Exposições e Eventos

Vem aí a segunda edição da feira de arte ArPa, em São Paulo

Aproximação com o mercado global de arte, olhares plurais de curadores e relacionamento entre colecionadores e galeristas são as diretrizes da nova edição da ArPa, que acontece entre 31 de maio e 4 de junho

Por Equipe Editorial - maio 22, 2023
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A ArPa chega à sua segunda edição após estreia bem sucedida em 2022, com reconhecimento expresso pelo mercado, pelas dezenas de expositores e pelo público estimado em mais de 10.500 pessoas. Em 2023, a ArPa conta com a participação de mais galerias, um time renomado de curadoria e um reforço de sua missão de propor uma experiência aprofundada e próxima com o público em geral e com colecionadores de arte. A feira ocorre no Pavilhão Pacaembu, espaço localizado no Complexo Pacaembu, com entrada pela Praça Charles Miller.

A ArPa é uma iniciativa da Allegra Pacaembu e conta com a direção geral de Camilla Barella, gestora cultural fundadora da VIVA Projects e colaboradora da Frieze desde 2017. Nesta edição, a realização da ArPa também será simultânea à MADE – Mercado, Arte, Design; feira de design que chega a sua décima primeira edição.

A ArPa conta também com direção de Cristina Candeloro e recebe cerca de 50 expositores que comercializam suas obras no espaço de 4 mil m². A infraestrutura, organização e vendas realizadas durante a feira em 2022 fez com que a ArPa, em sua primeira edição, conquistasse uma boa reputação entre associados da Associação Brasileira de Arte Contemporânea (ABACT), em pesquisa realizada em parceria com a Associação de Galerias de Arte (AGAB) em setembro de 2022.

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Estrutura da Feira de Arte ArPa. Crédito: Vic Von Poser

Nesta segunda edição, Camilla reforça o caráter mais íntimo e acolhedor proposto de forma bem-sucedida na edição passada. “Nós criamos uma atmosfera que possibilita ao público ter mais tempo para conversar com os expositores e também digerirem visualmente o conteúdo da feira. Apontada como uma característica positiva da ArPa, orientamos os galeristas a pensar seus estandes como projetos especiais, muitas vezes até com curadorias próprias”, conta Camilla.

Entre os destaques de projetos especiais já anunciados, está a galeria Gustavo Rebello Arte com estande do artista Ivan Serpa, que em 2023 completa 100 anos de nascimento e 50 de morte; a galeria Mendes Wood DM propõe um diálogo entre as obras do artista sueco Runo Lagomarsino e da artista capixaba Castiel Vitorino Brasileiro; e a galeria argentina Isla Flotante, em sua segunda participação na feira, apresenta o artista Valentin Demarco. A ArPa terá ainda um aumento de 50% de galerias internacionais no Setor Principal, com representantes da Argentina, México e Uruguai, reforçando o intercâmbio com a cena artística latinoamericana.

Assim como em sua primeira edição, a ArPa terá estandes destinados a jovens galerias e também a espaços consolidados no circuito das artes, reunindo expositores do mercado primário e secundário. A ArPa e a MADE contam com os seguintes patrocinadores: Comgás, Mitsubishi, MOS. Hotel oficial: Tivoli Mofarrej.

Curadoria e setores

A ArPa organizou um time de curadoria com um perfil de bastante experiência no campo das artes, privilegiando diferentes abordagens e perspectivas descentralizadas na arte e reforçando o caráter plural da feira. Neste ano, os curadores são Carla Zaccagnini, argentina que reside atualmente em São Paulo e Malmö (Suécia), curadora da 34ª Bienal de São Paulo; Diego Matos, pesquisador, professor e curador formado em arquitetura, ex curador-chefe do Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE); e o mexicano José Esparza Chong Cuy, curador, escritor e arquiteto, que atua como Diretor Executivo e Curador Chefe do Storefront for Art and Architecture, em Nova York.

