mercado

A importância de boas fotografias na divulgação das suas obras

Os colecionadores descobrem e compram arte, cada vez mais, por vias online. Segundo o Survey of Global Collecting 2024, as vendas pela internet deverão crescer nos próximos 5 anos. Tendo isso em vista, abordaremos o papel da fotografia na divulgação da arte online.

A exposição digital de uma obra de arte facilita sob diversas maneiras a vida dos colecionadores e apreciadores, principalmente em termos de acessibilidade. Entretanto, a divulgação online de um material artístico possui uma grande desvantagem caso não se tome o devido cuidado. 

Uma grande barreira que impede a compra da arte está incapacidade do público ou colecionador visualizar a obra tridimensionalmente. Desde o desenvolvimento visual da sua galeria até a criação da foto perfeita da instalação, a fotografia pode fazer a diferença ao promover seu inventário online.

Infelizmente, muitos artistas e galerias ainda apresentam as obras da maneira mais simples possível – como contra um fundo branco, por exemplo. Esteja você enviando obras para o site da sua galeria ou para uma plataforma online, ter fotografias que imitam o ato de visualizar um trabalho pessoalmente melhora significativamente a experiência de navegação de um apreciador / possível comprador. 

Dando sequência ao que foi abordado anteriormente sobre papel da fotografia na divulgação da arte, separamos para você 3 dicas completas de como valorizar seu trabalho digitalmente e oferecer uma melhor experiência ao público visitante de seu site.

1. Tire muitas fotografias em alta resolução e documente-as

Ao procurar obras online, os colecionadores desejam o máximo possível de informações — textuais e visuais. É sempre útil adicionar várias fotografias de uma única obra para capturá-la por inteiro. 

Via | Freepik
Os diferentes ângulos de um cilindro simulam as diferentes visões que uma pessoa pode ter analisando uma obra.

“O fornecimento de várias imagens detalhadas e de alta resolução realmente melhorou nossas conversas com os colecionadores. Para clientes que estão comprando digitalmente, uma experiência de navegação que permite os clientes sentirem que estão na sala com a peça geralmente pode ser o que os leva a uma consulta ou compra”, diz Sarah Fischel, gerente da galeria Heather James Fine Art.

Nomeie todas as imagens com informações essenciais, ou seja, título, mídia, materiais e quaisquer outros detalhes que contribuam para entender e apreciar a arte como um objeto físico, e não apenas uma imagem na tela do computador.

Lembre-se que a maioria das pessoas tem dificuldade em imaginar exatamente quão grande ou pequena é uma obra de arte quando a visualiza online, mesmo quando você dá as dimensões. (Faça um teste: peça a alguém para mostrar com as mãos quanto mede 30 centímetros). 

Uma boa maneira de resolver esse problema é fotografar o trabalho em um ambiente interno ao lado de um objeto comum, como mesa ou cadeira. Sempre inclua o suficiente no contexto para que o tamanho e a aparência física sejam fáceis para os espectadores entenderem.

2. Inclua fotos do seu espaço de trabalho

Além de fazer o upload das fotografias de suas obras em seu inventário, certifique-se de também apresentar fotos da sua galeria / Ateliê (interna e externamente). Isso funciona como uma “visita pessoal”, proporcionando ao público uma sensação de escala, um “gostinho” de experiência curatorial e uma visão do tipo de pessoas que frequentam seu espaço.

Caso você não possua uma galeria, fotografe sua obra em uma parede limpa como se estivesse pendurada em uma galeria. O fato do espectador ver sua arte em exibição em uma configuração padrão-galeria pode ter o efeito psicológico de aumentar tanto a credibilidade da obra quanto a sua como artista; sem mencionar que eles terão mais facilidade em imaginar como ela fica em suas casas ou escritórios.

Komechak Art Gallery

3. Faça o upload das imagens frequentemente

Fotografar trabalhos e realizar seus uploads no seu inventário pode ser um processo cansativo e demorado, especialmente se você trabalhar sozinho. No entanto, rotinas como essa garantem que um colecionador tenha a oportunidade de ver e consultar tudo o que você tem a oferecer, aumentando as opções nas quais ele pode fazer uma oferta.

Mas antes de fazer o upload, não se esqueça: peça um feedback para as pessoas mais próximas a você. Pergunte como eles acham que a obra parece de perto; se eles têm alguma dúvida; se gostariam de ver algumas partes mais próximas, etc.

Faça uma pesquisa. Descubra o que eles notam, o detalhe que eles perdem, e preencha os espaços em branco com uma seleção melhor ou mais extensa de imagens. Seu objetivo é garantir que os espectadores vejam tudo o que você quer que eles vejam.

Veja se tudo está em foco, se as linhas verticais e horizontais estão retas, se a iluminação é uniforme, se não há flashes, reflexos ou sombras, se as cores são verdadeiras, se não há interferência de objetos no fundo, e assim por diante. 

Via | Dallas Center for Photography

É importante lembrar que muitas pessoas não têm ideia de quem você é ou sobre o que é a sua arte. Eles estarão vendo seu trabalho pela primeira vez; portanto, essa é a sua grande — e muitas vezes única — chance de impressioná-los e conquistá-los.

4. Alimente seu Instagram com fotos bem feitas

Nos últimos anos, o Instagram substituiu todas as outras plataformas de mídia social como o melhor canal para comercializar e vender arte. Em 2017, 62% das galerias informaram que o Instagram era a plataforma mais eficaz para promover eventos. 82% dos colecionadores com menos de 35 anos também alegaram que acompanham artistas pela rede social, também de acordo com o relatório da Hiscox.

Ao criar um conteúdo visual para o Instagram, uma das coisas fundamentais a se fazer é criar imagens que chamam a atenção e tornam especiais as experiências do público apreciador. O Instagram é a prova viva da importância de uma boa fotografia na divulgação da arte.


Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Não foi possível salvar sua inscrição. Por favor, tente novamente.
Sua inscrição foi bem sucedida.
Equipe Editorial

Os artigos assinados pela equipe editorial representam um conjunto de colaboradores que vão desde os editores da revista até os assessores de imprensa que sugeriram as pautas.

Recent Posts

Rosana Paulino: biografia e trajetória

Rosana Paulino apresenta um trabalho centrado em torno de questões sociais, étnicas e de gênero,…

3 dias ago

O belo depois do moderno

Na arte, o belo é um saber inventado pelo artista para se defrontar com o…

3 dias ago

SPPARIS celebra 3 anos de moda e ativismo na Galeria Alma da Rua II

SPPARIS, grife de moda coletiva fundada pelo artista Nobru CZ e pela terapeuta ocupacional Dani…

3 dias ago

Galeria Andrea Rehder comemora 15 anos com exposição inédita de César Oiticica Filho

A galeria Andrea Rehder Arte Contemporânea - que completa 15 anos - apresentará, entre os…

3 dias ago

8 Tendências de arte estranhas na história da arte

Nesta matéria enumeramos algumas tendências de arte mais estranhas da história que você já viu.…

7 dias ago

Como Mondrian se tornou abstrato

Um dos artistas abstratos mais conhecidos do século XX é Piet Mondrian, e seu caminho…

7 dias ago