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Compreender o mercado de arte é a chave para revender as suas obras. Saiba como.

Entendendo a questão em primeiro lugar

Há alguns anos, um colecionador comprou cinco pinturas de um artista promissor. Desde então, os preços das obras subiram cada vez mais. Hoje, as galerias estão vendendo este artista por um pouco mais de duas vezes o que foi pago por elas.

Recentemente, este colecionador decidiu colocar duas das obras no mercado e obter algum lucro. Ele julgou que vendê-las seria fácil, mas não conseguiu uma oferta que estivesse perto do que ele estava pedindo (ou, pelo menos o mesmo preço que as obras são vendidas na galeria). Ninguém ofereceu nem o que foi originalmente pago. O que houve de errado?

Analisando a dinâmica de compra e venda das obras de arte

Não importa qual tipo você esteja vendendo, você não apenas deve entender o mercado geral da arte e dos artistas em questão, mas também precisa conhecer o seu lugar na cadeia alimentar do mundo da arte.

É importante entender que, um vendedor particular não é uma galeria. Você não pode precificar no varejo como as galerias e esperar que alguém compre.

Galerias têm reputações, posições e perfis na comunidade artística. Elas têm acesso a compradores e colecionadores e, mais importante, têm a confiança deles. São empresas de serviços que oferecem todos os tipos de comodidades que os vendedores particulares não podem oferecer, como:

  • garantia de devolução de dinheiro,
  • informações privilegiadas,
  • conhecimento sobre a arte e artistas que vendem,
  • serviços de consultoria,
  • pesquisa e documentação,
  • informações sobre o mercado,
  • notícias,
  • transporte,
  • instalação de arte e muito mais.

Além disso, elas investem somas consideráveis ​​de dinheiro para representar, expor, promover e desenvolver as reputações e carreiras de seus artistas.

A verdade é que sua arte vale apenas o que alguém está disposto a pagar. Só porque você vê arte semelhante em galerias a preços elevados, isso não significa automaticamente que esta precificação seja fácil de obter.

A venda de arte é um processo lento, a galeria pode às vezes vender a preços significativamente mais baixos nos bastidores, e assim por diante.

Não apenas isso; revender a arte como vendedor particular é totalmente diferente de vendê-la pela primeira vez em uma galeria com toda a fanfarra e atenção que o novo trabalho normalmente recebe.

Em outras palavras, é melhor você se acostumar com a ideia de que provavelmente terá que vender abaixo do preço de varejo. Até que ponto abaixo? Isso depende da demanda e mercado para a arte.

Em alguns casos, a diferença entre os preços do varejo (mercado primário) e do mercado secundário pode ser substancial, por exemplo, se houver um excesso da arte deste artista disponível on-line.

Você provavelmente vai precisar de ajuda para vender também, como, por exemplo, através de um revendedor (galeria, casa de leilões ou site do mercado secundário), onde você terá que pagar uma comissão. Então, em vez de bater a cabeça contra a parede, perguntando por que você não pode obter o melhor preço no varejo, procure um profissional que o ajude.

Aqui estão alguns fatos do mercado de arte para ajudá-lo a entender melhor o quanto sua arte vale:

Hoje em dia, você pode encontrar todos os tipos de informações sobre preços on-line.

Como revendedor, você precisa saber quanto a obra do artista está vendendo em mercados secundários, não em galerias de varejo.

Por exemplo, se os trabalhos do artista estiverem sendo vendidos regularmente em leilões, procure preços de peças semelhantes às suas. Isso é provavelmente o que valerá a sua. Muitas casas de leilões agora têm seus próprios bancos de dados pesquisáveis.

Outros sites permitem que você pesquise muitos leilões de uma só vez. Se você for pesquisar regularmente os preços, talvez deseje se inscrever em um dos grandes sites que mostram os preços de mercado como o Artprice, por exemplo.

Adriana Calvo – Pexels

Artistas vivos não são bem sucedidos em leilões no mercado de arte

Quando um artista não tem histórico de leilão ou a arte não é vendida regularmente nessa modalidade, seu trabalho será mais difícil. Aliás, infelizmente, isto será o mais comum quando você compra uma obra de uma galeria de arte do mercado primário. São poucos os artistas vivos que são bem sucedidos nos leilões.

Tente pesquisar no Google o nome do artista junto com termos de pesquisa como “à venda”, “preço”, “vendido” e assim por diante. Negociantes, colecionadores ou compradores sérios às vezes anunciam ativamente procurando comprar obras de certos artistas. Mas tenha cuidado aqui.

É melhor você saber o que está fazendo antes de entrar em contato com qualquer uma dessas pessoas, porque elas são profissionais e você não é.

Verifique os sites de mídia social à procura de preços também. Mais e mais vendedores do mercado secundário estão usando estas redes para divulgar o que têm à venda. Você pode ter sorte e contatar os vendedores, é fácil.

Mais uma palavra de cautela: os vendedores geralmente não estão dispostos a compartilhar conhecimento sobre como eles definem seus preços ou discutem qualquer outra informação de mercado. Eles querem vender e raramente têm interesse em ajudar a concorrência.

Ocasionalmente, você encontrará alguém disposto a responder às suas perguntas, então, não custa tentar (dentro do razoável).

Seu objetivo, por meio de tudo isso, é encontrar o maior número possível de valores de fontes diferentes. Não importa quão alto ou baixo eles sejam, salve todos os links.

Não basta prestar atenção aos preços altos e esquecer o resto. Quanto mais você puder acumular informações, melhor será a avaliação que você pode fazer em termos do preço razoável de sua arte.

Importante: preste mais atenção aos preços de arte semelhantes aos seus.

Infelizmente, avaliar as pesquisas nem sempre é fácil. Há muitos artistas à venda no mercado secundário e os preços pedidos podem ser bem discrepantes.

Você pode encontrar preços de venda razoáveis; ridiculamente altos de proprietários iludidos, que pensam que a arte vale muito mais do que a realidade do mercado, e preços que parecem pechinchas, mas são trabalhos artísticos que podem ser inferiores ou mesmo, ocasionais falsificações.

Em outras palavras, se você não sabe o que está fazendo, você pode se dar mal. A melhor maneira é contratar um avaliador ou consultor para fazer o trabalho para você, de preferência um que possa recomendar opções para vender também. Deixe-o interpretar os dados e sugerir preços para você. Às vezes, tentar fazer tudo sozinho pode ser muito mais caro do que pagar a um profissional qualificado.

Precisa de consultoria ou aconselhamento sobre como precificar e vender uma ou mais obras de arte? Eu definitivamente posso ajudar. Você é sempre bem-vindo para me enviar um email– Paulo Varella (paulo@arteref.com.br) ou ligue para (11) 4612-6019 para agendar uma consulta.

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Paulo Varella

Estudou cinema na NFTS (UK), administração na FGV e química na USP. Trabalhou com fotografia, cinema autoral e publicitário em Londres nos anos 90 e no Brasil nos anos seguintes. Sua formação lhe conferiu entre muitas qualidades, uma expertise em estética da imagem, habilidade na administração de conteúdo, pessoas e conhecimento profundo sobre materiais. Por muito tempo Paulo participou do cenário da produção artística em Londres, Paris e Hamburgo de onde veio a inspiração para iniciar o Arteref no Brasil. Paulo dirigiu 3 galerias de arte e hoje se dedica a ajudar artistas, galeristas e colecionadores a melhorarem o acesso no mercado internacional.

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