Categories: Arte no Mundo

“Polka dots” tomaram conta da cena de arte da capital americana – Yayoi Kusama

Os moradores de Washington DC e região precisavam desesperadamente de um refresco depois do turbilhão de emoções que vêm atravessando desde a posse presidencial de Donald Trump.

Esse alívio veio em forma de bolinhas e não são pílulas de ansiolíticos. Trata-se de arte! A arte de Yayoi Kusama, japonesa nascida em 1929. A exibição “Infinity Mirrors” que já pôde ser vista em terras brasileiras no CCBB do Rio e no Instituto Tomie Ohtake de São Paulo no ano de 2013, comemora os 65 de carreira da artista.

Para se ter uma ideia do sucesso por aqui, o único meio de conseguir visitar a exposição – que é gratuita – é através de passes previamente reservados no site do museu Hirshhorn, onde é realizada.

Porém, a procura tem sido tanta, que os ingressos esgotam-se em segundos e centenas de pessoas vão para as filas nas primeiras horas da manhã, na tentativa de conseguir ver a mostra através dos poucos ingressos disponibilizados diariamente.

Eu tive o privilégio de ver a montagem em S. Paulo e também aqui. A mostra é altamente instagramável e isso é sem dúvidas um dos fenômenos atuais que garantem o sucesso de uma exibição.

As primeiras pinturas já mostram uma prévia desse caminho, e nelas são desenhadas abstrações que parecem vistas microscópicas de células que compõem todas as coisas.

As famosas esculturas fálicas da série Accumulations também estão presentes, mostrando a reverência e o espírito de vanguarda dessa artista japonesa, que ousou e sempre se colocou à frente do seu tempo.

Depois surgem as impressionantes instalações dos Infinity Mirror Rooms, que nos transportam para dentro de caleidoscópios de espelho e luzes, em um mundo que parece pairar sobre a realidade. Em meio às infinitas bolinhas iluminadas e coloridas, o espectador pode se ver refletido como apenas mais um ponto no universo mágico criado pela artista. Afinal, não é isso que realmente somos? Minúsculos pontos na vastidão do Universo?

Recomendo fortemente a visita à exposição, apesar das dificuldades de acesso. Para quem perder a oportunidade de visitar em Washington DC, a mostra seguirá por Seattle, Los Angeles, Cleveland e Ontário no Canadá.

Mais informações acesse aqui.

Veja também:

https://arteref.com/exposicoes-2/10-gifs-extraordinarios-sobre-a-frieze-art-fair-2016/

 

Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Gabriela Albuquerque

Com formação em Letras e Crítica e Curadoria de Artes, Gabriela é daquelas pessoas que caminha pelo mundo prestando atenção em linhas, formas, cores e sons. Atualmente mora na capital dos EUA , Washington DC, de onde irá compartilhar impressões e descobertas dentro desse universo incrível que só a arte proporciona.

Recent Posts

Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos com livro inédito

A Pinacoteca de São Paulo celebra 120 anos de história com o lançamento de publicação…

13 horas ago

Cecília Maraújos apresenta ‘Autoficções’ no Ateliê 31 – Rio de Janeiro

O Ateliê 31 apresenta Autoficções, exposição individual de Cecília Maraújos com curadoria de Martha Werneck,…

13 horas ago

Damien Hirst | Reflexões polêmicas sobre a mortalidade

Damien Hirst (1965) é um artista contemporâneo inglês nascido em Bristol. Trabalhando com instalações, esculturas,…

2 dias ago

Diversidade na arte contemporânea: como ela evoluiu nos últimos 50 anos?

A representatividade e diversidade na arte contemporânea global referem-se à inclusão de artistas de diferentes…

2 dias ago

“Not Vital – Tirando onda”, no MAC Niterói com obras recentes e inéditas

O MAC Niterói (Museu de Arte Contemporânea de Niterói) recebe a exposição “Tirando Onda”, do…

2 dias ago

MASP exibe exposição de artista-xamã que retrata cosmologia Yanomami

O MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand exibe, de 5 de…

2 dias ago