Nikolai Vasilievich Gogol, foi um proeminente escritor do Império Russo. Sua nacionalidade é motivo de polêmica, pois sua cidade natal fazia parte do Império Russo na época, mas atualmente pertence à Ucrânia. Como consequência, tanto a Rússia quanto a Ucrânia reivindicam a sua nacionalidade.
Apesar de muitos de seus trabalhos terem sido influenciados pela tradição ucraniana, Gogol escreveu em russo e sua obra é considerada herança da literatura russa. Toda a sua obra é fundada no realismo, mas um realismo muito próprio, com vestígios do que viria a ser o surrealismo.
Com vinte anos (1829), o jovem Gogol vai para São Petersburgo, onde conhece Alexandre Púchkin, o maior escritor russo de então, que lhe inspira devota amizade, fervorosa empatia e ideias novas para obras que ainda não tinham vindo à luz do dia, nomeadamente Noites na Herdade de Dikanka, sua obra de estreia, que viria a ser publicada em 1831, obtendo, então, Gogol o seu primeiro êxito. Mas, desde cedo, revela uma personalidade complexa.
Amante fervoroso da verdade, Gogol foi um homem repleto de preocupações místicas, religiosas e patrióticas. A sua obra reflete o lado moralista das questões que dizem respeito à condição humana, trágica e inapelavelmente prisioneira na sua jaula. Gogol não foi político, não possuía um programa de ação contra o regime, que fazia da Rússia da época um país “metade caserna, metade prisão”.
Seu pai, antigo oficial cossaco, desenvolveu seu gosto pela literatura, mas nunca foi um amparo na infância de Nikolai, ainda que o jovem nutrisse, por seu genitor, verdadeira amizade. Sua mãe transmitiu-lhe a fé religiosa, que veio a desencadear em um misticismo doentio.
O Inspector Geral (The Government Inspector ou The Inspector General) é uma comédia do dramaturgo Nikolai Gógol.
Esta é a história de um povoado que fica sabendo de meios oficiais que receberá um inspetor para fazer uma vistoria. Rapidamente o presidente da câmara começa a tomar providências como, por exemplo, fazer melhorias no hospital que ele mesmo deixou de cuidar.
Esta personagem representa nitidamente a classe política em seu estado mais ridículo e corrupto.
Escrita durante o Império Russo no século XIX, a peça toca em temas muito atuais como a corrupção e a passividade de uma população esquecida pelos seus políticos. O que torna o texto bem humorado é a chegada de um forasteiro que é confundido com o inspetor e se aproveita da situação para ganhar benefícios.
Os diretores Bernardo Berro e Charles Yuri deram nova cara ao texto que será uma comédia musical. A apresentação ocorre no Teatro Commune e está dentro da programação I Mostra de Teatro Jovem – “Vamo que Vamo” que acontece nos dias 15, 16, 17 e 22 de junho.
A Commune Coletivo Teatral (COMMUNE) é um grupo teatral criado em 2003 que realiza espetáculos teatrais de palco e rua, com atores profissionais e jovens aprendizes a partir da releitura de textos clássicos e da criação de textos em processo de dramaturgia colaborativa, da estética da Commedia Dell`Arte, com o uso de recursos circenses, máscaras, música ao vivo, bonecos, entre outras linguagens não realistas.
A COMMUNE também é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público que desenvolve projetos culturais e sociais em parceria com comunidades, empresas e o poder público.
Realizam um sistemático trabalho de pesquisa, capacitação e montagens cênicas em comunidades da periferia e do centro de São Paulo, em parceria com a UNESCO, FAT, Ministério da Cultura, FUNARTE, PETROBRÁS, VISA, CMDCA, SESC, Prefeitura de São Paulo, entre outros.
Desde 2006, a COMMUNE é um Ponto de Cultura do MinC, que desenvolve a formação de jovens aprendizes por meio Oficinas de Teatro, Máscaras, Iluminação Sonoplastia, Cenário, Figurino e Produção Cultural e da montagem de espetáculos de palco e rua.
A sua cidade natal, Poltrávia, fazia parte do Império Russo em sua época, mas hoje pertence à Ucrânia. O autor nasceu em 1809 e faleceu em 1852 em Moscou. Aos 20 anos ele se mudou para São Petersburgo onde conheceu Alexandre Púchkin.
Gógol foi influenciado religiosamente pela mãe a ponto de desenvolver um misticismo doentio. Depois de uma viagem à Palestina seu fanatismo religioso aumenta e o leva a a abandonar as ideias liberais para se tornar um defensor da autocracia.
Assim como Fiódor Dostoiévski, a escrita dele se encaixa no realismo e cria personagens inspirados em funcionários públicos. Seus livros mais famosos são “O Inspetor Geral” e “O Capote”.
Apesar de sua obra ter um olhar moralista sobre a política nunca teve um projeto de enfrentamento ao poder estabelcido da época.
Ele sempre foi um saudosista de sua terra natal. Em seus momentos de crise Nikolai se comprometeu a escrever o que lembrava das paisagens ensolaradas, dos camponeses e dos garotos ruidosos da aldeia, e também relatou histórias sobre demônios, bruxas e outros agentes demoníacos ou fantásticos que animam o folclore ucraniano.
Fontes:
Alfredo Volpi nasceu em Lucca na Itália 1896. Ele se mudou com os pais para…
Anita Malfatti nasceu filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Eleonora Elizabeth "Betty" Krug, Anita…
Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…
Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…
SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…
A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…