A carioca Paula Costa estreia o projeto Emma POP, que tem como objetivo propiciar um ambiente artístico de experimentação para nomes expoentes da cena contemporânea, selecionados pela curadora Ana Carolina Ralston. A arte viva e mutante é o fio condutor de Ephemera, solo project que abre ao público no dia 22 de novembro, às 19h, no mezanino da galeria.
Tempo. A produção de Paula Costa percorre o tempo entre a beleza de florescer e envelhecer. Utiliza agulha, fio de algodão e lã para alinhavar folhas e flores em distintas etapas de sua existência.
Colagens, esculturas orgânicas e fotografias revelam a transformação da arte viva, que independente da ação da artista, necessita cumprir o ciclo natural. “A natureza, o oráculo de Paula na busca de inspiração e respostas e as intervenções feitas por ela em seus fragmentos ganham diferentes suportes como suspensas no espaço, em um idílico site specific que funciona como um portal na entrada da exposição.
Em outro momento, essa matéria-prima é reunida em delicadas caixas de acrílico, misturando-se a fios e palavras bordadas”, pontua Ana Carolina Ralston.
A relação da artista com a efemeridade sempre esteve presente. De forma intuitiva, Paula fez do efêmero mais do que um objeto contemplativo, tornando-o a principal temática de sua expressão artística. “Na cultura ocidental, temos dificuldade em olhar para a morte. Mas ela nem sempre representa o fim. Ela é parte da transformação para um outro estágio ou outra consciência. É por meio de nossas pequenas mortes individuais que fechamos ciclos e começamos outros”, relata a artista.
Artista multimídia, Paula Costa faz uso da matéria orgânica, que seca e envelhece dia após dia. Para produzir o que não foi feito para durar, exercita a cada bordado e instalação a humildade e o desapego. Assume a vida útil como elemento significativo no seu propósito artístico. “Minha maneira de afirmar minha passagem pelo mundo é aceitando o tempo de duração das coisas. O artista vem bem antes da arte. Mas a vida, antes de tudo”, finaliza.
Artista multimídia, formada em Marketing em 2003. Realizou cursos de pintura, desenho, vídeo instalação e laboratório de pesquisa na escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Conceito e Imagem foram suas atividades durante os últimos 16 anos, nos quais trabalhou no mercado da moda, em marcas como Farm, Fábula e Bb Básico, além de dirigir campanhas para a Mormaii e Coca-Cola Jeans. Realizou sua primeira exposição individual, Transborda, em outubro de 2017 no Espaço Movimento Contemporâneo Brasileiro/EMCB, no Rio de Janeiro. Em março de 2018, foi artista convidada para a exposição O Poder do Feminino, na Art Lab Gallery, em São Paulo. A artista vive e trabalha no Rio de Janeiro.
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