Categories: Fotografia

Henri Cartier-Bresson, o pai do fotojornalismo

“Subitamente vi que a fotografia pode fixar a eternidade num instante.”

Nascimento: Henri Cartier-Bresson, 22 de agosto de 1908 (Chanteloup-en-Brie, França). Morte: 3 de agosto de 2004. (Céreste, França)

Estilo: “Pai” do fotojornalismo; fotografias de rua; imagética icônica; atenção aos detalhes e à emoção; pioneiro do formato 35mm.

Bresson apresentou ao mundo o fotojornalismo. Ganhou fama internacional com as incríveis reportagens que realizou em tempos de guerra: a Guerra Civil Espanhola, a França ocupada, a libertaçao de Paris, o funeral de Gandhi, a Guerra Civil Chinesa, a construção do muro de Berlim. Foi o único fotógrafo ocidental a trabalhar livremente na União Soviética após a Segunda Guerra Mundial.

Aos 19 anos, estudou arte no ateliê de André Lhote, onde conheceu o cubismo e o surrealismo. Anos depois estudou arte e literatura inglesa na Universidade de Cambridge, por fim cedendo à paixão pela fotografia. Em 1935, já havia exposto em Nova York, Madri e na Cidade do México, publicado fotos na revista Harpers’ Bazaar e trabalhado com o cineasta Jean Renoir. Em 1937, fotografou a coroação do rei George VI da Inglaterra, inovando na atenção que deu, , não ao rei, mas à multidão aglomerada nas ruas.

Na Segunda Guerra Mundial, alistou-se no Exército francês, foi capturado e passou 35 anos aprisionado até que, na terceira tentativa, conseguiu fugir. De volta à França, começou a registrar a guerra secretamente com suas lentes. Em 1947, além de publicar As fotografias de Henri Cartier-Bresson, teve seu trabalho exposto numa retrospectiva em Nova York. Em 1948 conheceu Mahatma Gandhi, minutos antes do assassinato do líder hindu. Um segundo livro, Imagens à la Sauvette, foi publicado em 1952, e em 1955 deu-se a primeira exposição em Paris. A essa altura, tanto imagens quanto o nome de Bresson já haviam se tornado icônicos. No entanto, apesar da fama, Bresson perdeu o entusiasmo pela fotografia e voltou às artes plásticas com uma exposição de desenhos em Nova York no ano de 1975. Voltaria a fotografar pouquíssimas vezes antes de morrer aos 95 anos.

Fonte: FARTHING, Stephen. 501 Grandes Artistas. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

Place de l’Europe, Gare Saint Lazare, Paris, 1932
Rue Mouffetard, Paris, 1954
Hyères, France, 1932
Três garotos no Lago Tanganyika – Martin Munkacsi, 1929
Andalucia, Seville, 1933
Leonor Fini e Andre Pieyre de Mandiargues, Trieste, 1932
Pássaros numa escadaria
Shanghai, China, 1948
Cremação de Gandhi, Delhi, 1948

Veja também:

Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

Recent Posts

Exposição “Nhe’ẽ Porã: memória e transformação” no MAR

"Nhe'ẽ Porã: memória e transformação" estreia no Museu de Arte do Rio apresentando as belezas…

6 horas ago

Exposição “Desafio Salvador Dalí” chega a São Paulo em maio

"Desafio Salvador Dalí", dedicada à vida e obra do renomado pintor e multiartista espanhol, chega…

6 horas ago

Obras de arte expostas no Metrô de São Paulo são restauradas

Obras de arte de Renina Katz e Waldemar Zaidler, expostas na Estação Sé do Metrô…

6 horas ago

Caravaggio: a verdade dramática

Uma das personalidades mais fascinantes da História da Arte, que encarnou o artista em conflito…

7 horas ago

8 Tendências de arte estranhas na história da arte

Nesta matéria enumeramos algumas tendências de arte mais estranhas da história que você já viu.…

7 horas ago

Como Mondrian se tornou abstrato

Um dos artistas abstratos mais conhecidos do século XX é Piet Mondrian, e seu caminho…

7 horas ago