feminismo

8 Artistas que elevam o feminismo através da arte


A retórica misógina usada por diversos homens da mídia, da política, e também os gráficos que apontam os níveis de feminicídio cada vez maiores no mundo repercutiu de forma que uma onda de artistas mulheres decidiram apresentar declarações empoderadoras com conteúdo visual exclusivo para espalhar e repassar a importância do feminismo para sociedade. Por isso separamos para você uma lista de oito artistas que elevam o feminismo através da arte.

No final da década de 1960, várias artistas femininas tiveram como objetivo influenciar o dialogo cultural em torno da igualdade de gênero através de diversos ramos artísticos. A mensagem geral era simples: as mulheres merecem ter os mesmos direitos fundamentais que os homens. Cinquenta anos depois, o mundo evoluiu além da medida, mas as questões centrais do desequilíbrio de gênero permanecem, deixando a arte e as expressões feministas mais relevantes do que nunca.


BEYONCÉ

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Beyoncé abre a lista, já que foi uma das responsáveis por levar o feminismo para a música pop no ano passado com a música “Flawless”, possui trechos do discurso “Nós Todos Deveríamos Ser Feministas”, da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Queen Bey declara-se feminista e participou de uma campanha para incentivar meninas a serem líderes, além de ter escrito uma carta aberta defendendo a igualdade de gêneros. “Não é uma realidade ainda”, escreveu a cantora.


PITTY

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Pitty vira e mexe fala sobre feminismo na mídia. No ano passado, ela e Anitta participaram do “Altas Horas”, da Rede Globo, onde debateram o machismo na sociedade brasileira. Muitos tentaram criar uma briga entre as cantoras, o que foi logo desfeito pela roqueira. Indo além, para a Rolling Stone, ela quer mais mulheres no feminismo e mais homens apoiando o movimento. “O feminismo não é só bom para as mulheres, para os homens também, para a sociedade, pois se trata de igualdade, não de supremacia. O machismo oprime os homens também. Acho que no dia que eles perceberem isso, vai ser uma grande revolução.”


ANITA TIJOUX

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A rapper chilena traz olhar feminista ao hip hop. Filha de exilados da ditadura de Pinochet, Anita é engajada e considera o machismo como sintoma de um sistema capitalista: “Quem tem uma postura machista frente ao mundo também tem uma postura capitalista. Não há nada mais capitalista que o machismo e a ideia da mulher submissa, da mulher calada, da mulher objeto”, acredita. Em Vengo Anita bate de frente contra esse sistema patriarcal na faixa “Antipatriarca”, onde canta versos como “Não vou ser aquela que obedece/ porque meu corpo me pertence/eu decido meu tempo,/como e onde quero/Independente, eu nasci/Independente, decidi”.


FLORA MATOS

Mariana Bernardo/Veja SP

A brasiliense Flora Matos é um dos nomes mais importantes do hip hop atual. Ela traz novos olhares para o gênero e vem sendo celebrada como uma das mais interessantes MCs de sua geração. Flora também tem chamado atenção por seu discurso antimachismo. Ela sabe que é preciso maior representatividade no rap, um meio dominado por homens, sobretudo no Brasil. “Nós, mulheres no rap, estamos driblando o preconceito com criatividade. Esse desafio é pura inspiração, eu transformo isso em música. Meu público é formado por uma maioria feminina e eu sinto que alguns homens estranham, mas eles estão ali. Estão presentes e estão respeitando”, disse em entrevista ao Vírgula, ano passado.


SLEATER-KINNEY

foto: Rolling Stones – França

A banda norte-americana Sleater-Kinney retornaram este ano após 10 anos sem lançar nada inédito. Elas retornam e expõe com zero cerimônia o mundo machista e de pouca representação feminina no rock. Formado pela guitarrista Corin Tucker, a vocalista/guitarrista Carrie Brownstein e a baterista/vocalista Janet Weiss, o grupo tem um histórico feminista tanto nos palcos quanto fora dele. Em suas músicas, o grupo trata de misoginia, violência contra mulheres e discriminação. E fazem isso com um vigor punk impressionante a ponto de terem parido um dos melhores discos do ano até aqui.


CHIMAMANDA NGOZI ADICHIE

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A escritora nigeriana é uma das vozes mais importantes do feminismo no mundo atualmente. Ela ficou conhecida por seu famoso discurso “Sejamos todos feministas”, proferido no TEDxEuston e que se tornou um viral com mais de 1,5 milhão de visualizações no YouTube. Segundo Chimamanda, o feminismo deveria ser uma causa de toda a humanidade pois leva a uma sociedade mais justa onde homens e mulheres são felizes.


RIHANNA


Rihanna é outra cantora que vem lutando contra o machismo. Em 2009, ela apanhou de seu então namorado, o cantor Chris Brown, e fez questão de falar sobre isso abertamente numa entrevista para a televisão. Em fevereiro, Riri foi capa da Vanity Fair e voltou a falar sobre o assunto. “Muitas mulheres e jovens meninas ainda passam por isso […] Não é um tema para esconder embaixo do tapete, então eu não posso simplesmente ignorá-lo como se fosse nada ou que eu não o leve a sério.”


PUSSY RIOT

fonte da imagem

As meninas do coletivo russo Pussy Riot conseguiram mobilizar o mundo inteiro em 2012 após terem sido presas durante um protesto anti-Kremlin em uma catedral de Moscou. Hoje libertas, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova rodam o mundo denunciando o governo intolerante e corrupto de Vladimir Putin, que reprimem movimentos sociais e persegue homossexuais. Conhecidas pelas apresentações com capuzes coloridos elas incitaram protestos contra injustiça em várias partes do mundo. A história do grupo foi tema do documentário Pussy Riot – A Punk Prayer, exibido pela HBO.


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