Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 — Rio de Janeiro, 22 de março de 1980) foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas. É considerado um dos maiores artistas da história da arte brasileira.
O artista era neto do professor e filólogo José Oiticica, que escreveu o livro “O anarquismo ao alcance de todos” publicado em 1975. Ele teve uma educação diferenciada já que ao invés de ir à escola foi ensinado em casa pela família. Seu pai era artista também e o levou para Washington (EUA) por ter recebido uma bolsa da Fundação Guggenheim.
Oiticica voltou ao país em 1954 quando entrou na escola de Paulo Valter. Nesta instituição, que ficava no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), ele passa a se experimentar como criador livre. Escreveu muito sobre arte e foi integrante do Grupo Frente de artistas concretos e posteriormente do Grupo Neoconcreto, juntamente com Reynaldo Jardim, Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann.
Ele era um hedonista e sua mente estava voltada ao universo lúdico. Parou de pintar quadros para se dedicar aos relevos e instalações. Dentre seus trabalhos ambientais se destacam os Núcleos e os Penetráveis que colocam o espectador como protagonista o convidando a criar sua própria narrativa interagindo com a obra. A ampliação do conceito de espectador é um de seus legados na arte brasileira.
É inegável que o artista teve uma vida privilegiada o que o colocava numa bolha acadêmica. Porém esse cenário muda quando ele entra em contato com o Morro da Mangueira, em 1964. Sua intenção inicial era conhecer o feitio de carros alegóricos, mas se encantou com a riqueza cultural da comunidade que participava ativamente da cena do samba e do carnaval. O resultado dessa experiência foi a obra “Os Parangolés”, saiba mais sobre isso na matéria ou assista ao filme no final deste texto.
Hélio Oiticica buscou a superação da noção de objeto de arte como tradicionalmente definido pelas artes plásticas até então, inspirado na teoria do não-objeto de Ferreira Gullar.
Nesse sentido, o objeto foi uma passagem do entendimento de arte contemplativa para a arte que afeta comportamentos, que tem uma dimensão ética, social e política, como explicitado no texto “A Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”, publicado em 1967 no catálogo da exposição Nova Objetividade Brasileira ocorrida no MAM-RJ.
Depois de uma carreira de sucesso o artista morre aos 42 anos, no Rio de Janeiro, em 22 de março de 1980. A causa foi um AVC, devido à hipertensão que possuía.
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