Artigos Acadêmicos

A Luz e Sombra na Pintura Figurativa


Na pintura Figurativa a luz e a sombra possuem um importante papel simbólico, refletem na representação das figuras uma simbologia evidenciada através da dicotomia entre os extremos: o Céu e o inferno, o visível e o invisível, a verdade e a irrealidade etc.

A representação da luz na pintura figurativa possui um papel fundamental na estruturação de um pensamento filosófico. Ela é feita através de técnicas pictóricas* que utilizam o mundo como referência, e da mesma forma que na obra sobre a alegoria da caverna de Platão, tais representações artísticas acerca da luz criam uma nova realidade baseada na verossimilhança e imitação da realidade.

A luz evidencia o que é real e se revela na pintura através de tons diferenciados, porém na pintura a ideia de uma realidade não é somente resumida ao que está iluminado, esta realidade abrange tudo, desde a representação da luz sobre os objetos até a representação das sombras.

Objetos e formas são observáveis porque refletem a luz, se o objeto não reflete luz ele deixa de ser visto, o que não significa que o objeto ou a forma obscura não esteja presente na composição.

O uso da luz na pintura figurativa possibilita a construção de um espaço virtual tridimensional, e quando o espaço é ordenado dentro de uma perspectiva Cônica*, há uma modelagem do Chiaroscuro* que reforça a ilusão de volume e de espacialidade através do posicionamento da luz, tanto em primeiro quanto em segundo plano.

O uso da técnica permite a dinamização da luz e sombra na pintura figurativa para além de uma única perspectiva central, a técnica quando aplicada à obra de forma eficaz, traz uma riqueza de informações visuais, onde a luz pode se apresentar em mais de um foco de direção luminoso, tornando assim a composição mais dinâmica e diversificada.

Na presença da luz a sombra e a penumbra se tornam elementos subordinados, a sombra tem um importante papel de ocultar toda a informação que não é essencial, tornando aquilo que está sendo valorizado na luz mais proeminente.

*Técnicas Pictóricas: Comumente, a classificação dos elementos da linguagem pictórica referem -se ao ponto, a linha, a perspectiva, a cor, a textura, a dimensão (proporção e escala), a sugestão/ ilusão de movimento, assim como as questões colocadas em termos da relação entre estes elementos, ou seja, as partes de um “corpo” pictórico se tornam parte da composição.

*Perspectiva Cônica: Na perspectiva cônica podem existir um, dois ou três pontos de fuga no desenho de perspectiva, é um método de transmitir ao observador a aparência que as formas assumem à distância bem como as três dimensões que estas possuem.

*Chiaroscuro: refere-se ao uso de luz e sombra para criar a ilusão de volume tridimensional em uma superfície plana. O termo se traduz como “claro-escuro”; chiaro significa brilhante ou claro e scuro significa escuro ou obscuro.


A luz pode se apresentar com diferentes características visuais na pintura figurativa, estas representações se apresentam de três modos:

A – Luz Direta

Dentre as diferentes representações da luz direta é possível observar a existência de dois tipos: a luz natural (luz solar) e as artificiais (luz de lâmpadas, velas e o fogo).

Luz Natural

Este tipo de luminosidade pode se apresentar na pintura figurativa de duas maneiras: a luz natural pode ser difusa no ambiente ou direcionada em um facho de luz.

MOVIMENTO DESABRIGADO. Carlos Borsa, 2019.
Óleo sobre Papel Hahnemuhle, 80 x 60 x 1cm.

Na pintura acima é possível observar a representação da luz separada entre dois planos visuais que se dividem e se contrapõe entre si. Na composição desta obra a luz e sombra ordenam o espaço, criam dentro da perspectiva cônica a sensação de amplitude.

O uso da luz natural no primeiro plano (1) modela todos os objetos da composição, a luz não possui um foco direto. A iluminação natural é predominante e ocupa a maior área da composição da obra, se apresenta de forma difusa e se espalha pelo ambiente uniformemente de cima para baixo.

No segundo plano (2) é possível observar que o ambiente interno possui iluminação artificial, a luz também é difusa, porém com uma luminosidade mais fraca do que a luz natural presente no primeiro plano.

Essa diferença de luminosidade gera diferenças de valores tonais, e desta forma é estabelecido a profundidade entre os planos visuais.

