O Período de Arcaico Grego surge a partir do século VIII a.C. Por volta do ano 700, os reinos começaram a ser substituídos por oligarquias e cidades-estados. Nesse período, as ligações comerciais marítimas foram restabelecidas entre a Grécia e o Egito, aumentando a prosperidade no território e facilitando o crescimento da cultura e produção artística.
É importante ressaltar que quase toda a arte original da Antiguidade grega — escultura, pinturas de murais e painéis, mosaicos, — foi perdida, deixando-nos quase inteiramente dependentes de cópias realizadas por artistas romanos e alguns relatos escritos. Como resultado, nosso conhecimento da cronologia, evolução e extensão da cultura visual grega nunca será completo. Com algumas exceções, sabemos muito pouco sobre a identidade dos artistas gregos, o que eles pintaram ou esculpiram e quando o fizeram.
A partir de 700 a.C, contatos renovados com a Anatólia, a bacia do Mar Negro e o Oriente Médio levaram a uma notável influência oriental, na cultura grega. O novo idioma apresentava um repertório mais amplo de assuntos, como desenhos curvilíneos e uma série de criaturas compostas como esfinges, grifos e quimeras.
Durante a própria época do Arcaico, a decoração tornou-se cada vez mais figurativa, à medida que mais animais, zoomorfos e depois figuras humanas eram incluídos na cultura. Esta figura em cerâmica foi o primeiro sinal da obsessão grega pelo corpo humano, como o mais nobre assunto para um pintor ou escultor: um fascínio reacendido nas obras de artistas do Renascimento.
Arquitetos gregos foram os primeiros a basear seu projeto arquitetônico no padrão de proporcionalidade. Para fazer isso, eles introduziram suas “Ordens clássicas” — um conjunto de regras de design baseadas em proporções entre partes individuais, como a proporção entre a largura e a altura de uma coluna.
Foi durante os séculos VI e VII que a pedra foi usada para edifícios públicos gregos (petrificação), especialmente os templos. Eles eram retangulares, cercados por uma linha de colunas nos quatro lados ou, menos frequentemente, apenas na frente e na retaguarda. Esses templos continuaram a ser altamente influentes em estilos posteriores, incluindo a arquitetura, renascentista, neoclássica e até mesmo a americana, dos séculos XIX e XX.
Um fato interessante é que os programas arquitetônicos estiveram sempre ligados ao desenvolvimento de outras formas de arte, como escultura e pintura. No caso grego, os templos e outros edifícios públicos precisavam de muitas esculturas decorativas, incluindo estátuas, relevos e frisos, bem como pintura mural e arte em mosaico.
A escultura grega arcaica era fortemente influenciada pela egípcia, bem como por técnicas sírias. Escultores gregos criaram estátuas (em pedra, terracota e bronze) e obras em miniatura (em marfim e osso). O estilo foi dominado por dois estereótipos humanos: o jovem nu em pé (kouros) e a menina drapeada (kore). Destes, os nus masculinos foram vistos como mais importantes.
Como a maioria dos vasos e esculturas eram pintados, o crescimento dessas categorias artísticas durante o século VII levava automaticamente a um trabalho maior para os pintores gregos. Além disso, as paredes de muitos templos, prédios municipais e tumbas foram decoradas com afrescos.
A pintura do período arcaico grego possui poucos painéis pintados: os únicos exemplos que temos são os painéis Pitsa. Infelizmente, devido à erosão, vandalismo e destruição, poucas sobreviveram a esse período. Tudo o que resta são algumas lajes e painéis de madeira — os quatro painéis de Pitsa encontrados em uma caverna no norte do Peloponeso — e murais como a cena de batalha do século VII, tirada de um templo em Kalapodi, perto de Tebas. Além de certos indivíduos, como Cimon de Cleonae, os nomes dos pintores gregos arcaicos são geralmente desconhecidos.
É através da cerâmica que podemos ter uma ideia aproximada da estética e das técnicas de pintura arcaicas.
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