Nova exposição no Museu de Arte do Rio destaca a ancestralidade brasileira
O Museu de Arte do Rio (MAR) apresenta a exposição ATLÂNTICOFLORESTA, que reúne cerca de 160 obras de artistas brasileiros em um diálogo potente sobre as relações históricas e culturais que moldaram o Brasil. A mostra destaca a ancestralidade afro-brasileira e indígena, além de narrativas sobre resistência e a convivência com o meio ambiente.
A exposição, que se estende até 23 de fevereiro de 2025, celebra também o mês da Consciência Negra.
“Dentro das obras temos pautas como as cosmospercepções indígenas e afro-brasileiras, reflexões sobre o Atlântico como um palco de atrocidades e a convivência com a floresta. O oceano trouxe nossos parentes africanos, e a floresta abrigava nossos parentes indígenas. Esse é o eixo da exposição,” explicou Marcelo Campos, curador-chefe do MAR.
Uma nova dimensão cultural
A ATLÂNTICOFLORESTA é um desdobramento da exposição Atlântico Vermelho, realizada em abril de 2024, na sede da ONU, em Genebra. Na ocasião, a mostra foi destaque no Fórum Permanente de Afrodescendentes, um dos mais importantes eventos da ONU sobre questões étnico-raciais.
Agora, a nova exposição ganha uma dimensão maior ao retornar ao Brasil, com mais de 90% das obras oriundas do acervo do MAR, em um esforço para amplificar vozes historicamente silenciadas.
Obras em Destaque
Artistas participantes
Rosana Paulino;
Jaime Lauriano;
Denilson Baniwa;
Jaider Esbell;
Dalton Paula;
Yhuri Cruz;
Ventura Profana;
Grupo Karajá;
Lidia Lisboa, entre outros.
Os trabalhos incluem pinturas, fotografias, esculturas, manufaturas têxteis e vídeos, compondo um panorama diverso da riqueza cultural brasileira.
Contexto do G20 e impacto cultural
A exposição ocorre paralelamente ao G20 Social, uma vertente do G20 que discute inclusão social, sustentabilidade e desenvolvimento econômico. O evento no MAR receberá lideranças internacionais, reforçando o papel do museu como referência cultural nacional e internacional.
“ATLÂNTICOFLORESTA é uma reflexão urgente sobre como culturas e identidades resistem e florescem diante de adversidades históricas. Ela amplifica a importância de colocar a ancestralidade no centro das discussões culturais e sociais,” comentou Rodrigo Rossi, diretor da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), que gere o MAR em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro.
Sobre o Museu de Arte do Rio
O MAR, mantido por instituições como o Instituto Cultural Vale, Globo, Equinor, e patrocinado pelo Itaú Unibanco, é um dos principais espaços culturais do Brasil. Sua missão é conectar a cultura carioca ao mundo, promovendo o acesso à arte e ao debate plural.
“Por meio de suas exposições e iniciativas educativas, o MAR não apenas preserva expressões artísticas locais, mas também convida ao diálogo e à reflexão, essenciais para a coesão social,” reforçou Rossi.
Serviço
Exposição ATLÂNTICOFLORESTA
Local: Museu de Arte do Rio (Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro)
Período: 19 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025
Horários:
Bilheteria: 10h30 às 17h
Visitação: 11h às 18h (última entrada às 17h)
Ingressos:
Inteira: R$ 20,00
Meia: R$ 10,00
Gratuidade: terças-feiras
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