O Casamento de Arnolfini (1434), de Jan van Eyck
A cor verde não está presente nas pinturas rupestres de cavernas pré-históricas. Entretanto, os povos neolíticos do norte da Europa extraíam o pigmento da folha da árvore de vidoeiro para o tingimento de roupas. Cerâmicas pré-históricas apresentam pinturas em verde em tonalidades mais próximas do marrom, porém não há evidências de como o pigmento era produzido.
No Antigo Egito, o verde estava associado ao renascimento e a regeneração. Não raro, divindades eram retratadas tendo a pele desta cor.
Na Renascença e Idade Média, as classes sociais eram distinguidas pela cor: cinza e marrom eram cores usadas pelos camponeses; o vermelho era a cor da nobreza; e o verde era utilizado por comerciantes, banqueiros e pequeno-burgueses. Assim, sugere-se, pela cor da roupa de Mona Lisa (1503-1517), que ela pertencesse a classe dos comerciantes.
A noiva retratada na pintura O Casamento de Arnolfini (1434), de Jan van Eyck, também veste verde.
A partir do século 18, o verde passou a ser considerado uma cor venenosa: em 1775, o químico sueco Carl Wilhelm Scheele criou um pigmento conhecido como verde Scheele, produzido com arsênio tóxico.
O corante foi popular durante a Era Vitoriana, embora muitos acreditassem que fosse uma cor perigosa para os artistas. Alguns atribuem a causa da morte de Napoleão Bonaparte, em 1821, ao veneno contido nos papéis de parede verde Scheele que decoravam seu quarto.
Posteriormente, no século 19, foi criado outro pigmento – conhecido como verde Paris – com o qual os pintores impressionistas criaram suas paisagens pinceladas. O corante, porém, também era tóxico, e foi apontado como a causa da diabete de Cézanne e a cegueira de Monet.
Leia também:
A cor branca na história da arte
O que é arte rupestre? Representa uma manifestação artística muito abrangente, que pode aparecer no…
Denilson Baniwa é artista visual, curador e ativista dos direitos indígenas. Considerado um dos artistas…
O CCBB São Paulo (Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo) recebe, a partir de…
A Galeria Estação, notória por sua contribuição para a inserção e ressignificação da chamada arte…
A Galeria Hugo França, cercada pela Mata Atlântica e imersa na natureza, recebe no dia…
O MAM São Paulo oferece, em março, quatro novos cursos nas áreas de gestão cultural,…