SP-ARTE: Perdeu a 13ª edição do festival? A gente conta como foi
Imagem acima: Artista Julio Le Parc |Foto Carol Merkler
SP-ARTE: Perdeu a 13ª edição do festival? A gente conta como foi
Por Jaque Rocha
Além de trazer à capital paulistana 130 importantes galerias do Brasil e do mundo, dentre elas muitas consideradas top 20 mundial, como a White Cube (Londres); a Franco Noero (Itália), a Pinakotheke (Brasil) e a Alexander Gray (Nova York), a 13ª edição da SP-Arte ficou marcada pelas ações paralelas que deram à cidade cinza novas cores.
Pelo segundo ano consecutivo, o Gallery Night foi o evento responsável por inaugurar a semana da SP-Arte, transformando museus e galerias dos bairros da Vila Madalena, de Pinheiros e dos Jardins numa rota noturna quase obrigatória para os apreciadores e colecionadores de arte.
Obras em Destaque
O Pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, foi o epicentro do festival nos quatro dias de exposição. Quem teve a oportunidade de visitar o evento se deparou com a arte em sua plenitude, além de poder rever obras de grandes artistas brasileiros, como a do pernambucano Tunga, falecido em 2016, e as árvores suspensas, do cubano Jorge Mayet, que também retornaram nessa edição do festival e estavam expostas na galeria Inox.
Quem passou pela Bienal também pode conferir uma prévia da Japan House – novo espaço cultural do governo nipônico, que será inaugurado em maio, na avenida Paulista. Ao todo, foram expostos 15 obras de 15 grandes artistas orientais, como Hiroshi Sugimoto, Mariko Mori e Yayoi Kusama.
Performances solos, como a do mineiro Lucas Dupin, mostraram a arte visceral do cotidiano. Em meio ao fluxo incessante de visitantes, o artista, em absoluto silêncio, permaneceu sentado à mesa por 8 horas. Trajando roupas de um trabalhador anônimo e munido apenas de estilete e calendários comerciais, atravessou o dia de trabalho retirando toda e qualquer referência temporal que esteja presente nos mesmos, uma a uma. Através do corte, lento e preciso, a representação dos dias, meses e anos aos poucos davam lugar a uma intrincada e delicada grade vazia. Aos pés da mesa, acumulam os pedaços retirados de cada calendário.
Do lado de fora, não muito longe do endereço principal da SP-Arte, outros pontos se tornaram uma extensão do festival. É o caso do lounge da Bienal, que recebeu o Talks, ciclo de debates que contou com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros sobre artes e suas tendências. O MAM também fez parte das ações paralelos do festival, abrindo suas portas para receber a visita guiada em libras, realizada pelo educador Leonardo Castilho.
Quem não conseguiu participar de nenhuma das atividades da 13ª SP-Arte, já pode se preparar para a próxima edição, que já tem data: 11 a 15 de abril de 2018.
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