Claudio Edinger nasceu no Rio de Janeiro em 1952 e se mudou para São Paulo na década de 1950 Ele se formou em economia pela Universidade Mackenzie em 1974, mas não chegou a exercer a profissão.
Ainda no início da década de 1970, ele se direcionou na fotografia e realizou sua primeira exposição individual, Edifício Martinelli, no Masp em 1975.
No ano seguinte, se mudou para Nova York, onde permaneceu até 1996. Claudio se dedicou à fotografia documental e jornalística e trabalhou como fotógrafo autônomo para jornais brasileiros e norte-americanos como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, Time, Newsweek, Life, Rolling Stones.
Em 1977, ele estudou com fotógrafo Philippe Halsman (1906-1979), especialista em retratos. Realiza a exposição individual Judeus Ortodoxos, 1978, no International Center of Photography, em Nova York. De 1979 a 1994, leciona na New School for Social Research e, de 1992 a 1994, no International Center of Photography.
No decorrer dos 20 anos de permanência nos Estados Unidos, ele publicou 11 livros, entre eles o Chelsea Hotel (1983), e Venice Beach (1985), editados pela Abbeville Press, ambos vencedores do prêmio Leica Medal of Excellence, nos Estados Unidos.
Pelo projeto Loucura, sobre o asilo de doentes mentais do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em Franco da Rocha, São Paulo, recebe o Prêmio Ernst Haas, em 1990.
Em 1993, é contemplado, em São Paulo, com a Bolsa Vitae de Fotografia para registrar o carnaval brasileiro, e desse trabalho resulta o livro Carnaval, publicado, pela editora DBA Artes Gráficas, em 1996.
Nesse ano, volta a morar em São Paulo e continua a expor no Brasil e no exterior durante os anos 2000, como na mostra Madness, em Paris, em 2014. Em 2015, realiza a exposição O Paradoxo do Olhar, que se desdobra, no mesmo ano, em uma publicação.
O caos e a beleza de Nova York revelados por uma nova perspectiva sob as lentes do fotógrafo Claudio Edinger. Imagens que parecem ter sido capturadas pelo próprio olho: um objeto central nítido e seu entorno desfocado. O todo, por vezes, aludindo a uma cena onírica. Edinger olha o mundo de perto, de forma intensa, e convida o público a fazer o mesmo. É o que ele propõe em Machina Mundi NYC, exposição que apresenta entre 12 de fevereiro e 23 de março, na Galeria Lume em São Paulo.
As vistas aéreas de Claudio Edinger descortinam uma harmonia por vezes inacessível a olhos apressados. Ao desviar a visão do plano próximo ao chão às alturas, o fotógrafo oferece ao espectador uma experiência etérea do mundo que, pouco a pouco, traz à tona os signos cotidianos. “Ele aproxima a visão da imagem captada daquela de nossos olhos, como se olhássemos com mais atenção”, afirma Paulo Kassab Jr., curador responsável para mostra.
Machina Mundi NYC é parte de uma série homônima, iniciada em 2009, na qual Edinger busca enquadramentos jamais vistos de diversas cidades do mundo, entre as quais São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa e Veneza. A escolha por Nova York não foi ao acaso. A cidade foi sua casa por 20 anos, de 1976 a 1996, período que lhe propiciou uma vivência fundamental para sua formação pessoal e fotográfica.
A exposição reúne um conjunto de 14 obras. Destas, 12 são inéditas, registros de uma Nova York ínfima, clicados de um helicóptero e com a utilização de uma técnica precisa que Edinger desenvolve há cerca de 19 anos – o foco seletivo, recurso que desfoca o fundo da imagem e destaca um ponto escolhido.
Somadas a esses trabalhos, quatro imagens de New York 1994, série produzida na época em Claudio residia na cidade. “É o contraste entre a visão pés no chão de um fotógrafo que, cada vez mais, consolida sua carreira e a visão de cima, dos sonhos e das distantes lembranças”, pontua o curador.
Machina Mundi NYC, de Claudio Edinger
Local: Galeria Lume
Abertura: 12 de fevereiro, terça-feira, a partir das 19h
Período expositivo: de 13 de fevereiro a 23 de março
Endereço: Rua Gumercindo Saraiva, 54, Jardim Europa
Visitação: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h | sábados, das 11h às 15h
Telefone: (11) 4883-0351
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