A cor azul, na antiguidade, não era uma cor tão fácil de ser encontrada na natureza. Diferente do vermelho, amarelo, verde, preto, entre outras outras cores extraídas do solo ou de plantas, o azul só poderia ser extraído dos minerais.
Uma cor tão cara quanto o ouro
No período Medieval, a Virgem Maria era frequentemente retratada vestida em um manto azul. A escolha da cor não era somente devido ao seu simbolismo religioso, mas também seu valor material: o azul foi, por séculos, considerado uma cor nobre, e pintores renascentistas como Rafael utilizavam-na para destacar a imagem da divindade retratada.
Desde a Antiguidade, o custo da lapis lazuli (mineral de onde era extraído o pigmento azul), rivalizava, até mesmo, com o preço do ouro. O custo de importação da lapis lazuli do deserto do Afeganistão ao Egito era caro, e, por isso, os egípcios desenvolveram seu próprio pigmento sintético, produzido a partir do dióxido de silício, cobre e álcali. Da lapis lazuli eram produzidas jóias, objetos cerimoniais, itens de decoração e máscaras mortuárias. Para os egípcios, o azul estava associado ao céu e às divindades.
Tonalidades escuras do azul estavam presentes na decoração de templos bizantinos e ilustrações de páginas do Alcorão, pois acreditava-se que era a cor favorita do profeta Maomé.
No século 9, a porcelana chinesa foi amplamente exportada para a Europa, inspirando o estilo de arte Chinoiserie, que caracteriza-se por uma imitação europeia das tradicionais técnicas asiáticas de confecção de porcelana.
O azul é destaque em obras como Moça com Brinco de Pérola (1665), de Vermeer. Aliás, o artista era bastante adepto dessa cor.
Nos anos 1950, o pintor neodadaísta Yves Klein criou a tonalidade de azul-escuro que tornou-se sua marca registrada e foi uma sensação nas artes do pós-Segunda Guerra Mundial. Para Klein, “o azul não tem dimensões. Está além das dimensões, enquanto as outras cores, não… Todas as cores despertam ideias associativas específicas, psicologicamente materiais ou tangíveis, enquanto o azul sugere o oceano e o céu, que são, na verdade, a natureza visível do que há de mais abstrato”.
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