BARÓ GALERIA RECEBE MOSTRA DO CIRCUITO NACIONAL TROVOA
“A noite não adormecerá jamais nos olhos nossos” surge da necessidade de discutir a pluralidade de linguagens, mídias e pesquisas que estão sendo produzidas por mulheres racializadas pelo país
Mostra é composta por obras que serão desenvolvidas ao longo de uma imersão de 4 semanas e de trabalhos pré-selecionados
A Baró Galeria inaugura a coletiva “A noite não adormecerá jamais nos olhos nossos”, com obras de Aline Motta, Bruna Amaro, Carolina Ricca Lee, Gabriela Monteiro, Heloisa Hariadne, Igi Ayedun, Juliana Santos, Lidia Lisboa, Luiza de Alexandre, Lyz Parayzo, Mariana Rodrigues, Micaela Cyrino, Monica Ventura, Rebeca Ramos, Renata Felinto, Sheila Ayo, Val Souza e Yaminah Garcia, sob curadoria de Carollina Lauriano.
A exposição reúne um conjunto de pinturas, fotografias, assemblages, site-specific, performances e instalações – algumas inéditas, pensadas para a mostra -, e deriva da convocatória nacional proposta pelo coletivo de mulheres artistas Trovoa. O trabalho surge da necessidade de apresentar e discutir a pluralidade de linguagens, mídias e pesquisas que estão sendo produzidas por mulheres racializadas pelo país, ao mesmo tempo que procura descentralizar os discursos e criar uma rede de mulheres artistas, ampliando assim os circuitos de arte.
Para compor a coletiva a ser exposta na Baró Galeria, artistas mulheres de diversas gerações estão participando de um processo imersivo de 4 semanas, no qual abrirão e discutirão suas produções, a fim de fomentar vivências, fortalecer discursos, entender os processos criativos e expandir o ecossistema das artes visuais. “Desses encontros, surgem os trabalhos que farão parte da mostra, apresentando também uma nova forma de se organizar uma exposição a partir do interesse mútuo desses corpos dissidentes em reinventar novas possibilidades de futuro”, comenta a curadora e Carollina Lauriano – que também realiza a mediação de tais encontros.
“A noite não adormecerá jamais nos olhos nossos” também é composta por obras produzidas fora do processo imersivo mencionado acima. Aline Motta exibe a fotografia
“Pontes sobre Abismos #3“, em que “(…) a artista niteroiense recorre a uma série de estratégias com o intuito de montar uma possível genealogia familiar. Relatos de história oral, alguma documentação, arquivos familiares e exames de DNA recriam laços afro-atlânticos de parentesco, numa rota invertida do tráfico negreiro: da cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, em direção a Serra Leoa, na África”, comenta Hélio Menezes, em “Histórias Afro-Atlânticas”.
A curadoria ainda destaca as temáticas abordadas por cada artista, as quais passam por espiritualidade e processos de cura, memória e identidade, deslocamentos, lutas e violências institucionalizadas.
Como parte da mostra, haverá o ciclo de debates intitulado “O que acontece depois de chegarmos aqui?”, uma reflexão não somente sobre a presença de artistas racializados no campo da arte, mas também acerca da diversidade de suas produções e das investigações artísticas que atravessam seus trabalhos. Nos dizeres de Carollina Lauriano: “A partir da entrada destes corpos no sistema, seja ele institucional ou comercial, como iniciamos um novo capítulo na história da arte? Curadores e artistas serão convidados a pensar sobre gênero e raça dentro das instituições e mercado, e sobre o que ainda é necessário fazer para que cheguemos a um pé de igualdade. Seria esse desejo possível e passível de realização? Para além da discussão, pretendemos achar soluções para as perguntas em aberto”.
Artistas: Aline Motta, Bruna Amaro, Carolina Ricca Lee, Gabriela Monteiro, Heloisa Hariadne, Igi Ayedun, Juliana Santos, Lidia Lisboa, Luiza de Alexandre, Lyz Parayzo, Mariana Rodrigues, Micaela Cyrino, Monica Ventura, Rebeca Ramos, Renata Felinto, Sheila Ayo, Val Souza e Yaminah Garcia
* Ao longo do período expositivo, acontecerá um Festival de Performance, com data ainda a ser definida
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