uma de suas pinturas mais famosas se chama Flores em um Vaso de Madeira (1606).

Flowers in a Wooden Vessel (1606-1607) by Jan Brueghel the Elder; Jan Brueghel the Elder, Public domain, via Wikimedia CommonsFlowers in a Wooden Vessel (1606-1607) by Jan Brueghel the Elder; Jan Brueghel the Elder, Public domain, via Wikimedia Commons
Flowers in a Wooden Vessel (1606-1607) by Jan Brueghel the Elder; Jan Brueghel the Elder, Public domain, via Wikimedia Commons

Bruegel teve muito cuidado para retratar cada flor sem estar na frente ou atrás de outra flor. Podemos ver o detalhamento de cada uma.

As flores em primeiro plano são destacadas contra o fundo escuro da pintura, dando-lhes mais destaque. Também notamos uma variedade de flores espalhadas no tampo da mesa, deixando a composição mais natural.

O artista costumava pintar flores de diferentes estações, o que sugere que ele não pintava a partir de um modelo real de flores em um vaso.


Frans Snyders (1579-1657)

Nascido em Antuérpia (Bélgica), é conhecido como um dos pioneiros da arte barroca flamenga. Especializou-se em pinturas de natureza morta com diferentes temáticas, com especial enfoque em uma gama de animais como aves, macacos, lebres, pássaros e cães.

Uma de suas pinturas famosas é Natureza morta com caça, frutas e legumes em um mercado (1614).

Still Life with Dead Game, Fruits, and Vegetables in a Market (1614) by Frans Snyders; Frans Snyders, Public domain, via Wikimedia Commons

Trata-se de um retrato dinâmico de diferentes tipos de animais, alimentos e utensílios. Vemos um homem de pé à esquerda da pintura segurando uma cesta de comida no braço enquanto inclina o chapéu, aparentemente alheio ao garoto que o roubava.

No centro da composição, notamos um gato preto com o olhar focado em dois galos em uma briga. Isso aumenta ainda mais o dinamismo da cena, incluindo as figuras humanas vivas combinadas com os objetos de natureza morta.


Willem Claesz Heda (1594-1680)

Nascido em Haarlem, na Holanda, foi um dos principais pintores envolvidos com natureza morta. Ele se especializou principalmente em cenas de café da manhã, detalhando os objetos com um grande conhecimento de luz e sombra.

Uma de suas obras mais famosas se chama Mesa de café da manhã com torta de amora (1631).

Breakfast Table with Blackberry Pie (1631) by Willem Claesz Heda; Willem Claesz Heda, Public domain, via Wikimedia Commons

Ao observarmos a obra, podemos notar uma mesa com uma toalha de seda sobre a metade esquerda, como se fosse colocada especificamente para os pratos e copos de vidro para o jantar. A mesa está posta para o que parecem ser duas pessoas, mas apenas um prato tem um pedaço da torta de amora, da qual uma parte foi comida. Também notamos uma colher no topo da torta de mirtilo principal.

Toda a composição denota uma cena de sobremesa após uma refeição.


Pieter Claesz (1597–1661)

Nascido na Bélgica, em Berchem, explorou o estilo Vanitas (referência à brevidade da vida), através do uso de cores monocromáticas e ênfase na luz capturada.

Vanitas Still Life with the Spinario (1628) by Pieter Claesz; Pieter Claesz, Public domain, via Wikimedia Commons

Em Vanitas Still Life with Spinario, de Claesz, também notamos a característica caveira em uma mesa ao lado de muitos outros itens, incluindo uma grande escultura de um menino brincando com o pé. Esta composição engloba um grande espaço, que remonta uma espécie de sala, possivelmente um estudo devido aos livros, armaduras e instrumentos musicais espalhados aparentemente ao acaso no chão.


Willem Kalf (1619 – 1693)

Willem Kalf nasceu em Rotterdam, em Amsterdã, e foi outro artista popular de natureza morta que caracterizou seu trabalho pela incluindo tigelas e jarros de porcelana chinesa. Também notamos a atenção aos detalhes em seus objetos, que não apenas mostram a habilidade artística de Kalf, mas enfatizam o simbolismo inerente à composição.

Um de seus trabalhos mais conceituados é Natureza morta com um jarro de prata e uma tigela de porcelana (1660).

Still Life with a Silver Jug and a Porcelain Bowl (1656) by Willem Kalf; Willem Kalf, Public domain, via Wikimedia Commons

Os detalhes realistas fazem quase com que toquemos os objetos, causando grande admiração a partir de suas texturas e cores. Já o simbolismo aponta para a transitoriedade da vida, bem como para a ideia de abundância.


Transforme - Banner Instaarts

Veja também


Fonte

artincontext.org/still-life-paitings


Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

Recent Posts

Galeria Simões de Assis abre coletiva com foco em poéticas latino-americanas e individual de Mika Takahashi

A Galeria Simões de Assis apresenta a partir de 30 de agosto duas novas exposições.…

8 horas ago

Por que o traço feito à mão vale mais em tempos de IA?

Uma reportagem publicada pela Harvard Gazette reacendeu o debate sobre os limites da inteligência artificial…

8 horas ago

Projetos arquitetônicos da Marco Casamonti / Archea Associati unem arte, originalidade e sustentabilidade

Os projetos da Marco Casamonti / Archea Associati, um dos escritórios de arquitetura mais premiados…

9 horas ago

Como o artista pode se preparar para o colecionador informado

Entendendo o novo colecionador O perfil do colecionador de arte mudou. Ele está mais informado,…

1 dia ago

O que os grandes colecionadores sabem sobre arte e nunca contam

O que motiva o colecionador Desde Freud, sabem‑se os contornos íntimos do colecionismo: ele raramente…

1 dia ago

Exposição coletiva “O poder de minhas mãos” no Sesc Pompeia

O Sesc Pompeia abre ao público a exposição "O Poder de Minhas Mãos", uma coletiva…

2 dias ago