Como no ano passado, cada curador assumirá um setor. A divisão foi pensada de modo a facilitar a fruição do público e possibilitar a criação de recortes mais detalhados para cada segmento contemplado no contexto da Feira. O Setor Principal tem curadoria da própria feira, enquanto o Setor UNI é curado por José Esparza Chong Cuy, o setor Satélite tem assinatura de Diego Matos e a Sala MOS tem curadoria de Carla Zaccagnini. José, o único curador que não é estreante na ArPa, foi responsável pela curadoria do Setor Satélite em 2022.

Seguem abaixo as descrições dos setores e das galerias participantes. A expectativa é de que mais galerias sejam confirmadas nas próximas semanas.

Setor Principal

Participam desse setor galerias brasileiras com perfis diversos e de diferentes regiões do Brasil. Cada expositor vai apresentar dois ou três artistas, com estandes entre 30 e 50 m², com o intuito de priorizar a experiência contemplativa da arte e criar uma atmosfera mais íntima com o público colecionador.
Galerias confirmadas: Almeida & Dale Galeria de Arte, Casa Triângulo, Casanova, Galeria Cavalo, Dan Galeria, Galeria Estação, Galeria INOX, Galeria Karla Osorio, Galeria Leme, Galeria Lume, Galeria MaPa, Galeria Marília Razuk, Galeria Murilo Castro, Galeria Raquel Arnaud, Galleria Continua, Gustavo Rebello Arte, Galería Isla Flotante, Kubik Gallery, Luciana Brito Galeria, Mendes Wood DM, Galeria Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Millan, Mitre Galeria, OÁ Galeria Arte Contemporânea, OMA Galeria, Piero Atchugarry Gallery, Pinakotheke, Quadra Galeria, Rodrigo Ratton Galeria de Arte, Galeria Ricardo Von Brusky, Simões de Assis, Galeria Ybakatu e Zipper Galeria.

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“Criancas Kanelas” da artista Djanira. Galeria Pinakotheke

Setor UNI

Para esse setor, o curador José Esparza Chong Cuy selecionou um recorte de galerias denominado Mensagens, que que leva à ArPa projetos de um único artista representado por elas em exposição solo. Sobre a concepção de sua curadoria, José conta: “Traços e marcas repetidas se convertem em espirais, linhas curvas e formas que criam formatos inesperados apontando para futuros orgânicos. Mensagens aproxima um grupo de artistas cujas práticas crescem de dentro para fora como sinais de vida dos tempos que se avizinham”.

As galerias / artistas confirmados para esse setor são: Campeche (Jou Morales), FDAG (Cristiano Lenhardt), Fortes D’Aloia & Gabriel (Cristiano Lenhardt), Galatea (Beatrice Arraes), Galeria Sendrós (Andrés Piña), GDA (Maíra Dietrich), HOA (Marian Rocha), Marli Matsumoto Arte Contemporânea (Juan Casemiro), Sé Galeria (Michel Zózimo).

José, que reside em NY, é curador, escritor e arquiteto. Atualmente, é Diretor Executivo e Curador Chefe do Storefront for Art and Architecture, em Nova York. Já trabalhou como Curador Associado do Museum of Contemporary Art Chicago e do Museo Jumex, na Cidade do México.

Setor Satélite

O Setor Satélite, curado por Diego Matos, exibe na fachada do Pavilhão um telão com vídeos de galerias internacionais, propondo uma imersão em arte ao público desde a chegada no Complexo Pacaembu.

Nomeada como Pontos de Luz, em referência objetiva à canção homônima interpretada por Gal Costa, com música e letra de Jards Macalé e Waly Salomão, as produções insinuam e evocam a ideia de presença e atuação política do corpo em contextos de responsabilidade ambiental, social e ética. Os filmes selecionados foram distribuídos em três subprogramas e um apêndice que são apresentados diariamente nos dias da feira. É importante acentuar que a manifestação do corpo é a força expressiva sublinhada em som e imagem no programa de Pontos de Luz.
“A importância do humano é inerente à sobrevivência estética e política da arte. A arte, por princípio ético, não extrai o humano, convoca permanentemente sua presença e ousa cantar: ‘me arrisco a falar, me sinto feliz, me sinto muito feliz, me sinto completamente feliz'”, diz o curador.

