Os colecionadores descobrem e compram arte, cada vez mais, por vias online. Segundo o relatório da Hiscox de 2018 (empresa de seguros), as vendas pela internet deverão crescer nos próximos 5 anos, dobrando para uma estimativa conservadora de US $8,37 bilhões até 2023. Tendo isso em vista, abordaremos o papel da fotografia na divulgação da arte online.
A exposição digital de uma obra de arte facilita sob diversas maneiras a vida dos colecionadores e apreciadores, principalmente em termos de acessibilidade. Entretanto, a divulgação online de um material artístico possui uma grande desvantagem caso não se tome o devido cuidado.
Uma grande barreira que impede a compra da arte está incapacidade do público ou colecionador visualizar a obra tridimensionalmente. Desde o desenvolvimento visual da sua galeria até a criação da foto perfeita da instalação, a fotografia pode fazer a diferença ao promover seu inventário online.
Infelizmente, muitos artistas e galerias ainda apresentam as obras da maneira mais simples possível – como contra um fundo branco, por exemplo. Esteja você enviando obras para o site da sua galeria ou para uma plataforma online, ter fotografias que imitam o ato de visualizar um trabalho pessoalmente melhora significativamente a experiência de navegação de um apreciador / possível comprador.
Dando sequência ao que foi abordado anteriormente sobre papel da fotografia na divulgação da arte, separamos para você 3 dicas completas de como valorizar seu trabalho digitalmente e oferecer uma melhor experiência ao público visitante de seu site.
Ao procurar obras online, os colecionadores desejam o máximo possível de informações — textuais e visuais. É sempre útil adicionar várias fotografias de uma única obra para capturá-la por inteiro.
“O fornecimento de várias imagens detalhadas e de alta resolução realmente melhorou nossas conversas com os colecionadores. Para clientes que estão comprando digitalmente, uma experiência de navegação que permite os clientes sentirem que estão na sala com a peça geralmente pode ser o que os leva a uma consulta ou compra”, diz Sarah Fischel, gerente da galeria Heather James Fine Art.
Nomeie todas as imagens com informações essenciais, ou seja, título, mídia, materiais e quaisquer outros detalhes que contribuam para entender e apreciar a arte como um objeto físico, e não apenas uma imagem na tela do computador.
Lembre-se que a maioria das pessoas tem dificuldade em imaginar exatamente quão grande ou pequena é uma obra de arte quando a visualiza online, mesmo quando você dá as dimensões. (Faça um teste: peça a alguém para mostrar com as mãos quanto mede 30 centímetros).
Uma boa maneira de resolver esse problema é fotografar o trabalho em um ambiente interno ao lado de um objeto comum, como mesa ou cadeira. Sempre inclua o suficiente no contexto para que o tamanho e a aparência física sejam fáceis para os espectadores entenderem.
Além de fazer o upload das fotografias de suas obras em seu inventário, certifique-se de também apresentar fotos da sua galeria / Ateliê (interna e externamente). Isso funciona como uma “visita pessoal”, proporcionando ao público uma sensação de escala, um “gostinho” de experiência curatorial e uma visão do tipo de pessoas que frequentam seu espaço.
Caso você não possua uma galeria, fotografe sua obra em uma parede limpa como se estivesse pendurada em uma galeria. O fato do espectador ver sua arte em exibição em uma configuração padrão-galeria pode ter o efeito psicológico de aumentar tanto a credibilidade da obra quanto a sua como artista; sem mencionar que eles terão mais facilidade em imaginar como ela fica em suas casas ou escritórios.
Fotografar trabalhos e realizar seus uploads no seu inventário pode ser um processo cansativo e demorado, especialmente se você trabalhar sozinho. No entanto, rotinas como essa garantem que um colecionador tenha a oportunidade de ver e consultar tudo o que você tem a oferecer, aumentando as opções nas quais ele pode fazer uma oferta.
Mas antes de fazer o upload, não se esqueça: peça um feedback para as pessoas mais próximas a você. Pergunte como eles acham que a obra parece de perto; se eles têm alguma dúvida; se gostariam de ver algumas partes mais próximas, etc.
Faça uma pesquisa. Descubra o que eles notam, o detalhe que eles perdem, e preencha os espaços em branco com uma seleção melhor ou mais extensa de imagens. Seu objetivo é garantir que os espectadores vejam tudo o que você quer que eles vejam.
Veja se tudo está em foco, se as linhas verticais e horizontais estão retas, se a iluminação é uniforme, se não há flashes, reflexos ou sombras, se as cores são verdadeiras, se não há interferência de objetos no fundo, e assim por diante.
É importante lembrar que muitas pessoas não têm ideia de quem você é ou sobre o que é a sua arte. Eles estarão vendo seu trabalho pela primeira vez; portanto, essa é a sua grande — e muitas vezes única — chance de impressioná-los e conquistá-los.
Nos últimos anos, o Instagram substituiu todas as outras plataformas de mídia social como o melhor canal para comercializar e vender arte. Em 2017, 62% das galerias informaram que o Instagram era a plataforma mais eficaz para promover eventos. 82% dos colecionadores com menos de 35 anos também alegaram que acompanham artistas pela rede social, também de acordo com o relatório da Hiscox.
Ao criar um conteúdo visual para o Instagram, uma das coisas fundamentais a se fazer é criar imagens que chamam a atenção e tornam especiais as experiências do público apreciador. O Instagram é a prova viva da importância de uma boa fotografia na divulgação da arte.
Ter visibilidade é fundamental para que você consiga comercializar a sua arte e construir uma…
Os 10 mestres do autorretrato reunidos aqui são aqueles artistas que tiveram um volume considerável…
Olympia (1863) é uma obra controversa feita pelo pintor francês Édouard Manet. O quadro, que…
Uma obra de arte inserida no espectro religioso pode variar de conceito se analisarmos o…
Você sabia que a rainha Elizabeth II já visitou o Brasil? E não foi uma visita em…
O hiper-realismo é derivado do fotorrealismo, e teve sua origem na segunda metade do século XX. A…