A riqueza de informações visuais se traduz na diversificação de valores tonais, na luz natural em primeiro plano os contrastes tonais são mais claros e mais próximos entre si, já na iluminação artificial em segundo plano, os contrastes tonais são mais escuros e contrastantes entre si.

A dicotomia gerada pelo agrupamento dos valores tonais faz com que os planos visuais se tornem visíveis, evidenciando desta maneira, os diferentes tipos de luminosidades na obra.

O Chamado de São Mateus. Caravaggio, 1600.
Óleo sobre Tela, 340 x 322 cm. Contarelli Chapel, Church of San Luigi dei Francesi .

Na obra do mestre Caravaggio podemos observar a luz natural retratada a partir de duas fontes, a primeira é representada por um facho de luz posicionado no canto superior direito da composição, e a segunda é uma fonte de luz que ilumina as figuras humanas.

A luminosidade vinda do facho de luz ilumina o ambiente, serve para direcionar o olhar do espectador para a figura humana posicionada no canto esquerdo da pintura, além disto, os gestos das mãos de algumas figuras humanas apontam para o lado esquerdo do quadro, reforçando assim o direcionamento do olhar do espectador.

Na pintura o uso da luz torna a composição da obra dinâmica, a luz quando ilumina o ambiente e as figuras humanas faz com que ocorra um movimento diagonal vindo de cima para baixo e direcionado da direita para esquerda, e com isto, os gestos das mãos se tornam visíveis e o plano espacial se materializa no ambiente.


Luz Artificial

A luz artificial de lâmpadas elétricas começa a ser representada na pintura figurativa a partir da época moderna do sec. XIX, influenciou artistas impressionistas parisienses e mudou profundamente a estética visual das obras.

A energia elétrica possibilitou trazer para as pinturas figurativas mudança de cores, profundidades e texturas, a representação deste tipo de iluminação trouxe uma profunda mudança na observação da luz e impactou o modo de produção artística.

No Moulin Rouge. Henri de Toulouse-Lautrec, 1892/95.
Óleo sobre Tela, 123 x 141cm. Art Institute of Chicago.

Na pintura figurativa do artista parisiense Toulouse-Lautrec há a representação da luz elétrica posicionada dentro de três focos principais. Nesta obra a luminosidade gera cores e texturas diferenciados, o que consequentemente produz na composição da pintura pontos de maior atenção.

Os valores tonais nesta pintura se encontram próximos entre si, são valores que abrangem entre o nível intermediários e o escuro, apresentando esta forma, uma pintura sem grandes áreas de contrastes.

É possível observar que os pontos iluminados com maior atenção se encontram nas figuras femininas, isto traz a intenção do artista em gerar um maior destaque ao retrato das mulheres na obra.

A disponibilidade e distribuição destas figuras de maior iluminação na composição, evidencia uma estrutura em forma de triângulo entre os pontos iluminados.

O equilíbrio visual na composição ocorre graças a repetição da estrutura triangular, pois esta estrutura também está presente no formato do balcão de madeira no canto inferior esquerdo da obra.

Madalena Penitente, Georges de La Tour, 1625/1650. Óleo sobre Tela, 133,4 x 102,2cm. Metropolitan Museum of Art.

Na pintura figurativa do pintor francês Georges de La Tour, a luz artificial gerada pelo fogo ilumina de forma gradiente o ambiente, distribuindo-se na composição da obra a partir de um único ponto central.

A distribuição da luz faz com que os planos se separem em três, o plano de fundo (3) possui valores tonais escuros, o plano intermediário (2) possui valores tonais mais claros e o primeiro plano (1) apresenta tanto valores tonais claros gerado pela iluminação da vela, quanto valores escuros ilustrados pelas sombras contrastantes.

A sombra nesta obra tem o importante papel de tornar tudo aquilo que está sendo iluminado pela luz artificial da vela mais valorizado, nesta pintura toda a informação visual que contrasta com as sombras se torna mais proeminente.

Na pintura a diferença entre os valores tonais gera dramaticidade, a técnica de Chiaroscuro empregada pelo artista modela a figura humana através dos contrastes acentuados. A construção do espaço se faz através do posicionamento da luz no plano intermediário, isto traz para a obra uma variedade de informações visuais que torna o jogo de luzes e sombras visível e contrastante.


B- Luz Refletida

A representação da luz sobre diferentes tipos de objetos na composição da pintura, pode trazer uma imensa variedade de reflexões luminosas com mais ou menos intensidade, gerando assim uma riqueza de informações visuais.