Diego Matos (Fortaleza, 1979) tem mais de 15 anos de experiência em pesquisa e curadoria de arte. Foi curador-chefe do Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia (MuBE). Entre seus trabalhos recentes estão a antologia Liuba – Corpo Indomável (prêmio APCA 2023) e a exposição permanente do Centro Universitário Maria Antonia – USP. Foi também curador do 20° festival SESC videobrasil (2017-18). Em sua primeira participação na ArPa, Matos irá curar o Setor Satélite, dedicado à produção audiovisual contemporânea.

Sala MOS

Inédita na feira, a Sala MOS, curada por Carla Zaccagnini, é uma seção dedicada a conversas e debates abertos ao público da Feira, patrocinada pela Mos Incorporadora. Sob o título de Re-instaurar, a curadoria reúne uma série de conversas com artistas, curadores, restauradores e profissionais de outros campos. A agenda de conversas será disponibilizada em breve. “Cada fala tem o intuito de desdobrar conteúdos específicos, manifestos ou latentes que nos parece necessário discutir no momento atual”, conta a curadora da Sala MOS.

Carla Zaccagnini é artista visual, curadora e escritora argentina que reside atualmente em São Paulo e Malmö (Suécia). Carla foi curadora da 34ª Bienal de São Paulo. Formou-se em artes plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e fez mestrado em poéticas visuais na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).

Serviço

Feira de arte ArPa
Quando: De 31 de maio a 4 de junho
Abertura exclusiva para convidados: 31 de maio, quarta-feira
Aberta ao público: de 01 a 04 de junho, quinta-feira a domingo
Horário: Quarta-feira a sábado, das 13h às 20h30 | Domingo, das 11h às 18h
Local: Pavilhão Pacaembu, no Complexo Pacaembu
Endereço: Praça Charles Miller, s/n
Ingressos (com acesso às duas feiras): R$60 (inteira) e R$30 (meia). Ingressos à venda pelo site https://arpa.art/
Classificação: Livre

Sobre a ArPa:

ArPa nasce como uma feira de arte focada em expandir a comunidade da arte contemporânea nacional e internacional. A Feira reúne diferentes abordagens e perspectivas em busca de um olhar descentralizado a fim de fomentar profícuos intercâmbios comerciais e criativos. Nesta segunda edição, realizada no Complexo Pacaembu, em São Paulo, cerca de 50 galerias de diversas regiões do Brasil e do mundo apresentam seus artistas nos setores Principal, Satélite e UNI; além destes, será inaugurada a Sala MOS, seção inédita dedicada a conversas e debates abertos ao público da Feira. ArPa 2023 conta com a colaboração de 3 curadores: Carla Zaccagnini, Diego Matos e José Esparza Chong Cuy.

Sobre a MADE – Mercado.Arte.Design

MADE – Mercado. Arte. Design – é uma feira internacional de design colecionável. Uma plataforma para discutir, apreciar e comprar o melhor do design, do vintage ao contemporâneo, com foco no colecionável. A proposta do evento é reunir, a cada edição, conteúdo de qualidade por meio de exposições e instalações em um espaço coletivo que apresenta e dá destaque a designers e estúdios nacionais e internacionais, revelando novos talentos, incentivando novas produções e, consequentemente, a ampliação da cultura do design a milhares de pessoas. A plataforma MADE tem como objetivo disseminar a educação e a cultura no setor, por intermédio de uma programação de conteúdo sobre design. A feira conta com um Conselho Consultivo com o intuito de debater o design contemporâneo produzido aqui e no exterior e propor ações específicas para o projeto, ampliando o campo de discussão e agregando repertórios distintos ao universo debatido. Os membros deste conselho são figuras destacadas nos campos do design, arte contemporânea e arquitetura, formado por Cláudia Moreira Salles, Marcio Kogan, Jorn Konijn, Mauricio Eugenio e Corinna Sagesser. A MADE é realizada pela W/Design, de Waldick Jatobá, idealizador e diretor geral do evento, e por seus sócios Bruno Simões, curador do evento, e Elcio Gozzo, diretor financeiro.

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