Exposições

Hugo França e a sua Impressão Vegetal

Por Paulo Varella - outubro 23, 2018
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Quando teve seu primeiro contato com Tom Fetch, artista alemão que vive na França, durante a Design Miami/ de 2016, Hugo França jamais poderia imaginar a importância dessa aproximação nos caminhos que seu processo criativo tomaria, dois anos mais tarde.

Da empatia e da descoberta de similaridades no trabalho à ida de Tom até o ateliê de Trancoso não passou muito tempo. Juntos, trabalharam em um projeto do fotógrafo para uma exposição na Alemanha, mas foi na despedida de Fetch do paraíso baiano que nasceu um grande legado dessa amizade.

Antes de voltar à França, Tom presenteou Hugo com um pacote de papel Arches, sugerindo que ele buscasse um novo viés do seu trabalho através do desenho. “Isso foi muito surpreendente, pois nunca tinha pensado nessa possibilidade, mas, ao mesmo tempo, me provocou o pensar. Foram muitas as tentativas de uso do novo suporte, muitos estímulos à minha percepção e compreensão, até que encontrasse uma via de criação que fizesse sentido para mim”, disse Hugo França.

Meses depois, um caminho foi encontrado. Com matrizes feitas de pedaços de troncos, fatias e blocos saídos da produção de suas esculturas mobiliárias e uma mistura de carvão vegetal e verniz, iniciou-se uma produção de monotipias, registros íntimos do corpo e da textura da estrutura lenhosa das árvores. “Apesar de, pela primeira vez, me dedicar a um trabalho no plano bidimensional, não sinto que me afastei da minha poética porque a madeira, o carvão e o verniz são materiais que me acompanham desde o início de minha carreira”, completa Hugo.

 

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Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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