Na mesa do almoço. Carl Moll, 1901.
Óleo sobre Tela, 107 x 136 cm. National Gallery of Canadá.

Na obra do pintor Vienense Carl Moll é destacada a representação de dois tipos de luzes, a natural e a artificial.

Ambas as luzes se distribuem no ambiente de formas distintas, na composição da obra a luz natural azulada de inverno atravessa as janelas e se espalha de forma gradativa no ambiente. Em contrapartida a luz artificial amarelada ilumina o centro da mesa, e se espalha através da reflexão da luz sobre as pessoas e os objetos.

Esta característica de luzes antagônicas evidencia uma oposição, o equilíbrio de cores e valores tonais na composição ocorre quando a luz azulada, vinda de fora do ambiente, se entrelaça delicadamente com a luz artificial amarelada.

Essa junção das luzes constitui um jogo de cores e temperaturas, gerando desta forma uma variedade de informações visuais dentro da composição da obra.

A luz natural é fria e azulada, contrasta com a luz artificial quente e amarelada, quando ambas as luzes se unem na mesa de almoço, ocorre uma síntese da informação visual e que é captada na toalha de mesa, na prata, nos vidros e nas próprias figuras humanas.

Com isto a mesa de almoço torna-se o ponto de maior importância na composição da pintura, a comunhão das luzes convergindo sobre a superfície da mesa traz o equilíbrio visual e harmonia das cores.

Entre as duas características luminosas é destacada a presença dos objetos na mesa, quando estes objetos são iluminados pela luz natural, criam sombras projetadas de cor azul e ao mesmo tempo a luz artificial, quando ilumina os mesmos objetos, produz a reflexão da cor amarela no ambiente.

A luz artificial amarela é refletida e varia de intensidade, tem seu foco posicionado no centro da mesa, tornando assim a coloração amarela mais intensa sobre rosto das pessoas mais próximas do foco desta luz.


C – Luz Translúcida

O meio em que a luz percorre até chegar aos nossos olhos pode trazer uma variedade de mudanças na informação visual, cores e formas podem ser distorcidas e a informação que chega aos nossos olhos pode se tornar em alguns casos cheio de ruídos.

Um dos elementos que compõe o ambiente é o ar, este é um elemento que pode alterar a luminosidade pois na pintura a representação do ambiente pode conter elementos físicos tais como fumaça, poeira ou neblina, alterando desta forma, a intensidade da luz.

Na composição da pintura, quando há o distanciamento entre o plano principal e a fonte de luz, o grau de luminosidade se altera e a luz se torna translúcida, isto se dá graças a fatores físicos presente na natureza, tais como uma maior quantidade de partículas presentes no ambiente.

Tempestade de neve: Hannibal e seu exército cruzando os Alpes. J.M.W. Turner, 1810.
Óleo sobre Tela, 144,7 x 236 cm. Tate Britain.

Na obra do pintor inglês Turner há a representação da luz translúcida difusa, entre o foco de luz do sol e o primeiro plano há uma grande distância espacial dividida entre 7 planos visuais.

A luz translúcida se torna difusa graças ao meio por onde ela percorre, na composição da obra as nuvens cobrem o sol (5), e com isto à medida que os planos visuais avançam para o primeiro plano (1), gradativamente a luminosidade diminui.

O primeiro plano é onde podemos notar uma maior nitidez das figuras humanas e das rochas, isto ocorre pois este é o plano mais próximo do observador, a informação visual é livre de partículas com elementos físicos que podem turvar a imagem.

Na pintura a luz translúcida difusa cria o plano espacial à medida que a luz se espalha pelo ambiente, os planos visuais se tornam mais nítidos e com valores tonais mais escuros quanto mais nos afastamos da fonte de luz (7).

De forma oposta, conforme gradativamente nos afastamos mais do primeiro plano (1) as imagens vão perdendo a nitidez, se tornam turvas e com valores tonais mais claros à medida que se misturam mais com a luz.

Na composição da pintura de Turner ocorre um movimento de oposição entre a nitidez e a luz difusa, quanto mais há a presença da luz menos nítida são as informações visuais, e quanto mais nítida é a imagem menos iluminada é a informação visual.

