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Ai Wei Wei revela transformações e translocações em Vienna

Em uma exposição que toma conta de dois importantes espaços expositivos da cidade de Vienna Ai Wei Wei mostra olhares aguçados sobre movimentos migratórios e tudo o que se transforma em decorrência.

Na Belvedere, um antigo palácio que hoje serve de museu para obras-primas de artistas austríacos como Egon Schiele e Gustav Klimt, Ai Wei Wei faz cinco intervenções, três nos jardins e duas no interior do prédio.

Na lagoa do palácio o artista instalou F LOTUS de 2016, 201 flores de lótus feitas com coletes salva-vidas utilizados por refugiados em processos de procura de abrigo, em busca de situações mais estáveis. A flor de lótus simboliza purificação e longevidade, e juntas na lagoa formam a letra F, recorrente na obra de Ai Wei Wei sempre presente com conotação política.

Outro trabalho que também ocupa a área externa da Belvedere é “Circle of Animals/Zodiac Heads” de 2010, onde o artista expõe as esculturas de bronze que restaram de Yuanmingyuan, o antigo castelo de verão de Pequim do século 18. As esculturas são as cabeças dos animais que simbolizam os 12 signos do zodíaco chinês.

Dentro do palácio da Belvedere Ai Wei Wei expõe importa a mitologia chinesa para o mundo ocidental por através da instalação de esculturas de papel de personagens de certas mitologias. Shanhaijing, 2015.

Na 21er Haus o primeiro trabalho que impressiona pela escala é a instalação de um Hall de ancestrais da dinastia Wang na principal sala expositiva. A transposição destes elementos causa uma certa confusão mental quando o visitante a vista de longe o trabalho Spouts, de 2015, uma construção minimalista feita com bicos de chaleiras quebrados, que lembram ossos em decomposição.

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Marcel Darienzo

Marcel Darienzo é paulista e trabalha nas artes visuais, performance, teatro e dança. Atualmente mora em Londres, Reino Unido, onde é candidato a Mestre pela Goldsmiths, University of London

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