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CINEMATECA PROMOVE CURSO GRATUITO COM A ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DA USP

Inscrições para curso gratuito na Cinemateca começam a partir de amanhã. Aulas serão dadas por diversos professores da ECA/USP, entre eles Ismail Xavier, Esther Hamburger e Carlos Augusto Calil.

CURSO

UMA HISTÓRIA DO CINEMA NA CINEMATECA BRASILEIRA

11 de setembro a 16 de outubro de 2012

CURSO LIVRE E GRATUITO em parceria com o Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.

Aulas às terças-feiras, às 19h00.

 As inscrições devem ser feitas pessoalmente na bilheteria da Sala Cinemateca Petrobras a partir do dia 05 de setembro, de terça a domingo, das 15h00 às 21h00. É necessário preencher uma ficha com seus dados pessoais. 100 vagas

As aulas serão ministradas pelos professores Carlos Augusto Calil, Eduardo Morettin, Arlindo Machado, Henri Gervaiseau, Ismail Xavier e Esther Hamburger, da Escola de Comunicações e Artes da USP.

módulo 29

O CINEMA NA TV

O aparelho de televisão – ou, literalmente, “visão à distância” – é uma das invenções que revolucionaram as concepções de tempo e espaço entre o final do século XIX e o início do século XX. As pesquisas que deram origem à televisão se confundem com as pesquisas que resultaram na invenção do telefone, da fotografia, do cinema e do rádio. Malgrado a associação original dessas invenções com uma noção ampla de modernidade, os estudos do cinema e da televisão permaneceram, até recentemente, separados. A história dos dois meios está, no entanto, imbricada uma na outra, em relações de oposição ou de complementaridade. O tamanho da tela de televisão foi definido como versão reduzida da tela de cinema. Para não se confundir com o novo meio e supostamente para fugir à competição, o cinema modificou seu formato do original quadrado para o atual retângulo. Em diversos países, emissoras de televisão financiaram realizações fílmicas, exibidas em salas de cinema e na telinha. A convergência digital cada vez mais confunde os dois meios.

Além das afinidades e diferenças tecnológicas e de estrutura institucional, recentemente a constituição de acervos públicos de televisão permite a apreciação de relações estéticas entre os dois meios. O acesso a programações que depois de irem ao ar caíram no esquecimento promete inspirar novas interpretações sobre a história dos meios provocando possivelmente revisões das noções estabelecidas na área.

Neste 29º módulo do curso UMA HISTÓRIA DO CINEMA NA CINEMATECA BRASILEIRA, intitulado O CINEMA NA TV, serão exploradas as relações entre cinema e televisão no trabalho de alguns cineastas do Brasil, Japão, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Itália, conhecidos também por suas realizações para a televisão. Cada uma das aulas será ministrada por um professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP, que abordará um trabalho (ou um conjunto de trabalhos) realizado para televisão por um célebre diretor de cinema, como Alfred Hitchcock, Eduardo Coutinho e Takeshi Kitano. Dessa forma, será oferecido aos participantes do curso um mosaico que promete explorar as fronteiras do conhecimento na área e as imbricações entre as linguagens cinematográficas e televisivas.

Serviço

CURSO

UMA HISTÓRIA DO CINEMA NA CINEMATECA BRASILEIRA

Módulo 29 – O CINEMA NA TV

11 de setembro a 09 de outubro de 2012

terças, 19h00

Inscrições gratuitas

100 vagas

CINEMATECA BRASILEIRA

Largo Senador Raul Cardoso, 207

próximo ao Metrô Vila Mariana

Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215)

www.cinemateca.gov.br

PROGRAMAÇÃO

11.09 | TERÇA

 SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

EDUARDO MORETTIN discute a forma como a decupagem constrói o efeito de suspense (expectativa, retardamento, tensão) a partir do filme Um corpo que cai, de Alfred Hitchcock, e do primeiro episódio do seriado televisivo Alfred Hitchcock presents.

ALFRED HITCHCOCK PRESENTS: REVENGE

de Alfred Hitchcock

EUA, 1955, 35mm, pb, 26’ | Legendas em espanhol | Exibição em DVD

Ralph Meeker, Vera Miles, Frances Bavier, Ray Montgomery

Após sofrer um colapso nervoso, mulher se muda com o marido para um parque de trailers na Califórnia. Já adaptada ao calmo modo de vida do local, é subitamente agredida por um desconhecido. Primeiro episódio da série televisiva concebida por Hitchcock, que foi ao ar entre 1955 a 1962.

UM CORPO QUE CAI (Vertigo)

de Alfred Hitchcock

EUA, 1958, 35mm, cor, 128’ | Legendas em português | Exibição em DVD

James Stewart, Kim Novak, Barbara Bel Geddes, Tom Helmore

Detetive com fobia de altura é contratado para seguir uma mulher com tendências suicidas. Após resgatá-la de uma queda, fica obcecado por sua imagem.

18.09 | TERÇA

SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

ARLINDO MACHADO. Takeshi Kitano, diretor de clássicos recentes do cinema japonês, reconhecido pela crítica como o autor que resgatou o prestígio desse cinema depois de muitos anos de decadência, e que elevou o gênero yazuka eiga (filmes violentos sobre a máfia japonesa) à categoria de grande arte, é também um hilariante cômico de televisão, mais conhecido no Japão como “Beat” Takeshi. Kitano tem uma visão do cinema e da televisão como duas entidades opostas e essa perspectiva radical pode nos ajudar a lançar alguma luz sobre a difícil comparação entre os dois meios.

