O CCBB RJ (Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro) inaugura, no dia 30 de agosto, a exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973”, com cerca de 160 fotografias de um dos principais nomes do fotojornalismo brasileiro, o baiano radicado no Rio de Janeiro, Evandro Teixeira (1935), que fez toda a sua carreira na imprensa carioca, onde atuou por quase seis décadas, sendo 47 anos no Jornal do Brasil. Com curadoria de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, a mostra chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro depois de ter sido apresentada com enorme sucesso no IMS Paulista, e integra a parceria firmada entre as duas instituições em 2022. A sede do IMS no Rio de Janeiro está fechada para reformas. A realização na cidade tem patrocínio do Banco do Brasil.
A exposição reúne importantes fotografias em preto e branco, com destaque para a cobertura internacional do golpe militar no Chile em 1973. No país andino, produziu imagens impactantes do Palácio De La Moneda bombardeado pelos militares, dos prisioneiros políticos no Estádio Nacional em Santiago e do enterro do poeta Pablo Neruda, sendo o único fotojornalista do mundo a registrar Neruda logo após sua morte.
Além dos registros feitos no Chile, a mostra traz imagens produzidas por Evandro durante a ditadura civil-militar brasileira, em um diálogo entre os contextos históricos dos dois países. Em monitores dispostos pelo espaço expositivo, também são apresentados trechos de filmes que documentam o período, como “Setembro chileno”, de Bruno Moet, e “Brasil, relato de uma tortura”, de Haskell Wexler e Saul Landau. A mostra apresenta, ainda, livros, fac-símiles e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa.
Baiano nascido em 1935, Evandro saiu de Irajuba para fotografar o Brasil. Em quase 70 anos de atividade, 47 deles no Jornal do Brasil, registrou o golpe militar de 1964 e as manifestações estudantis de 1968, o golpe no Chile em 1973 e o enterro do poeta chileno Pablo Neruda.
Eternizou em imagens icônicas Pelé e Ayrton Senna, documentou fome e pobreza, mas também carnaval e festas populares. Política, esporte, moda, comportamento, nada escapou às suas lentes. É dono ainda de uma produção autoral importante, na qual se destaca o projeto sobre Canudos.
O CCBB RJ – Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro – funciona de quarta a segunda, das 9h às 20h, e fecha às terças-feiras. Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB RJ está instalado em um edifício histórico, projetado pelo arquiteto do Império, Francisco Joaquim Bethencourt da Silva. Marco da revitalização do centro histórico do Rio de Janeiro, o Centro Cultural mantém uma programação plural, regular e acessível, nas áreas de artes visuais, cinema, teatro, dança, música e pensamento. Em 33 anos de atuação, foram mais de 3 mil projetos oferecidos ao público, e, desde 2011, o CCBB incluiu o Brasil no ranking anual do jornal britânico The Art Newspaper, projetando o Rio de Janeiro entre as cidades com as mostras de arte mais visitadas do mundo. O prédio dispõe de 3 teatros, 2 salas de cinema, cerca de 2 mil metros quadrados de espaços expositivos, auditórios, salas multiuso e biblioteca com mais de 250 mil exemplares. Os visitantes contam ainda com restaurantes, cafeterias e loja, serviços com descontos exclusivos para clientes Banco do Brasil.
Exposição “Evandro Teixeira, Chile, 1973”
De 30 de agosto a 13 de novembro de 2023
Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. Rio de Janeiro – RJ
Funcionamento: De quarta a domingo, das 9h às 20h. Fechado às terças-feiras.
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada franca, com ingressos disponíveis na bilheteria física ou pelo site do CCBB – bb.com.br/cultura.
Curadoria: Sergio Burgi
Assistência de curadoria: Alessandra Coutinho Campos
Pesquisa biográfica e documental: Andrea Wanderley
Pesquisa e organização do acervo: Alexandre Delarue, com colaboração de Laura Nicida.
Produção: Tisara Arte Produções Ltda.
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: IMS e CCBB
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