Bienal 2016: Lourdes Castro e suas admiráveis pinturas
Frequenta a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, curso que não viria a terminar por via da sua “expulsão” em 1956, “pela não conformidade com o cânon académico que dominava o sistema de ensino de então”.
Expõe individualmente pela primeira vez em 1955, no Clube Funchalense, Funchal, participando também em algumas exposições coletivas em Lisboa.
Parte para Munique em 1957 e, pouco depois, instala-se em Paris com o marido, René Bertholo. No ano seguinte funda, juntamente com René Bertholo, Costa Pinheiro,João Vieira, José Escada, Gonçalo Duarte, Jan Voss e Christo, o grupo KWY, participando nas diversas iniciativas do grupo.
Em 1960 integra a mostra do KWY na SNBA, exposição que, segundo Rui Mário Gonçalves, marca o início dos anos 60 no panorama artístico português. Em 1972 e 1979 foi artista residente na DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst), em Berlim. Depois de residir 25 anos em Paris, em 1983 regressou ao Funchal, onde vive atualmente.
Foi galardoada com os seguintes prémios: Medalha do Concelho Regional Salon de Montrouge, Paris, 1995; Prémio CELPA/Vieira da Silva, 2004; Grande Prémio EDP Lisboa, 2000. Está representada em diversas coleções, públicas e privadas, entre as quais: Victoria e Albert Museum, Londres; Museu de Arte Moderna, Havana; Museu de Arte Moderna, Belgrado; Museus Nacionais de Varsóvia, Vroclaw e Lódz; Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação de Serralves, Porto.
Obras em Destaque
Últimas grandes exposições individuais de Lourdes Castro: Sombras à volta de um Centro, Fundação Serralves, Porto, 2003; O Grande Herbário de Sombras, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2002. Em 2000, representou Portugal na XVIII Bienal de S. Paulo, juntamente com Francisco Tropa.
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