Fotografia

Imagens da vida em dois mundos na Galeria Vermelho!

Por Equipe Editorial - maio 2, 2016
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A Galeria Vermelho apresenta individual de Claudia Andujar e
Xapiri, de Gisela Motta e Leandro Lima

Claudia Andujar

Em sua exposição na Galeria Vermelho, Claudia Andujar exibe imagens de quatro séries que, juntas, evidenciam sua atuação política militante pela causa Yanomami, bem como seu experimentalismo no campo da fotografia. Com diferentes tipos de filmes, como o infravermelho, e procedimentos técnicos como a refotografia, Andujar apresenta um recorte da complexidade de sua obra por via da revisão de sua produção aonde a artista transita entre a objetividade investigativa e subjetividade poética.

 

A queima da maloca para os índios representa renovação através da mudança. Quando a terra que ocupam já não dá mais frutos e a floresta ao redor não providencia caça, queimam suas casas para construir novas, em novos lugares, possibilitando, assim, um novo começo.
Claudia Andujar.Maloca em chamas - da sÇrie Casa (1976)

 

“Paxo+m+k+ é a menina verde-azulada em exposição. Tranqüila, deitada na rede, na floresta, perto do rio, sonha do mundo verde, exuberante, seu mundo, escutando o burburinho do rio, atravessando a densidade milenar das arvores, ela admira em silencio a cor densa, azulada do céu, filtrada pela copa das arvores, escuta o canto dos pássaros. É o mundo em que nasceram e cresceram todos os Yanomami como também Paxo+m+k+, pertencendo ao universo verde azulado.“

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XAPIRI – Gisela Motta & Leandro Lima

Em março de 2011 e abril de 2012, Gisela Motta e Leandro Lima acompanharam dois encontros de xamãs na aldeia Watoriki, no Amazonas, a fim de colaborar em um registro audiovisual dos encontros. O resultado desse testemunho é um média-metragem de direção compartilhada entre a dupla com o sociólogo Laymert Garcia dos Santos, a pesquisadora de cinema Stella Senra e o etnólogo-escritor Bruce Albert.

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Xapiri

Xapiri é, no entanto, um filme experimental que não se formula ao redor do ideal da objetividade impessoal. É, segundo Bruce Albert, “uma tentativa de tornar sensível, através de imagens digitais, certas ideias yanomami sobre as imagens xamânicas, sua ontologia e sua estética, sua transdução e mutabilidade nos corpos. Trata-se, antes de tudo, de uma homenagem visual à riqueza intelectual e poética do xamanismo yanomami”.


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O filme acompanha sensorialmente os trabalhos dos xapiri (Xamãs ou pessoas-espírito), desde seu encontro em Watoriki, até a evolução dos rituais Utupë, aonde os xamãs atraem entes que os ajudam a conduzir curas-batalhas contra o mal que atinge a ordem cosmoecológica aparente do mundo. A câmera e edição do filme acompanham simbolicamente as diferentes etapas do ritual com aproximações, sobreposições e deformações da imagem que geram uma imersão profunda do espectador na cerimônia. Mais uma vez com Bruce Albert: “o trabalho realizado sobre estas imagens escapa do registro documentário a fim de produzir uma simulação técnologica livre a partir do universo visual e conceitual do xamanismo yanomami”.

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Xapiri

 

EXPOSIÇÃO: Claudia Andujar (salas 1 e 2)
FILME: Xapiri – Gisela Motta & Leandro Lima
DURAÇÃO: 55min
CLASSIFICAÇÃO:Livre
CAPACIDADE: 34 Lugares
ABERTURA: 03 de maio às 20h
PERÍODO: 03 de maio a 04 de junho de 2016
LOCAL: Vermelho / Rua Minas Gerais, 350 / 01244010 – São Paulo – SP – tel.: 11 3138 1520
WEB: www.galeriavermelho.com.br
Mais informações: [email protected]
GRATUITO

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