O MoMA (Museu de Arte Moderna), em Nova York, anunciou a realização de uma grande exposição que reunirá cerca de 65 obras de artistas latino-americanos que, nas últimas quatro décadas, têm se debruçado sobre a História como fonte de material e inspiração para novos trabalhos. A mostra, que estará em cartaz de 30 de abril a 9 de setembro de 2023, reunirá obras de aproximadamente 40 artistas de diferentes gerações e de todo o continente. Cildo Meireles, Rosângela Rennó, Mauro Restiffe e Thiago Rocha Pitta estão entre os representantes brasileiros na mostra, que inclui também Alejandro Cesarco (Uruguai), Regina José Galindo (Guatemala), Mario García Torres (México), Leandro Katz (Argentina), Suwon Lee (Venezuela), Gilda Mantilla (Peru) e os colombianos Raimond Chaves e José Alejandro Restrepo, entre outros.
O conjunto de obras, principalmente do século 21, foi doado ao museu pela Coleção Patricia Phelps de Cisneros em 2018. Vídeos, fotografias, pinturas e esculturas serão apresentados em conjunto com o extenso acervo latino-americano do MoMA, bem como com aquisições recentes, trabalhos feitos sob encomenda para a exibição e uma seleção de peças emprestadas.
“As obras desta exposição provam que algumas das artes mais relevantes do presente são concebidas através da investigação e de se recontar a história de novas maneiras”, diz a curadora de Arte Latino-Americana e diretora de pesquisa do Instituto Patricia Phelps de Cisneros para o Estudo da Arte da América Latina do MoMA, Inés Katzenstein. “A exibição apresentará aos visitantes ilustres artistas latino-americanos que estão na ativa nas últimas décadas e que se engajaram com o passado como forma de reparar histórias de violência, reconectar-se com legados culturais desvalorizados e fortalecer laços de parentesco e pertencimento”.
Organizada em três seções principais, a mostra examinará como os artistas investigaram e reimaginaram histórias e legados culturais da região. A primeira parte irá ressignificar longas histórias do colonialismo latino, por meio de obras como a videoinstalação Paso del Quindío I (1992), de José Alejandro Restrepo, e a escultura performática Looting (2010), de Regina José Galindo. Depois, a mostra apresentará as diferentes maneiras pelas quais os artistas revisitam heranças culturais, trazendo obras de Cildo Meireles, além de um novo vídeo de Las Nietas de Nonó. A terceira e última parte da exposição abordará os parentescos herdados e escolhidos, bem como os processos em torno do luto e da memorialização, por meio de trabalhos como o videorretrato Present Memory (2009), de Alejandro Cesarco, e um mural do brasileiro Iran do Espírito Santo, o qual foi encomendado recentemente pelo MoMA.
Desde sua fundação em 1929, o museu coleciona, expõe e estuda a arte da América Latina. Hoje, a coleção do MoMA inclui mais de cinco mil obras de arte moderna e contemporânea de artistas da região, bem como daqueles de ascendência latina, que, distribuídas em seus seis departamentos com curadoria, representam figuras importantes do começo do modernismo, expressionismo, surrealismo, abstração, arquitetura e arte conceitual e contemporânea.
Com informações de Abril
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