1978, Londres, Reino Unido. Vive em La Jagua, Colômbia, e Los Angeles, Caifórnia, EUA
Carolina Caycedo volta sua prática para a discussão de contextos impactados por grandes obras infraestruturais de caráter desenvolvimentista. Em sua pesquisa recente, analisa os danos ambientais e sociais atrelados à construção de barragens e ao controle dos cursos naturais da água. Por meio do envolvimento com grupos e comunidades afetadas por essas transformações, a artista investiga ideias de fluxo, assimilação, resistência, representação, controle, natureza e cultura. A Gente Rio–Be Dammed [A Gente Rio–Barrado seja] (2016) é um projeto que compreende pesquisas em arquivos, estudos de campo e atividades com comunidades ribeirinhas abaladas pela privatização das águas. A Gente Rio(2016), pesquisa produzida para a 32a Bienal, trata da vida implicada nesses rios e em suas margens. A obra é composta por distintos elementos, como montagens de fotografias de satélite das usinas hidrelétricas de Itaipu e de Belo Monte e do antes e depois do rompimento da represa de Bento Rodrigues (Mariana, MG); um vídeo feito por Caycedo nessas regiões; tarrafas coletadas durante seus estudos de campo inseridas nos vãos entre os andares do Pavilhão da Bienal; e desenhos que contam as narrativas dos rios Yuma (Colômbia), Yaqui (México), Elwha (EUA), Watu, conhecido como Rio Doce e Iguaçu (Brasil) como entidades vivas dotadas de histórias próprias.
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