Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada pelo poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e endurecimento da sociedade e da economia.
Embora os partidos e movimentos fascistas apresentem divergências significativas entre si, é possível apontar várias características em comum:
Com características opostas ao liberalismo, o fascismo posiciona-se na extrema-direita.
O fascismo defende ser necessária a mobilização da sociedade sob um estado totalitário de partido único para preparar a nação para o conflito armado e responder de forma eficaz às dificuldades económicas.
O regime acredita que tal estado deva ser comandado por um líder forte, como um ditador ou governo militarista constituído por membros do partido fascista, capaz de forjar a unidade nacional e manter a ordem e establidade sociais.
O fascismo rejeita a afirmação de que a violência é automaticamente negativa por natureza e acredita que a violência, guerra ou imperialismo são meios pelos quais se pode chegar ao rejuvenescimento da nação.
Os fascistas defendem uma economia mista com o principal objetivo de atingir a auto-suficiência económica do país por meio de políticas económicas protecionistas e intervencionistas.
Os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália durante a Primeira Guerra Mundial antes de se espalhar para outros países europeus.
Oposto ao liberalismo, ao marxismo e ao anarquismo, o fascismo é colocado na extrema direita dentro do tradicional espectro da esquerda para a direita.
Os fascistas viram a Primeira Guerra Mundial como uma revolução que trouxe grandes mudanças à natureza da guerra, da sociedade, do estado e da tecnologia.
O advento da guerra e a mobilização total da sociedade derrubaram a distinção entre civis e combatentes. Uma “cidadania militar” surgiu, nela todos os cidadãos estavam envolvidos com os militares de alguma maneira durante a guerra.
A guerra resultou na ascensão de um estado poderoso capaz de mobilizar milhões de pessoas para servir nas linhas de frente e fornecer produção econômica e logística para apoiá-los, bem como ter autoridade sem precedentes para intervir na vida dos cidadãos.
O termo fascismo é derivado da palavra em latim fasces, que designava um feixe de varas amarradas em volta de um machado, e que foi um símbolo do poder conferido aos magistrados na República Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes.
O termo latino fasces, na expressão fasces lictoris refere-se a um símbolo de origem etrusca, usado pelo Império Romano, associado ao poder e à autoridade.
Era então denominado fasces lictoriae, por ser carregado por um lictor, o qual, na Roma Antiga, em cerimônias oficiais – jurídicas, militares e outras – precedia a passagem de figuras da suprema magistratura, abrindo caminho em meio ao povo.
Eram carregados por lictores e poderiam ser usados para castigo corporal e pena capital a seu próprio comando. Mussolini adotou esse símbolo para o seu partido, cujos seguidores passaram a chamar-se fascistas.
O simbolismo dos fasces sugeria “a força pela união”: uma única haste é facilmente quebrada, enquanto o feixe é difícil de quebrar.
Símbolos semelhantes foram desenvolvidos por diferentes movimentos fascistas. Por exemplo, o símbolo da Falange Espanhola é composto de cinco flechas unidas por uma parelha.
A Falange Española foi uma organização política Espanhola de inspiração fascista ativa em 1933 e 1934.
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, poucos partidos descreveram-se abertamente como fascistas, e o termo agora é usualmente usado pejorativamente por oponentes políticos.
O termo “fascista” tem sido usado como um pejorativo, em relação a movimentos variados na extrema direita do espectro político.
George Orwell escreveu em 1944 que “a palavra ‘fascismo’ é quase totalmente sem sentido … quase todo inglês aceitaria ‘bully’ como sinônimo de ‘fascista'”
Os estados comunistas às vezes têm sido referidos como “fascistas”, tipicamente como um insulto. Por exemplo, ele foi aplicado aos regimes marxistas em Cuba sob Fidel Castro e Vietnã sob Ho Chi Minh.
Os marxistas chineses usaram o termo para denunciar a União Soviética durante a cisão sino-soviética, e da mesma forma os soviéticos usaram o termo para denunciar os marxistas chineses e a democracia social (cunhando um novo termo em “fascismo social”).
Nos Estados Unidos, Herbert Matthews, do The New York Times, perguntou em 1946: “Deveríamos agora colocar a Rússia stalinista na mesma categoria que a Alemanha hitlerista? Devemos dizer que ela é fascista?”.
J. Edgar Hoover, diretor do FBI e ardente anti-comunista, escreveu extensivamente sobre “o fascismo vermelho”.
A Ku Klux Klan na década de 1920 foi às vezes chamada de “fascista”. O historiador Peter Amann afirma que, “Inegavelmente, o Klan tinha algumas características em comum com o fascismo europeu – chauvinismo, racismo, uma mística da violência, uma afirmação de um certo tipo de tradicionalismo arcaico – mas suas diferenças eram fundamentais.
“A KKK nunca imaginou uma mudança de sistema político/ econômico. Seria ela facista? “
O professor Richard Griffith, da Universidade do País de Gales, escreveu em 2005:
“fascismo” é a “palavra mais mal usada e mais usada dos nossos tempos”.
“Fascista” às vezes é aplicada a organizações e modos de pensar do período pós-Segunda Guerra Mundial que os acadêmicos denominam “neofascistas”.
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