A 32ª Bienal de São Paulo – ‘Incerteza viva’ deu a largada no dia 07 de setembro (quarta-feira) de 2016, trazendo muitas novidades e uma programação multicultural incrível.
Com curadoria de Jochen Volz e dos cocuradores Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México), a mostra acontece de 7 de setembro a 11 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo e enfoca noções de “incerteza” e “entropia” a fim de refletir sobre as condições atuais da vida e as possibilidades oferecidas pela arte contemporânea para abrigar e habitar incertezas.
Como resultado de um processo de pesquisa iniciado em março de 2015, a lista final apresenta uma seleção de participantes de 33 países marcada pela forte presença de artistas nascidos após 1970; de mulheres – são mais da metade dos artistas convidados – e de projetos comissionados, produzidos para o contexto da exposição.
Segundo o curador Jochen Volz, os artistas da 32a Bienal trazem estratégias e especulações sobre como viver com a incerteza. “Estamos buscando compreender diversidades, olhar para o desconhecido e interrogar aquilo que tomamos como conhecido. Entendemos os diferentes saberes do nosso mundo como complementares e não como excludentes”.
Muitas das obras atualmente em desenvolvimento envolvem residências artísticas na cidade de São Paulo e viagens de pesquisa pelo Brasil. Para citar alguns exemplos, Carla Filipe, em parceria com o Instituto de Botânica de São Paulo, desenvolve uma horta com plantas alimentícias, espontâneas e em extinção; Iza Tarasewicz investiga a presença do ritmo musical polonês Mazurka no Brasil; Dalton Paula visitou três cidades envolvidas na economia do tabaco e Pilar Quinteros partiu para a Serra do Roncador, no Mato Grosso, a fim de seguir os rastros de Percy Fawcett (1867-1925), explorador desaparecido nos anos 1920.
“A proximidade da curadoria com a equipe da Fundação Bienal, bem como a ampliação das parcerias da instituição, fazem da 32a Bienal uma edição especialmente fértil”, sugere o presidente da fundação, Luís Terepins. “Até o momento, contamos com o engajamento de 48 parceiros, entre empresas, entidades governamentais e instituições culturais. Além disso, o relacionamento da Fundação Bienal com organizações internacionais de fomento à cultura também se intensifica. Vamos chegar à abertura da mostra com um número de apoios consideravelmente maior em relação às últimas edições da Bienal, um ativo da fundação que vem somar-se ao trabalho curatorial”.
A parceria com organizações do Chile, de Gana e do Peru, por exemplo, ajudou a viabilizar a realização, nos últimos meses, dos Dias de Estudo em Santiago (Chile), Acra (Gana) e Lamas (Peru), com grande impacto no desdobramento da proposta curatorial. A quarta jornada será realizada em Cuiabá, no Mato Grosso, entre 19 e 22 de maio. Concatenando os vários Dias de Estudo, um seminário internacional acontece em São Paulo nos dias 10 e 11 de junho no auditório da Fundação Bienal.
Texto – Fonte
Imagens – Fernanda Eva
SERVIÇO
32ª Bienal de São Paulo – ‘Incerteza viva’
Quando: de 7 de setembro a 11 de dezembro
Dias de visitação: terças, quartas, sextas, domingos e feriados das 9h às 19h (entrada até as 18h); quintas e sábados das 9h às 22 (entrada até as 21h); fechado às segundas
Onde: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera (Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana – Entrada pelo portão 3)
Curador: Jochen Volz
Cocuradores: Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofía Olascoaga
Entrada: gratuita
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