É curioso observar que a luz translúcida difusa possui um comportamento de oposição ao das luzes do tipo Direta e Refletida, pois na representação destas duas luzes toda a informação visual que é mais iluminada possui maior nitidez. O oposto ocorre na luz translúcida difusa, neste tipo de luz quando maior é a iluminação menor é a nitidez da imagem.


A sombra pode se apresentar com diferentes características visuais na pintura figurativa, estas representações na pintura se apresentam de três modos:

A – Sombra Própria

A Sombra Própria se resume ao tipo de sombra que é observável na superfície não iluminada do objeto que recebe a luz. Toda sombra apresenta uma variedade de informações visuais da mesma forma que a luz, cores e valores tonais variam de acordo com o tipo de superfície onde ocorre a sombra.

O objeto iluminado quando é um ser humano pode apresentar variações de texturas, valores tonais de pele e temperaturas de cores, objetos feitos de metal podem apresentar maior brilho na sombra, objetos mais escuros podem apresentar em sua sombra baixos valores tonais com poucas variações, etc.

Autorretrato com cabelo desgrenhado. Rembrandt, 1628 – 29. Óleo sobre madeira. 22,6 x 18,7 cm. Rijksmuseum.

No autorretrato do mestre Rembrandt é possível notar a presença da sombra própria sobre a superfície do rosto do artista. Há a presença de um foco de luz direta vindo da esquerda (1) e a sombra possui valores tonais que se alternam entre dois diferentes graus, um médio escuro (2) e outro escuro (3).

Na pintura a volumetria desenvolvida pela técnica do Chiaroscuro cria áreas de transição feitas com pinceladas executadas na técnica de Sfumato*, onde a suavidade da pincelada realizada de forma gradual, separa a luz da sombra através de uma transição harmônica entre as áreas iluminadas e escuras.

Na composição deste retrato a sombra dá proeminência a tudo aquilo que está sendo iluminado, na pintura a contraposição entre a luz e sombra somente ocorre, caso seja estabelecida uma harmonia dos elementos visuais escuros dispostos dentro das áreas de sombra.

Graças a esta harmonia visual, é possível observar dentro da área de sombra nuances delicados de volumes que estão presentes em elementos visuais como o nariz, a maçã do rosto, sobrancelhas, lábios e queixo. Na sombra estes volumes apresentam variações nos valores tonais de forma muito sutil, criando assim um ritmo visual com delicadas variações de texturas e cores.

* Sfumato: é uma técnica artística usada para gerar suaves gradientes entre as tonalidades, é comumente aplicado em desenhos ou pinturas. Sfumato vem do italiano “sfumare”, que significa “de tom baixo” ou “evaporar como fumaça”.


B – Sombra Projetada

Na pintura figurativa este tipo de sombra se projeta do objeto iluminado sobre o ambiente. A marcação deste tipo de sombra é realizada sobre superfícies que se encontram abaixo ou em lados opostos aos objetos iluminados, como exemplo podemos citar superfícies de chão, tampos de mesas, superfícies de mares rios ou lagos, paredes, entre outros.

A sombra varia de intensidade, na composição da pintura quanto mais intensa é a fonte luminosa mais marcada é a sombra projetada, em casos opostos quanto menos há intensidade da luz, menos marcada é a sombra projetada.

A Feira de cavalos. Rosa Bonheur, 1852 – 55.
Óleo sobre Tela. 244.5 cm × 506.7 cm. Metropolitan Museum of Art.

Na pintura figurativa da pintora francesa Rosa Bonheur há o uso da iluminação que gera dois tipos de sombra: a sombra própria presente nas partes não iluminadas do corpo dos animais e seres humanos, e a sombra projetada presente no chão.

O emprego da técnica de Chiaroscuro gera a sombra própria e tem como objetivo criar a volumetria nas figuras iluminadas, o uso deste tipo de sombra torna as áreas de luz mais destacadas. Um exemplo são os cavalos brancos que possuem menores áreas de sombra própria, são figuras mais iluminadas e que se destacam mais em relação aos cavalos marrons mais sombreados.

A representação da sombra projetada na pintura dá a noção de um espaço tridimensional. O uso da sombra projetada, concebida através da marcação de formas escuras sobre o chão, reforça a construção da perspectiva cônica.

A distribuição da luz natural e da sombra projetada na composição da obra é feita uniformemente, não há um foco principal de luz, a iluminação se distribui sobre o ambiente através de um movimento paralelo de cima para baixo e da direita para a esquerda.


