Não é fácil vencer no mundo das artes. Aliás, nessa nossa atualidade cercada de desafios, não é fácil vencer em área nenhuma. Competição acirrada, velocidade insana da informação, mudanças de foco, crises econômicas e políticas, violência, retorno de posições extremistas e retrógradas, etc. etc. etc.
A lista segue indefinidamente e nós nos vemos no olho do furacão! O que dizer então de jovens artistas e curadores, que recém-formados, se arriscam a enfrentar essas águas turbulentas?
É preciso coragem e persistência e é preciso sobretudo desvincular-se de velhos valores e métodos e abrir-se para o novo. Vivemos um mundo de relações líquidas, fugazes e imprevisíveis, mas que não deixam de exercer uma enorme pressão sobre os indivíduos.
Pensando nisso, uma jovem brasileira, Stephanie Wruck, abraçou com coragem seus ideais e lançou-se em um projeto de curadoria na Filadélfia, que questionava sobretudo o futuro, o porvir. De forma colaborativa e com baixíssimo orçamento foi montada a exposição The Future Show.
Essa questão do futuro, recorrente na história da arte, sempre surge em tempos de crises de identidade e conceitos, quando velhos modelos já não podem ser seguidos, mas não existem fórmulas ou métodos para ditar o que virá a seguir.
Partindo dessa premissa, foi pedido a 6 artistas brasileiros e americanos, que criassem dentro de suas perspectivas uma visão do futuro.
Apesar de todos fazerem parte da chamada geração de milleniums, crescida e alimentada com todos os gadgets tecnológicos, o resultado foi surpreendente.
Trabalhos feitos artesanalmente: desenho, pintura, escultura e instalações que abriram mão do conforto das ferramentas digitais.
O que isso tem a nos dizer? Assim como um espiral a história anda em círculos recorrentes e crescentes em que antigos valores são retomados, para se impulsionar novos propósitos.
O futuro visto a partir de 2017 está longe daquele imaginado por nós nos anos 90 e 2000. O futuro de hoje prevê um retorno a antigos materiais e à naturalidade em oposição à artificialidade. O paradoxo disso é que o ser humano anseia pelo conforto da simplicidade, alcançada através de muito trabalho duro.
Ironicamente, já na segunda década do século XXI, percebemos que o fazer das próprias mãos são ainda a ferramenta mais sofisticada da humanidade.
A exibição aconteceu na Filadélfia, de forma colaborativa entre o grupo de jovens artistas: Stephanie Wruck, Patrick Dias, Matt Giulliano, Marina Pedrosa, Cara Lucia, Jeremy Sims e Luiza Cardenutto.
Para saber mais clique aqui.
Alfredo Volpi nasceu em Lucca na Itália 1896. Ele se mudou com os pais para…
Anita Malfatti nasceu filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita…
Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…
Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…
SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…
A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…