Quem é o artista? Cao Guimarães
O que vai ter na exposição?
Filme e fotografias
Até quando?
25 de julho

Galeria Nara Roesler  – Cao Guimarães

A Galeria Nara Roesler apresenta, a partir do dia 21 de julho, a exposição “Passatempo”, de Cao Guimarães. A água – símbolo de nascimento e elemento que contém e alimenta o embrião – foi a orientação para a curadoria de Solange Farkas.

Passatempo mostra um pequeno inventário das obsessões que se convertem em poesia na obra de Cao Guimarães. Ela percorre o caminho do trabalho do artista que explora a relação entre o homem, o objeto e a paisagem. Na série fotográfica “Gambiarras”, a presença humana é apenas presumida.  Em “Paquerinhas”, ela é projetada na relação irônica entre pipas e varas de pescar. Já em Limbo ela desaparece do mundo, nos balanços vazios.

Então, ele chega a “Otto”, seu trabalho mais recente e destaque da exposição. Cao batizou a obra com o nome do filho e a descreve como um filme de amor. Durante 70 minutos, a pessoa, símbolo ausente até então, está no centro da cena.  A narrativa tem como fio uma imagem de mulher. Seu rosto, seu corpo, sua voz, sua risada, a barriga que cresce e vira bolha prestes a explodir num rebento.

A curadora Solange Farkas escreve que “o fruto nasce, o fruto germina”. Ela diz que, para Cao Guimarães “o cinema é uma arte que ainda está no berço”. Esta é a quarta exposição individual do artista na galeria Nara Roesler.

Sobre Cao Guimarães

O mineiro Cao Guimarães é um dos nomes brasileiros de maior êxito no cruzamento entre o cinema e as artes plásticas. Com produção intensa desde o final dos anos 1990, ele pode exibir suas obras em festivais com foco a priori detido sobre o cinema – Locarno, na Suíça, Sundance, nos EUA, e Cannes, na França, entre outros –, e também em mostras de arte como a Bienal de São Paulo, evento do qual participou em 2002 e 2006.

Autor de documentários como Andarilho e A alma do osso, além de Acidente (em parceria com Pablo Lobato), o artista tem numerosas obras suas em coleções prestigiadas, como a da Tate Modern, em Londres, as do MoMA e do Museu Guggenheim, em Nova York, e a do Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.

Com obras que podem ser consideradas audiovisuais expandidos, influenciou diversos outros artistas de Minas Gerais, como Marcellvs L.. Seu trabalho com fotografias também tem destaque. A famosa série “Gambiarras” serviu como um dos eixos do Panorama da Arte Brasileira, em 2007, com curadoria de Moacir dos Anjos, no MAM-SP.

Abertura: 21.07.2012 – de 11h à 15h

Imagem:

Cao Guimarães
Otto (2012)
Vídeo digital em alta definição / High-definition video Colorido / Colorful
70 minutos / 70 minutes
Trilha Sonora / Sound Track O Grivo

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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