C – Sombra Gradiente

Este tipo de sombra ocorre quando a luz se espalha de forma gradiente sobre o ambiente, a luz pode aumentar ou diminui sua intensidade em relação à sombra na medida em que há um movimento de avanço ou recuo sobre o espaço.

Adoração dos Pastores. Gerard Van Honthorst, 162.
Óleo sobre Tela. 164 cm × 190 cm. Wallraf Richartz Museum.

Nesta obra do pintor holandês Gerard Van Honthorst, há a aplicação das sombras em gradiente que se mesclam em diferentes graus com a luz através de 5 planos.

Na pintura as informações visuais que geram maior atenção no espectador são as que possuem informações visuais mais iluminadas, e com isto, o ponto de maior atenção na obra é a criança posicionada no centro da composição.

É possível observar que as figuras humanas revelam diferentes graus de distanciamento em relação ao foco de luz, esse posicionamento entre as pessoas cria os planos visuais, sendo o primeiro plano (1) considerado a fonte de luz.

Na pintura conforme as figuras humanas são representadas de forma menos iluminada, mais distantes elas se encontram do plano principal. A luz na pintura serve para dar a dimensão do espaço, e a organização da composição se dá através da diferença entre os graus de iluminação.

Conforme a sombra envolve gradativamente os planos visuais e as figuras humanas, mais escura e mesclada com o plano de fundo (5) se torna a informação visual.


Veja também

Referências

Andrew Graham-Dixon (2012). Arte, o guia visual definitivo. Publifolha. 612 páginas. p.113

APPLEYARD, Kirsten. National Gallery of Canada, Tranquility and Harmony: Carl Moll’s Painting of Family Life. Disponível em: https://www.gallery.ca/magazine/your-collection/at-the- ngc/tranquility-and-harmony-carl-molls-painting-of-family-life

CORREIA PAIS, João Miguel Pereira. Universidade de Lisboa, A LUZ NA PINTURA DE REPRESENTAÇÃO MITO, REPRESENTAÇÃO E LUZ NA PRÁTICA PICTÓRICA (1550-1650). VOLUME I. Disponível em https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/10980/1/ulsd068186_td_vol_1.pdf

DOTSON, Sarah. Artsy, How Electricity Transformed Paris and Its Artists, from Manet to Degas. Disponível em: https://www.artsy.net/article/artsy-editorial-electricity-transformed-paris- artists-manet-degas

GERVÁSIO. Perspectiva Cónica. Disponível em: http://3pontosdefuga.blogspot.com/2008/02/perspectiva-cnica.html

SCOTT, Dan. Draw Paint Academy, Chiaroscuro. Disponível em: https://drawpaintacademy.com/chiaroscuro/

SOUZA, Vítor de. Observatório, A luz, as sombras e a procura da verdade. Os média e a construção de uma realidade equívoca e totalizante. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-59542017000100002

STEWART, Jessica. My Modern Met, 10 Famous Female Painters Every Art Lover Should Know. Disponível em: https://mymodernmet.com/famous-female-painters-art-history/

WERNER, João. Aula de Arte, Ritmo na Comunicação Visual. Disponível em: https://www.auladearte.com.br/lingg_visual/ritmo.htm

ZAGROBELNA, Monika. Aperfeiçoe sua Arte aprendendo a ver luz e sombra. Disponível em: https://design.tutsplus.com/pt/articles/improve-your-artwork-by-learning-to-see-light-and- shadow–cms-20282

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Carlos Borsa

Carlos Borsa é natural de São Paulo(1980). É um artista visual que trabalha com pintura em vários suportes. Usa várias técnicas entre as quais destacam-se: óleo sobre tela, carvão em papel, e afresco contemporâneo. Seus trabalhos possuem uma dualidade entre opostos, (Luz e Escuridão, o Líquido e o Concreto, Classicismo e Expressionismo) e com isto é criado uma identidade baseada no pensamento existencialista. No trabalho o existencialismo é estruturado na ideia de dualidade, traz referência baseada em variados movimentos artísticos, entre eles o expressionismo, o barroco, o classicismo e o abstracionismo. Na sua obra há o conceito de contraposição que se realiza em dois momentos: através da pincelada de caráter expressionista se contrapondo à pincelada de caráter classicista; e através da contraposição entre o suporte utilizado na obra e a pintura executada.

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