Um “colecionador de arte” não é somente um “comprador de arte”. Num primeiro momento esses termos parecem se referir meramente a possuir obras. Nessa matéria veremos a diferença entre os termos, principalmente na profundidade do que diz respeito a ser um colecionador de arte
Armazenar um conjunto de obras de arte aleatórias não constitui uma coleção propriamente dita. Reunir pinturas abstratas contemporâneas, algumas serigrafias do pós-guerra e uma máscara antiga, por exemplo, ainda não significa que você tem uma coleção em mãos.
Apesar de terem uma natureza artística, esse acúmulo de obras representa apenas um grupo de peças diversas, adquiridas por um comprador de arte.
Ao contrário de montagens de arte simples, as coleções são projetos bem planejados, estabelecidos quando os colecionadores mergulham profundamente no assunto de seu interesse.
Eles passam anos e anos procurando obras específicas que possam contribuir com seus objetos de pesquisa artísticos.
Ao fazer perguntas como “o que me atrai para esta obra e não para a outra?” ou “quais são os conceitos, ideias e temas que minhas obras de arte incorporam?”, os colecionadores conseguem traçar pontos convergentes nos trabalhos adquiridos.
Depois de definirem esses tópicos comuns, passam a filtrar suas compras para encontrar peças que complementam o tema central.
Assim como uma exposição de arte, toda boa coleção tem começo, meio e fim. Elas podem ser organizadas de várias maneiras: por data, artista, estilo ou por local. Tudo deve ter o seu lugar; nada é aleatório.
Numa coleção, toda obra se relaciona. Isso que faz com que seu valor agregado ultrapasse, em muito, o valor de suas partes individuais.
Como um trabalho holístico, as coleções de arte particulares são de muito interesse de grandes instituições, como museus, por exemplo. Às vezes, eles pagam milhões por uma coleção de obras.
(Você pode entender mais sobre esse assunto ouvindo esse podcast com a Valéria Piccoli, curadora-chefe da Pinacoteca de São Paulo: Qual é o papel de uma curadora institucional?)
Em 1984, o colecionador de arte americano Sam Wagstaff vendeu sua coleção de fotografias por cerca de 4,5 milhões de dólares ao J. Paul Getty Museum, em Los Angeles, para o Departamento de Fotografias.
Quando os colecionadores ficam sem espaço para armazenar suas obras, eles podem abrir um museu de arte particular e compartilhá-las com o público.
Uma grande coleção de pinturas vanguardistas de um empresário americano, Solomon R. Guggenheim, por exemplo, está disponível para os visitantes do Museu Guggenheim, em Nova York.
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