Arne Jacobsen e o quarto 606, uma de suas principais obras
As formas simples, funcionais e orgânicas utilizadas pelo arquiteto-designer tiram sua inspiração dos princípios modernos.
Enquanto a maioria dos turistas se antecipam para visitar os Jardins de Tivoli em Copenhague, uma pérola do design se esconde ao lado do parque de atrações. Hoje, Radisson Blu Royal Hotel; em 1960, Royal Hotel. Encomendado pela companhia aérea escandinava SAS, ele é um dos projetos mais importantes do arquiteto e designer Arne Jacobsen (1902 – 1971).
Do prédio aos móveis, dos tecidos aos talheres… absolutamente todos os detalhes foram concebidos por Arne Jacobsen, que fez do hotel um “Gesamtkunstwerk”, ou uma obra de arte total.
As formas simples, funcionais e orgânicas utilizadas pelo arquiteto-designer tiram sua inspiração dos princípios modernos e, em especial, do trabalho de Le Corbusier.
Para Arne Jacobsen, todos os elementos contam e devem ser pensados em conjunto na busca de uma harmonia. Foi também para este hotel que ele criou três de suas peças mais icônicas: a poltrona Egg e a poltrona Swan, pensadas para o hall e desenhadas inteiramente com linhas curvas, e a cadeira Drop.
Um dos exemplos mais importantes do modernismo dinamarquês e primeiro arranha-céu de Copenhague, o hotel foi recentemente renovado pelo Space Copenhague.
Obras em Destaque
O studio preservou as principais características do design interior, combinando as peças históricas com outras contemporâneas. Apenas o quarto 606 guardou a decoração e a disposição original feita por Arne Jacobsen. Algumas das peças retiradas dos espaços podem ser encontradas hoje em galerias especializadas em design escandinavo.
Apesar de constar nos guias, a visita do hotel e do quarto 606 (que deve ser reservada com antecedência) foge da rota do turismo tradicional da cidade.
Até mesmo alguns funcionários do Radisson Blu Royal Hotel parecem não saber da existência do quarto e da importância desse projeto, o que torna a experiência ainda mais única.