Tarsila do Amaral. Antropofagia, 1929. Dimensões: 126.00 cm x 142.00 cm Acervo: Fundação José e Paulina Nemirovsky (São Paulo, SP)
Tarsila do Amaral faleceu há exatos 40 anos devido a uma forte depressão que gradualmente dominou a artista. Nascida no interior de São Paulo na cidade de Capivari, Tarsila vem de uma família tradicional e muito rica dona de fazendas no interior. Foi educada com mestres franceses e bélgicas, e desde pequena teve acesso à cultura e arte.
Tarsila começou na arte em 1917 como aluna de Pedro Alexandrino Borges, que também foi professor de Anita Mafaldi na época do movimento modernista brasileiro. Em 1920 a artista viajou à Paris para estudar arte e pode conhecer novas vanguardas e movimentos, porém foi de volta ao Brasil que deu início ao modernismo. Quando regressou, juntou-se a Anita, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia, formando o grupo dos cinco, cujo objetivo era somar ideias, conhecimentos, e assim consolidar a Semana de 22, a fim de trazer uma nova arte para o Brasil, romper com as artes plásticas conservadoras da época.
A semana de 22 aconteceu entre 13 á 17 de fevereiro de 1922 no Teatro Municipal de São Paulo. Marcou o início do modernismo no Brasil e cada dia da semana houve pintura, escultura, poesia, literatura e música. Passaram pela semana nomes como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia, Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor Villa-Lobos,Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, entre outros.
Foi uma ruptura da arte passada para uma arte mais experimental e criativa, com uso de cores vivas, formas cubistas e movimentos corporais, trazendo muita influência do que estava acontecendo na arte europeia. Nessa semana em específico, Tarsila não compareceu, pois estava em Paris.
Em 1924 fez uma viagem ao redor do Brasil acompanhada de outros modernistas e deu início a sua fase pau-brasil e antropofágica. Nesse período pintou o quadro “Abaporu” que é hoje a obra mais famosa da artista.
Tarsila teve uma única filha que morreu de diabetes em 1966. A morte da filha, a separação do casamento e a crise americana que fez sua família perder toda fortuna, causou muito sofrimento a artista. Precisou fazer uma cirurgia na coluna e devido a um erro médico, ficou paralítica até seus últimos dias. Faleceu aos 86 anos de depressão. Hoje está enterrada no Cemitério da Consolação em São Paulo.
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