Quem é o artista?
Macaparana
O que terá na mostra?
Cerca de 25 desenhos
Onde vai ser?
Dan Galeria
É um bom programa?
Sim. Durante os primeiros anos de atividade, a Galeria ficou exclusivamente na Arte Brasileira Moderna, com obras dos mais importantes artistas modernos brasileiros. Posteriormente, estabeleceu forte foco na abstração geométrica, arte concreta e construtivismo das décadas de 1950 e 1960.
Quando?
13 de junho a 30 de julho de 2016
Criador de uma obra que une o rigor geométrico e a informalidade da abstração, a liberdade criativa com a precisão dos traços, a formalidade e a musicalidade, compondo uma geometria sensível, Macaparana (José de Souza Oliveira Filho) abre, a partir de 11 de junho, na Dan Galeria, uma individual que reúne cerca de 25 trabalhos inéditos criados entre 2012 e 2016.
As obras criadas e selecionadas para a exposição compõem uma série de trabalhos em aço inoxidável, papel e madeira. “A arte geométrica, no Brasil, realizou uma revolução que deixou de fazer pintura e passou a inventar com as cores e as formas geométricas um universo outro, uma geometria outra de que a arte de Macaparana é exemplo notável”, afirma Ferreira Gullar, que assina o texto crítico do catálogo da exposição.
A abertura da exposição virá acompanhada do lançamento do livro Macaparana, que será lançado em novembro, em Nova York.
Vida e obra
Nascido em 1952, Macaparana tem uma das trajetórias mais notáveis da arte brasileira da segunda metade do século 20. Autoditada, aprendeu a desenhar e a pintar em lápis e papel, num período de convalescença durante a infância, e expôs, pela primeira vez, aos 18 anos, em Recife, na galeria da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur).
Em 1971, o artista realiza sua primeira individual no Rio de Janeiro, onde passa a viver, na galeria Velha Mansão. Na capital fluminense, Macaparana passa a conviver com os maiores nomes do neoconcretismo, como Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004), Amilcar de Castro (1920-2002) e o poeta e crítico de arte Ferreira Gullar, que se tornaria um dos maiores admiradores e divulgadores de sua obra.
A mudança para São Paulo, dois anos depois, representa um novo ponto de virada em sua trajetória, que entra em ascensão definitiva, e em sua obra, com o abandono da pintura figurativa e a imposição da figura geométrica sobre o todo da obra, tornando-se sua essência. Nisso, o artista cita como uma de suas principais influências a obra do artista uruguaio Joaquín Torres-García (1874-1949), cuja obra, segundo ele, remete à sua infância. “Aquela geometria, as cores do Torres-García são as mesmas das casas que eu via na minha infância.
No final da década, em 1979, o artista realiza sua primeira individual no Museu de Arte de São Paulo (MASP).
A influência de Torres-García aparece em forma de homenagem na exposição realizada em 1983 na galeria Mônica Filgueiras de Almeida, reunindo guaches e pastéis secos sobre papel Fabriano que homenageavam o uruguaio.
Na abertura da mostra, o artista se encontra, pela primeira vez, com Willys de Castro (1926-1988). A partir desse momento, Willys se torna seu amigo, mestre e referência intelectual.
Em 1991, o artista vive, simultaneamente, dois grandes momentos de sua carreira, ao participar da 21ª Bienal de São Paulo com um conjunto de quinze obras – treze realizadas com pigmentos e resina acrílica em madeira sobre tela e duas esculturas – e receber uma nova individual no MASP, reunindo uma série de obras de formato vertical, realizadas com madeira reciclada e proveniente de demolições, além de outros trabalhos com uma geometria mais formal.
Em 1994, a Pinacoteca do estado de São Paulo apresenta, de 30 de abril a 29 de maio, Macaparana, uma retrospectiva que inclui uma seleção de obras realizadas entre 1987 e 1994.
O artista expõe, em 2009, pela primeira vez em Madrid, na galeria Cayón. Em 2010, expõe na galeria Jorge Mara, em Buenos Aires, e, no ano seguinte, volta à Europa, expondo, pela primeira vez em Paris, na galeria Denise René, onde volta a expor no começo deste ano.
No ano passado, a música, sempre uma influência em sua obra, esteve na exposição “Música”, na galeria Jorge Mara, Buenos Aires. Em colaboração com a Dan Galeria, é publicado um catálogo com imagens das obras expostas e textos de Pablo Gianera, incluindo ainda um cd com várias composições musicais, entre elas a Suíte Macaparana, interpretada pelo Trio Luminar, composto por Patrícia da Dalt (flauta), Marcela Magin (viola) e Lucrecia Jansa (harpa).
SERVIÇO
Macaparana
Vernissage: 11 de junho (sábado), das 10h às 14h
Período de exposição: de 13 de junho a 30 de julho de 2016
De segunda a sexta das 10h às 18h, sábado das 10h às 13h
Dan Galeria
Rua Estados Unidos, 1638
Jardim Paulista
Telefone: (11) 3083- 4600
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