Quem é o artista? Nicolas Schöffer
O que vai ter na exposição? Vídeos, cartazes e fotografias
Até quando? 30 de setembro
O Museu da Imagem e do Som, organiza a mostra Nicolas Schöffer – Pioneiro da Arte Cibernética, que reúne filmes, vídeos, cartazes e fotografias do artista, provenientes do acervo sob resguardo de sua viúva, Eléonore Schöffer, que assina a curadoria da exposição, junto com a historiadora da arte Maude Ligier. A exposição, inédita no Brasil, comemora o centenário do nascimento deste artista francês de origem húngara e acontece entre os dias 3 de agosto e 30 de setembro.
Pintor, escultor, urbanista, arquiteto e teórico de arte, Nicolas Schöffer foi um dos artistas mais importantes do final do século XX. Seu trabalho é considerado um divisor de águas na história da arte por criar esculturas e obras-robôs que interagiam diretamente com pessoas e ambientes. Dentre seus trabalhos, destacam-se Tour Spatiodynamique (1954) e CYSP 1 (1956), robô-dançarino da companhia de Maurice Béjart.
Artista de múltiplas facetas, Nicolas Schöffer foi, antes de tudo, um criador de ideias que tomaram as formas mais diversas, da pintura à escultura, da arquitetura ao urbanismo, passando, também, pelo espetáculo e pela escrita. “Seu trabalho sempre recorreu ao uso das tecnologias de ponta que culminaram em obras inéditas, tornando-o pioneiro na arte do espaço, da luz e do tempo, da arte cibernética interativa e da videoarte”, explica Eléonore Schöffer, curadora da mostra.
Entre a extensa obra do artista, a mostra Nicolas Schöffer – Pioneiro das Arte Cibernética reúne documentos e fotos originais de grandes obras, além de cartazes que marcam o lado histórico da exposição e filmes e vídeos como Astronomy; Variations Luminodynamiques 1, 2 e 3;; Préparation au sommeil; Spatiodynamisme; La Tour Lumière Cybernétique; Kyldex 1; e Fer chaud, que serão exibidos em uma estrutura inspirada no conjunto da obra do artista.
Sobre o artista
Nicolas Schöffer nasceu em Kalocsa, Hungria, em 06 de setembro de 1912, e residiu em Paris de 1936 até sua morte em seu ateliê de Montmartre, Ville des Arts, em 1992. Sua carreira como criador e pesquisador, inclui escultura, arquitetura, urbanismo, teatro total, tapeçaria, filme, música, ensino e publicação de livros.
Em 1954, revolucionou a arte utilizando sensores fotoelétricos associados a um “cérebro eletrônico” na Tour Spatiodynamique Cybernétique de Saint Cloud. Em 1956, criou CYSP 1, a primeira escultura cibernética autônoma. Interessado por diversas formas de criação, aplicou a cibernética à arquitetura, ao urbanismo (La Ville Cybernétique, éditions Tchou, Paris, 1969), à pedagogia, à composição musical e ao espetáculo (destaca-se a obra Kyldex 1, 1973, apresentada na Ópera de Hamburgo).
Muito à frente de sua época, Nicolas Schöffer vem sendo redescoberto por teóricos de arte e artistas como o pai das artes eletrônicas e interativas.