Arte no Mundo

Grada Kilomba e suas Ilusões e mitos.

Por Paula - junho 29, 2018
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Em sua série ILUSÕES (2016 – em andamento), Grada Kilomba combina mitos gregos com vídeo, texto e contação de histórias, a fim de explorar o simbolismo e a alegoria como portadores da opressão.

Configurada em dimensões interdisciplinares esta  série  participa da 10° Bienal de Berlim, que acontece até setembro deste ano, através de vídeo, ela reconta uma história, gradualmente transformando suas metáforas de cabeça para baixo e descompactando uma análise profunda das relações sociais opressivas, racializadas e de gênero que formam sua estrutura. O trabalho expõe a dinâmica do explorador que se centra e marginaliza como um padrão não natural, perturbador e insalubre para a sociedade como um todo.

Grada Kilomba
Grada Kilomba, ILLUSIONS, Vol. II, OEDIPUS, 2018, courtesy Grada Kilomba, photo: Kathleen Kunath

Através da apropriação de histórias e das linguagens que conduzem, ela forma conversações começando com a desnaturalização de um status quo que designa “alteridade”. Para a 10ª Bienal de Berlim, Kilomba amplia a trajetória de sua série ILUSÕES – que começou em 2016 com a história de Narciso e eco – apresentando uma iteração dedicada ao mito de Édipo, que explora as tensões fatais entre pai e filho condenados à tragédia. Usando filmes e música combinados com tradições orais de narrativa, Kilomba usa os tópicos de lealdade e política da violência para considerar o papel que o destino pode desempenhar para aqueles que estão inseridos em um sistema de opressão reprodutiva e cíclica.

SOBRE GRADA

Grada Kilomba é uma escritora, teórica, e artista interdisciplinar portuguesa residente em Berlim. O seu trabalho baseia-se na memória, trauma, raça e gênero, e foi traduzido em várias línguas e publicados em inúmeras antologias internacionais, bem como encenado internacionalmente.  O seu trabalho é especialmente conhecido por criar um espaço híbrido onde as fronteiras entre as linguagens acadêmicas e artísticas se confinam, usando uma variedade de formatos desde a escrita à encenação dos seus textos, assim como instalações de vídeo e performance, criando o que ela chama de “Performing Knowledge.”

Grada Kilomba tem apresentado o seu trabalho em renomados espaços de exibição, teatro, e academia, como o Vienna Secession Museum, Brussels Bozar Museum, London Maritime Museum, Centro International de Artes José de Guimarães, Kampnagel House, Oslo Literature House, Maxim Gorki Theater, Berliner Festspiel Haus, Ballhaus Naunynstrasse, Theater Münchner Kammerspiel, University of Stockholm, University of Amsterdam, University of London, University of Accra, Universidade do Rio de Janeiro, Academy of Fine Arts in Vienna, entre outros.

Grada Kilomba tem lecionado em diversas universidades internacionais, tendo sido por último Professora de Estudos de Gênero e Estudos Pós-Coloniais, na Universidade de Humboldt, em Berlim. Actualmente, Grada Kilomba é curadora no Teatro Maxim Gorki, em Berlim, onde está a desenvolver uma série de Artist Talks e Post-colonialismo.

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Amante das belezas da vida, Paula sempre está por dentro do que está acontecendo no cenário cultural na cidade de São Paulo. Bacharel em Ciências e Humanidades e Técnica em Gestão Pública com foco em políticas culturais, Paula vem colecionando uma bagagem de conhecimentos nas áreas de Gestão Cultural e Jornalismo Cultural. Hoje Trabalha no programa de incentivo cultural Pro-MAC da Prefeitura de São Paulo

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