Na capital norte americana, Washington DC, existe um museu inteiro recheado somente de obras de artistas mulheres.
No “descolado” mundo das artes, o papel da mulher é infinitamente menor do que o dos homens e isso pode ser facilmente comprovado olhando estatisticamente qualquer uma das grandes coleções museológicas do planeta.
Em 1987, o National Museum of Women in the Arts (NMWA) foi fundado com a intensão de preencher essa lacuna e hoje, mesmo depois de 3 décadas, é ainda a única instituição dedicada exclusivamente à produção artística feminina.
O museu está localizado dentro de um antigo Templo Maçônico e sua coleção desafiadora contrasta com as linhas clássicas do edifício. Fundado por Wilhelmina Cole Holladay e Wallace F. Holladay, a instituição sempre questionou a pequena participação de minorias étnicas, sociais e de gênero nas grandes coleções.
O museu dedica-se a descobrir e tornar conhecidas artistas que foram ignoradas ou não reconhecidas, garantindo seus lugares na arte contemporânea.
Os fundadores do museu, Wilhelmina e Wallace Holladay, começaram a colecionar arte na década de 1960, quando os estudiosos passaram a discutir a sub-representação das mulheres nas instituições e exposições de arte.
Impressionados com uma pintura do século XVII da artista flamenga Clara Peeters, eles buscaram informações sobre a mesma e descobriram que os textos da história da arte não faziam referência a ela. Na verdade, a nenhuma outra artista feminina.
O casal se comprometeu a coletar obras de arte de mulheres e, eventualmente, criar um museu e um centro de pesquisa.
Depois de renovar extensivamente o antigo templo maçônico, a NMWA foi inaugurada em abril de 1987 com a exposição “American Women Artists, 1830-1930”.
A curadoria se divide em exposições temporárias e permanentes, com temas provocativos e pertinentes à discussão do papel feminino dentro da sociedade.
O resultado é encantador e por três andares eu pude me deliciar com trabalhos belíssimos de artistas mundialmente famosas como Frida Khalo e outras ainda desconhecidas do público brasileiro, mas com trabalhos fortes, como Magdalena Abakanowicz, escultura polonesa.
Tem até uma belíssima exposição de fotografia da brasileira Janaína Tschäpe.
Vale a visita e vale a ideia! Que surjam mais espaços pelo mundo afora dedicado ao trabalho de minorias, seja de gênero, de raça ou de qualquer contexto.
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