A galeria Luisa Strina faz a mostra individual de Pedro Motta.
Aberta de 8 de novembro até 22 de dezembro de 2018, a exposição é a terceira de Motta na galeria, seguindo Campo Fértil, em 2012, e um projeto solo em 2007. Na mostra atual, o artista apresenta a série inédita Jardim do Ócio, composta por cerca de 70 fotografias produzidas entre 2012 e 2018.
Trata-se de um registro de aspectos da topografia de fachadas de construções da periferia de São João del-Rei, suspensão do tempo/espaço, lapso, adiamento de um projeto de futuro.
Em Jardim do Ócio, ao explorar as redundâncias arquitetônicas pelo interior de Minas Gerais, Pedro Motta combina o cunho documental, evidenciando as semelhanças e recorrências entre as construções, com o registro da inventividade de soluções informais (por vezes em consonância com o descaso em relação às ruínas recentes), que conferem individualidade a cada uma.
O jardim que Motta nos apresenta não é um jardim ameno, prazenteiro. Ele não se presta necessariamente ao deleite, uma vez que concentra-se na aridez de uma paisagem modelada pelo sujeito que a habita.
Assim, essa espécie de arqueologia do tempo presente opera paradoxalmente: tanto como estímulo à imaginação, espaço da fruição e liberdade, quanto ao lugar da impossibilidade.
Na ocasião da abertura da exposição, haverá o lançamento do livro Natureza das coisas, editado pela UBU e organizado por Rodrigo Moura, com design de Elaine Ramos, ensaios e textos críticos de Rodrigo Moura, Ricardo Sardenberg, Eduardo de Jesus, Agnaldo Farias, Ana Luisa Lima, Luisa Duarte, Nuno Ramos, Kátia Lombardi, Cauê Alves e José Roca.
(Belo Horizonte, 1977) graduou-se em desenho pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 2002. Iniciou sua atividade artística pesquisando as estreitas relações entre cidade e indivíduo.
Entre suas principais exposições individuais destacam-se Jardim do Ócio, Galeria Luisa Strina (São Paulo, 2018), Naufrágio calado, Bendana-Pinel Art Contemparain (Paris, 2018), Estado da natureza, CâmeraSete (Belo Horizonte, 2016), Natureza das coisas, 9º BES Photo, Museu Coleção Berardo (Lisboa, 2013), Reacción natural, Centro de Exposiciones Subte (Montevidéu, 2011), e no 27º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte/Bolsa Pampulha (Belo Horizonte, 2004).
Também esteve em coletivas como Past/Future/Present, Phoenix Art Museum (2017); Feito poeira ao vento – fotografia na Coleção MAR, Museu de Arte do Rio (MAR-RJ) (2017); Les imaginaires d’un monde intranquille; Centre d’Art Contemporain de Meymac (2017); Soulèvements, Jeu de Paume (Paris, 2016); TRIO Bienal, Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (CCBB RJ, 2015); 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil – Panoramas do Sul (São Paulo, 2013); 1ª Bienal de Fotografia do Museu de Arte Assis Chateaubriand (Masp, São Paulo, 2013); Panorama da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP, 2011); Peso y Levedad, Photoespaña, Instituto Cervantes (Madri, 2011); 2ª Bucharest Biennale (2006); e Fotografia Contemporânea Brasileira, Neue Berliner (2006).
Motta foi contemplado com o 6º Prêmio Marcantônio Vilaça (2017), a Bolsa ICCo/SP-Arte (2015), a residência Flora ars+natura (2013), o 9º BES Photo Museu Coleção Berardo (2011), o Prêmio Ibram de Arte Contemporânea (2011) e a Residency Unlimited/Nova York (2011).
Seus trabalhos integram acervos de instituições como MAM-SP; MAM-RJ; MAM-BA; MASP; Sesc-SP; MAR-RJ; Museu Coleção Berardo (Lisboa); Centro de Fotografia de La Intendência de Montevideo; Musée d’Art Modern et Contemporain, Liége, Bélgica and Itaú Cultural. Em 2010, lançou o livro Temprano (Funarte), uma retrospectiva de mais de dez anos de percurso.
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