Tape, que já foi adaptada para o cinema, traz temáticas atuais como a masculinidade tóxica, a intolerância, o politicamente correto/incorreto,
e a dificuldade de precisar falar “a verdade”
Direção e tradução de Fernando Vilela
Com os atores Jessé Scarpellini, Malú Lomando
e Roberto Nardocci.
Curta temporada de 11/06 a 09/07 – Segundas e Terças, às 21h
Peça escrita em 1999 pelo dramaturgo americano Stephen Belber e encenada em mais de 25 países, ‘TAPE’ ganha montagem com direção de Fernando Vilela, e no elenco Jessé Scarpellini, Malú Lomando e Roberto Nardocci a partir de 11 de junho, de segundas e terças-feira, às 21h, no Pequeno Ato (Rua Teodoro Baima, 78).
O drama, escrito por Belber, foi traduzido por Fernando Vilela e traz temáticas atuais como a masculinidade tóxica, a intolerância, o politicamente correto/incorreto, e a dificuldade de precisar falar “a verdade” em confronto com a perspectiva de cada ponto de vista de um acontecimento.
TAPE se passa dentro de um quarto de hotel, onde três amigos discutem e tentam esclarecer um ocorrido de dez anos atrás. Cada um tem um recorte, uma opinião pessoal sobre o fato.
“Hoje, o movimento feminista, a consciência e o combate contra o machismo e masculinidades tóxicas, a dimensão das nossas escalas individuais e coletivas, as nossas condutas e responsabilidades, a tecnologia entre outros, são fatores que recortam e atingem diretamente o organismo da obra. É impossível passar ileso. A realidade também está a serviço da construção ficcional, para tanger e se fazer via de mão dupla. Ainda mais num texto como esse”, diz Vilela.
“Stephen Belber sabe armar e detonar as bombas. Em seus textos, uma espécie de termômetro ou velocímetro vem junto com a dramaturgia, o que deixa claro a subida de temperatura, o aumento da velocidade em direção às rotas de colisão. As partes se chocam. Os assuntos são expostos. A vida, com sua luz e sombra, se faz presente em território ficcional, mérito da boa orquestração de Belber”, complementa Renata Reis, assistente de direção da peça.
Tape foi produzida pela primeira vez no Humana Festival of New American Plays, em 2000. Foi adaptada pelo próprio autor no ano seguinte para o cinema, dirigido por Richard Linklater, estrelado por Ethan Hawke, Robert Sean Leonard e Uma Thurman.
Sinopse:
– Jon, um jovem cineasta está na cidade lançando seu primeiro filme no festival de cinema, e convida Vince, seu amigo da época de colégio, para prestigiá-lo. Vince, aproveitando a oportunidade do encontro e tenta extrair de Jon a confissão de um incidente com uma garota que ambos namoraram na época da colégio. Tudo muda quando Amy, a antiga colega e a pessoa em questão, vem a esse encontro.
Ficha técnica
Dramaturgia: Stephen Belber.
Direção: Fernando Vilela.
Elenco: Jessé Scarpellini, Malú Lomando e Roberto Nardocci.
Assistência de Direção e Produção: Renata Reis.
Desenho de Luz e Operação: Vini Hideki, Padu Palmerio e Gabryel Matos.
Cenografia e arquitetura: Marina Lickel.
Duração: 65 minutos
Drama.
Autor
Stephen Belber, nascido em Washington, Estados Unidos, em 1967, é dramaturgo, roteirista e diretor de cinema.
Suas peças foram montadas em mais de 25 países, incluindo: Match, Tape, Don’t Go Gentle, Dusk Rings a Bell, McReele, Finally, Geometry of Fire, Fault Lines, Carol Mulroney, A Small, Melodramatic Story, One Million Butterflies, The Power of Duff and The Muscles In Our Toes.
Filmes incluem: Tape (2001), assina a adaptação do roteiro e a direção é de Richard Linklater; The Laramie Project (Escritor associado), Drifting Elegant, Management, estrelando Jennifer Aniston, e Match, estrelando Patrick Stewart, sendo que esses dois último ele também dirigiu.
Se formou em Filosofia na Trinity College em 1989 e logo se mudou para Nova York, onde estreou sua primeira peça, Psychotic Busboy Blues, seguida de mais dois monólogos, Eclectic Mulatto Moondance e One Million Butterflies.
Ele cursou o Playwrights Horizons Theater School em 1994 e foi aceito no programa de dramaturgia da Juilliard School, onde no segundo ano a sua peça, The Broken Fall, foi produzida como parte do repertório do quarto ano.
Em 1997 ganhou o Fringe NYC Overall Excellence Award em dramaturgia por Finally, e em 2000 ganhou a mesma premiação por The Death of Frank. Ainda em 2000, o Actors Theatre da Louisville produziu Tape no Humana Festival of New American Plays. Ele então, adapta o roteiro de Tape para o cinema, que leva a direção de Richard Linklater, além de estrelar Ethan Hawke, Uma Thurman, e Robert Sean Leonard no elenco.
Direção
Fernando Vilela
Ator, formado pelo Teatro Escola Célia Helena, cursou Cinema na FAAP e Design de Moda no IED São Paulo. Ministra aulas de Method Acting, do Lee Strasberg, com Estrela Straus, no Estúdio Estrela Straus. Como ator, participou das montagens: “Senta {sobre ser um ser humano}”, direção de Nelson Baskerville, em 2016 e 2017; “Fortes Batidas”, direção e dramaturgia de Pedro Granato (APCA 2015 ‘Melhor espetáculo em espaço não convencional’ / Prêmio São Paulo 2015 ‘Prêmio especial pela experimentação cênica’.); “Liberdade, Liberdade”, de Flávio Rangel e Millôr Fernandes, direção de Marcelo Lazzaratto, em 2014. Dirigiu “O Filho do Moony não chora”, de Tennessee Williams, em 2018 com a Pravda! Pravda!! E “Os Sobreviventes”, de Caio Fernando Abreu, em 2016, com codireção de Carolina Victor.
Fez figurinos para a Amazon Prime, no CCXP, em 2018, para os lançamentos das séries “American Gods”, “Man in the High Castle” e “The Purge”. E também assinou a criação e confecção dos figurinos de “Distopia Brasil”, em 2019, direção do Pedro Granato
Serviço:
Tape
Teatro Pequeno Ato
Curta temporada de 11/06 a 09/07 – Segundas e Terças, às 21h
Endereço: rua Teodoro Baima, 78
Acessibilidade: Não
Capacidade: 50 lugares
Duração- 70 minutos
Preços – R$ 50,00 e R$ 25,00
Indicação de faixa etária – 16 anos
Horário de funcionamento: depende da programação.
Site: https://facebook.com/pequenoato
Email Público: [email protected]
Telefone Público: (11) 99642-8350