BEAT TAKESHI SELECTION

Japão, 1985-1996, cor, 90’ | Legendas em português | Exibição em DVD

Seleção de esquetes televisivos da série O programa que dá ânimo!, estrelada pelo ator e cineasta Takeshi Kitano no início de sua carreira.

25.09 | TERÇA

SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

HENRI GERVAISEAU.  História(s) do cinema é uma série videográfica dividida em quatro capítulos, cada um composto por dois episódios. Foi produzida pelo Canal +, com a colaboração da empresa Gaumont. Para além do prestígio de Jean-Luc Godard, a dimensão serial do projeto facilitou a adesão do Canal + ao projeto. Nesta série, o objetivo central de Godard é o de instituir, simultaneamente, uma memória da história do cinema e uma “lenda do século”, produzindo um conjunto de ensaios audiovisuais que traduzam a passagem do tempo, relacionando continuamente seu discurso às práticas e dispositivos técnicos próprios à sétima arte. O estabelecimento de um tecido de relações entre a história do século XX, a história do cinema e a do sujeito enunciador constituiu a base do projeto de História(s) do cinema.

História(s) do cinema (Histoire(s) du cinéma), de Jean-Luc Godard

França/Suíça, 1988-1998, vídeo, cor/pb, 266’ | Legendas em português | Exibição em DVD

Reflexão videográfica propondo novas historiografias do cinema. Godard combina antigos filmes, seus próprios filmes, pintura, fotografia, trilhas-sonoras, jazz, música clássica e pop, intertítulos, subtítulos, voz over, criando um ensaio sobre o século XX. Serão exibidos alguns episódios da série.

02.10 | TERÇA

SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

ISMAIL XAVIER. Realizado no final da década de 1990, o documentário Notícias de uma guerra particular, de João Moreira Salles e Kátia Lund, é uma das principais obras do cinema brasileiro contemporâneo, tendo influenciado uma série de filmes que trataram da questão do tráfico de drogas e da violência nas favelas do Rio. Com sua estrutura pautada na divisão tripartite dos poderes e dos pontos de vista – dos moradores, dos traficantes e da polícia –reúne imagens e entrevistas que elucidam aspectos fundamentais do problema social e político aí implicado.

NOTÍCIAS DE UMA GUERRA PARTICULAR

de João Moreira Salles e Kátia Lund

Rio de Janeiro, 1999, vídeo, cor, 57’ | Exibição em Beta analógica

Marco do documentário brasileiros nos anos 1990, trata da violência do tráfico no Rio de Janeiro a partir do cotidiano de moradores, traficantes e policiais que transitam pelo morro Santa Marta. O filme é resultado é resultado de dois anos de entrevistas com pessoas ligadas diretamente ao tráfico de drogas. Prêmio de Melhor documentário na Competição Brasileira do festival É tudo verdade de 2000.

09.10 | TERÇA

SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

ESTHER HAMBURGER. Entre 1975 e 1984, Coutinho fez parte da equipe da primeira fase do programa Globo Repórter. Durante esses anos de prática intensa, foi redator, editor e diretor. Dirigiu seis filmes em 16mm, quatro deles no Nordeste. Theodorico, imperador do sertão é um dos documentários dessa fase. Nele o diretor ensaia a arte da conversa, instrumento de um cinema que se estrutura em torno da interação entre diretor-entrevistador e entrevistado-performer. Durante esse período, Coutinho também retomou e finalizou Cabra marcado para morrer (1984), uma complexa reflexão sobre o cinema e os 20 anos de história que separam o início das filmagens na Paraíba imediatamente antes do golpe militar de 1964 e a finalização do filme no imediato pós-anistia. Como a experiência de Eduardo Coutinho na televisão alterou o seu cinema?

THEODORICO, IMPERADOR DO SERTÃO

de Eduardo Coutinho

Rio de Janeiro, 1978, 16mm, cor, 50’ | Exibição em DVD

Retrato de Theodoro Bezerra, membro da elite rural brasileira. Fazendeiro e político desde os anos 1940, foi eleito deputado estadual pelo Rio Grande do Norte em 1978. Theodoro Bezerra concentra em si as características típicas de um líder populista – é machista, elitista e faz uso do dinheiro público em causa própria.

04.09 | TERÇA

SALA CINEMATECA PETROBRAS

19h00

CARLOS AUGUSTO CALIL. Uma aventura aos 40, do pediatra, ator, dramaturgo, produtor e apresentador de televisão Silveira Sampaio (1914-1964), é uma comédia de formação, sobre um médico que está completando 70 anos em 1975 e é homenageado em um programa de televisão. O estilo elegantemente crítico do autor permite a ele abordar os temas de nossa vida social, sob um prisma afetivo, e traçar um painel melancólico do profissional liberal da classe média carioca, no pós-guerra. Instado a projetar a televisão de 1975, Silveira Sampaio a imagina como extensão natural do rádio, numa dimensão interativa.

UMA AVENTURA AOS 40

de Silveira Sampaio

Rio de Janeiro, 1947, 35mm, pb, 77’

Flávio Cordeiro, Silveira Sampaio, Nilza Soutin, Ana Lucia

Durante um programa de televisão, famoso psiquiatra revela episódios não-oficiais de sua vida: as diabruras da infância, a ascensão casual na profissão, o casamento por conveniência e sua maior aventura, um caso de adultério com uma bela jovem. Enquanto isso, o interlocutor do programa, contrariado, insiste em rememorar a face politicamente

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Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

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